domingo, 24 de abril de 2016

NOVO!
ARMADOR - A diretoria do Mogi Mirim deve anunciar nos próximos dias o meia Danilo Sacramento. O armador, que defendeu o Taubaté na Série A2 e já teve passagem por Ponte Preta, Genoa-ITA e Celta de Vigo-ESP. Em 2012, o meia foi uma das principais peças do Guarani no vice-campeonato paulista. Danilo Sacramento tem 33 anos e chegaria para ser um dos articulares do meio-campo mogimiriano.

NA ÓRBITA - Entre os nomes cotados no Vail Chaves estão três velhos conhecidos. Mesmo sem propostas oficiais recebidas, o atacante Everton Sena, o zagueiro Henrique Alemão e o volante Amaral são cotados. Sena e Alemão já foram sondados pela diretoria. Ambos possuem vínculo com a cidade e o clube, já que atuaram na base do Sapão. Sena foi titular do São Bento no Paulistão e Alemão atuou na Série A3 pelo Olímpia. Já Amaral, que é nascido em Mogi, possui menos chances de acerto. O volante de 32 anos fez poucos jogos pelo Passo Fundo-RS no Gaúchão. Em 2014 o atleta foi cotado pelo Mogi e apesar da aprovação de boa parte da torcida não foi contratado.

ACERTO - Extraoficialmente o clube confirmou ao Blog a contratação do goleiro André Zuba. O arqueiro encerrou sua participação no Campeonato Cearense pelo Guarany de Sobral neste domingo (24) após a eliminação diante do Fortaleza na semifinal. O Leão do Pici, aliás, foi a casa do lateral direito Valdir, confirmado oficialmente pelo Mogi Mirim durante a semana. Com o lateral, o técnico Leston Júnior conta com 15 nomes neste início de preparação para a Série C do Brasileiro.

BASE - A equipe sub20 do Mogi Mirim estreia no sábado, dia 7 de maio, no Paulista da categoria. Na preparação para a competição vencida pelo clube em 2006 e 2013, o Sapinho empatou em 2 a 2 com o Guarani. O jogo-treino ocorreu no sábado (23), no centro de treinamento bugrino. Vitor e Daniel marcaram os gols do Mogi Mirim. O time treinado por Geraldo Meira está no Grupo 2 do estadual sub20 ao lado de Ponte Preta, Esportiva Itapirense, Capivariano, Paulista, Primavera, São Bento, Atlético Sorocaba, Independente, Rio Branco, Ituano e União Barbarense. A estreia será no sábado, dia 7 de maio, às 15h00, contra a Ponte Preta, em Pedreira.

MANDO MANTIDO - O receio dos mogimirianos sobre a perda de mando de campo do Sapão para a Série A2 de 2017 não se confirmou. Em julgamento realizado no TJD da FPF na segunda-feira (11), o clube foi multado em R$ 1 mil pelos incidentes ocorridos na derrota por 3 a 0 para o Novorizontino. Na ocasião, pedras foram atiradas no estacionamento do clube e membros da diretoria arrombaram o vestiário da arbitragem. A citação que poderia render na perda do mando de campo em até 10 jogos foi minimizado em uma multa igual à de atrasos para início e reinício de partidas. Sorte do Mogi...


GANCHO - Já o presidente Luiz Henrique de Oliveira vai cumprir suspensão de 90 dias. A punição derivada das ameaças e ofensas dirigidas ao árbitro José Cláudio Rocha Filho. "Seu filho da p.., você é um safado, mal intencionado, nunca mais vai apitar aqui", consta na súmula. O dirigente estava acompanhado do filho, Felipe Oliveira, gerente de futebol. Com o gancho o dirigente não poderá acompanhar os jogos do clube 'in loco' pelos próximos três meses.

LIVRE - Os volantes Gabriel Dias e Bruninho, além do lateral esquerdo Bruno Teles não devem ficar no Mogi Mirim para a Série C. Mesmo assim, após o estadual, tinham uma pendência com a Justiça. O trio foi julgado por suas expulsões (Dias e Bruninho diante da Ponte Preta e Teles contra o Ituano). Os três foram punidos com um jogo de punição e como já cumpriram a automática estão livres.

Curtas do Sapo - Sacramento perto, voltas cotadas, sub20 e TJD

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A épica caminhada do Grêmio Osasco Audax rumo ao topo do futebol mundial alcançou seu mais alto patamar. Na manhã deste domingo, 18 de dezembro, o clube da Grande São Paulo venceu o Leicester por 4 a 3 e faturou o Mundial de Clubes da Fifa. Tchê Tchê, Bruno Paulo, Ytalo e Velicka marcaram os gols do clube brasileiro e Vardy, Morgan e Mahrez anotaram os tentos ingleses. 

A vitória em Yokohama completa um ciclo de títulos que começou em 2016, com o Campeonato Paulista. Na mesma temporada o Audácioso venceu a Série-D do Brasileiro, em 2017 conquistou a Copa do Brasil e em agosto, após vitória sobre a Chapecoense, alcançou o inédito título da Copa Libertadores da América. Já os Foxes caíram pela primeira vez em uma final após se consolidar entre as principais forças europeias. Campeões ingleses em 2015/2016, os comandados de Claudio Ranieri venceram a Liga dos Campeões em 2016/2017 e 2017/2018, o que os transformou nos primeiros bicampeões europeus desde o Milan de 1989 e 1990.

Em campo, a marcação intensa do Leicester ficou clara desde o começo, com o avanço da linha formada por Fuchs, Schullp, Drinkwater e Kanté. Vardy e Okazaki tiveram dificuldades em inflitrar na defesa do Audax, sobretudo pelo posicionamento de André Castro, Francis e Bruno Silva. Velicka e Tchê Tchê se revezaram nos avanços ao ataque e a rotatividade do meio-campo, com Bruno Paulo e Mike abertos nas marginais e Juninho flutuando atrás de Ytalo complicou a vida de Huth e Morgan.

O primeiro gol do jogo foi marcado por Tchê Tchê, aos 15 minutos do primeiro tempo, após bela tabela com Mike. O Leicester empatou em jogada bem construída por Mahrez e que teve a fria conclusão de Vardy. O camisa 9 dos Foxes virou o jogo após contra-ataque puxado por Okazaki e uma conclusão precisa, que encobriu Sidão. Com grandes chances dos dois lados travadas por Sidão e Schmeichel, o confronto foi para os vestiários com a vantagem britânica. Na volta do intervalo, Fernando Diniz fez duas mudanças. Sacou os defensores Bruno Silva e Camacho e lançou o Audax à frente com Wellington e Márcio Diogo.

A estratégia funcionou. Aos 6 minutos, após triangulação abrir a defesa do Leicester, Bruno Paulo empatou. Ytalo repôs o Audax em vantagem aos 13, em cabeçada de manual executada após cruzamento de Tchê Tchê. Apesar da vantagem, o Audax manteve a postura habitual, com ofensividade e posse de bola. O Leicester, fã de rivais com esta tática, aproveitou de novo contra-ataque didático e empatou, aos 26 minutos, com Vardy. O Leicester quase virou aos 34, com Huth e aos 39, com Kanté. Porém, aos 44 minutos, após tabela rápida pela esquerda, o zagueiro/lateral/volante Velicka invadiu a área do Leicester e marcou o gol da vitória brasileira.

O título do Audax acabou com uma série de sete anos de jejum sulamericano no Mundial de Clubes. Após a taça do Corinthians, em 2012, Bayern (2013), Real Madrid (2014), Barcelona (2015), Atlético de Madrid (2016) e Leicester (2017) deixaram o troféu em solo europeu. O feito do Audax fez a imprensa internacional se render ao estilo de jogo da equipe vermelha. "O Brasil também entende de tática". O Daily Mirror afirmou que o confronto entre Audax e Leicester confirmou uma nova tendência no futebol. "Dinheiro não é tudo. Isto é futebol".

DEVANEIO -
Sim, viajei. Apesar desta torcida não ser somente minha e apostar que há muitos viciados em futebol loucos por um enredo destes, é quase impossível imaginar que este roteiro não seja uma simples ficção. Assim como era quase impossível imaginar um atropelo do Audax sobre o São Paulo e um duelo tático tão equilibrado e a eliminação de um dos melhores times do país dentro de sua temida casa. Como era impossível imaginar o Leicester campeão ou vice de uma Premier League de ricos e poderosos Chelsea, Manchester City, Manchester United.

Alcançar as taças e decorar a sala de troféus será a melhor maneira para Audax e Leicester City não se tornarem meras réplicas da estupenda Seleção de 1982. Em um mundo competitivo em todos os setores da sociedade, exigimos sempre o máximo. Audax e Leicester já garantiram aos fascinados por futebol sua faceta mais mágica. Nos fazer acreditar que são capazes de ir além do improvável. Diniz e Ranieri construíram trajetórias inimagináveis através do trabalho. Da repetição.

Diniz muito mais, já que desde que o Audax nem era de Osasco ele já aplicava suas ideias. Há quem reduza seus méritos ao dizer que não daria certo em time grande. Há quem exagere e o peça na Seleção. Eu prefiro apenas viver o presente e me divertir com uma proposta que se transformou em realidade. Diniz e seu Audax. Ranieri e seu Leicester. Exemplos de que o trabalho supera o impossível. Raras exceções que podem transformar a minha insana história em texto visionário.  

Audax 4 x 3 Leicester - Estudo tático e trabalho na épica final do Mundial de Clubes

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Com o fim dos estaduais para algumas equipes, é hora de remontar elencos visando os torneios nacionais. No Mogi Mirim, a tendência é de ampla reformulação e o goleiro André Zuba é um dos primeiros nomes acertados com o Sapo. Um dos destaques do Guarany de Sobral, semifinalista do Campeonato Cearense, o arqueiro de 29 anos chegará ao Sapo ao final da participação do Cacique do Vale no estadual. O clube ainda informou em seu site oficial a contratação do lateral direito Valdir, que defendeu o Sapo entre 2014 e 2015 e que estava no Fortaleza.

A informação do acordo com Zuba foi confirmada por pessoas ligadas ao Mogi Mirim, que não deve renovar com Mauro. O arqueiro de 38 anos, tratado como ídolo por alguns mogimirianos, teve o contrato encerrado no dia 10 de abril e a renovação é improvável. Daniel, que foi titular em 12 dos 15 jogos do Sapo no Paulistão será o concorrente principal de Zuba. Gustavo e André Luiz completam a lista de goleiros do Mogi Mirim para a Série C.

Revelado pelo América-SP e com passagens por clubes como Marília-SP, Fortaleza-CE e Caxias-RS, o arqueiro de 29 anos é considerado o principal jogador do Guarany. A equipe, recheada por garotos, perdeu na ida da semifinal por 3 a 1 para o Fortaleza e precisa de três gols de diferença para eliminar o Leão do Pici. O duelo será no domingo (24), às 16h00, na Arena Castelão, em Fortaleza (CE). A lista de reforços do Mogi Mirim ultrapassará a marca de 10 peças e novos nomes podem ser confirmados neste final de semana.

O Mogi Mirim iniciou a inter-temporada para a Série C na quarta-feira (20) sob o comando de Leston Júnior, substituto de Flávio Araújo. Os goleiros Daniel, Gustavo e André, os zagueiros Paulão e Vinícius, os volantes 
Henrique Motta e Neto, os meias Romildinho e Gustavo e os atacantes Matheus Ortigoza, Everaldo, Jaílton e Ruster compõem o grupo que 'deu start' à preparação. Dos 13 nomes, três não disputaram o estadual. O goleiro André e o zagueiro Vinicius treinaram com o elenco e não foram inscritos.

Já Everaldo, que atuou na reta final da Série B em 2015, teve o vínculo estendido no começo do ano, porém, não foi aproveitado por Toninho Cecílio. O atacante chegou a ser cogitado como reforço do Flamengo-PI, mas a negociação não avançou. Dos jogadores com contrato longo, o volante Josa e os atacantes Jô e Keké ainda não participaram das atividades. Único atleta relacionado para as 15 partidas do estadual, Keké teve a permanência confirmada pela diretoria nesta sexta-feira (22). 

André Zuba reforçará o Mogi Mirim na Série C

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Não foi uma defesa exclusiva aqui do Blog. Mas, há um bom tempo cobramos a presença de um diretor, gerente ou coordenador de futebol. A nomenclatura não é o principal e sim a função. Ser o articulador entre comissão técnica, elenco e diretoria. O Mogi Mirim ficou sem ‘camisa 10’ no principal setor extra-campo e uma das consequências foi o rebaixamento. Criticados ou elogiados; Luiz Simplício, Juliano Torres e Alexandre Oliveira foram as figuras que desempenharam esta função em boa parte da ‘Era Rivaldo’. O último participou da transição para a ‘Era Oliveira’ e participou de contratações como do volante Memo e do meia Léo Bartholo. Já para 2016 a função foi toda da família Oliveira. Os filhos, sobretudo Felipe, desempenhou cargo que um dia até poderá ser seu, aqui ou em outro lugar. Porém, em meio à conturbada reta final do primeiro mandato do presidente mogimiriano, uma figura tarimbada surgia como necessidade magma.

Agora é a vez de José Wellington da Silva Aranha desempenhar função tão importante. Leto foi confirmado como coordenador de futebol e terá a missão de integrar os departamentos de futebol profissional do clube. Leto é um nome bem escolhido e seu acerto não é uma cogitação recente. O ex-meia do Sapo sempre negou tal possibilidade. Se manteve por perto, sempre no estádio Vail Chaves e às vezes participando de indicações de atletas, muito pela atuação como empresário. Leto volta a ser funcionário do Mogi Mirim após quase 20 anos. A última vez que serviu o clube que o projetou para o futebol foi em maio de 1997, quando esteve na vitória do Sapo por 2 a 1 sobre o América pelo Paulistão. E ainda fez gol. Agora, tem a missão de contribuir com a reconstrução de um clube que passou por dois rebaixamentos consecutivos.


“Quando recebi o convite do presidente fiquei muito feliz. Sentimento de poder ajudar de alguma forma o clube que me revelou para o futebol. Vou fazer a ligação entre os jogadores e a diretoria do Mogi Mirim”, afirmou Leto em entrevista exclusiva ao Blog. O agora dirigente confirmou que ajudará a contratar jogadores, não quis adiantar nomes e frisou que a última palavra sempre será do presidente. Para que o trabalho dê a famosa liga, será preciso conceder a Leto a liberdade para trabalhar. Criar uma linha de trabalho e ser uma voz boleira, com viés profissional, óbvio, dentro de uma diretoria que não é da bola. Para a função de 10, um dos três ‘camisas 10’ do Carrossel Caipira é uma escolha acertada. E se fizer 10% como coordenador do que jogou, já valerá nota 10 a contratação. 

Leto assume papel que fez tanta falta no Paulistão

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DEGOLAS - Desde a década de 1970, quando começou a disputar competições profissionais, o Sapo registrou apenas seis descensos. Além do descenso desta temporada, o clube caiu de divisão no estadual em 1994 e 2006. No Brasileirão foram três quedas para a Série-C: 1997, 2004 e 2015. Nas demais participações em competições nacionais ou o clube se manteve na mesma série ou conquistou ao acesso. Na década de 1990, por exemplo, as divisões de acesso não registravam rebaixamento.

EM SAMPA - Em São Paulo a queda ocorrida em 1994 pode gerar discussão sobre sua validade. Isto porque, apesar de ter disputado e conquistado o Grupo B (espécie de A2) no ano seguinte, também garantiu vaga na A1 do mesmo ano e por pouco não chegou à final. O único rebaixamento que o obrigou a jogar a A2 foi o de 2006. No ano seguinte a equipe não faturou o acesso, registrado apenas em 2008, último ano do clube no segundo nível do estadual antes de 2017.

GRANA - Enquanto ainda planeja a Série-C, o Sapo já sabe que, em 2017, poderá contar com aporte financeiro superior ao da maioria dos concorrentes. Água Santa e Mogi Mirim, clubes que ficaram entre a 15ª e a 16ª posição nesta A1, receberão no estadual do ano que vem a mesma cota de transmissão televisa que receberiam por estar na elite. A determinação ocorreu devido à redução de clubes pretendida para 2017, o que resultou no rebaixamento de dois clubes a mais. Assim, a cota de pouco mais de R$ 3 milhões será mantida. Já para a Série-C o Sapo não receberá valores ligados aos direitos de transmissão. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) coopera apenas com ajuda de custo com passagens e hospedagens em distâncias que ultrapassam os 700 quilômetros da sede do clube.

LETREIRO - O Mogi Mirim comunicou o torcedor em dezembro sobre a mudança do nome do estádio. Romildo Vitor Gomes Ferreira foi substituído por Vail Chaves, pioneiro entre as quatro nomenclaturas que o local já recebeu. Porém, o letreiro segue com o antigo nome, situação que deve ser mudada a partir da Série-C. De acordo com a assessoria, o pacote de melhorias para o segundo semestre engloba a substituição do letreiro de identificação do estádio. Assim que a alteração no local ocorrer também será feita a comunicação oficial para a CBF e Federação Paulista de Futebol (FPF), que seguem utilizando Romildo Ferreira para se referir à casa mogiana.

SILVINHO - A situação clínica do ex-jogador do Mogi Mirim, Silvinho é considerada delicada e a família clama por ajuda. Com a necessidade de dinheiro para aquisição de remédios e outros produtos de necessidade, os familiares divulgaram a conta bancária para que doações possam ser feitas. A agência do Itaú é a 4459 e a conta poupança, em nome de Isadora Gomes de Almeida é 23990-3/500. Atacante do Sapo no acesso inédito ao Paulistão, em 1985, Silvinho também defendeu clubes como Botafogo e Palmeiras. O atleta é de São Simão e no ano passado esteve em Mogi durante um jogo realizado para arrecadar fundos para contribuir com seu tratamento. Há mais de três anos Silvinho sofreu um problema genético chamado MAV (Má Formação Arterio Venosa) e perdeu os movimentos e a fala.

Curtas do Sapo - Degolas, cota na A2, letreiro do Vail e ajuda para Silvinho

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sábado, 16 de abril de 2016


CRÉDITO DA IMAGEM: MARCELO GOTTI | MOGI MIRIM EC

Satirizar nomes é comum em várias fases da vida do brasileiro e o futebol é um adorador desta prática. Pauteiros em época de Copa São Paulo são PHD's no assunto. Desde que não haja maldade (como é no bullying) não há problemas. Há quem ame mais o apelido do que o próprio nome. A contratação de Leston Júnior como novo técnico do Mogi Mirim gerou uma pitada de preconceito. Não me eximo de culpa aqui neste post, já que minha cabeça automaticamente associou Leston a Neston. Outra brincadeira fiz no título deste post, por pior que seja o nível do trocadilho.

O ponto principal na chegada de Leston Júnior é que não é tempo de brincadeira no Mogi Mirim. A contratação de um técnico desconhecido para a maioria gera ainda mais desconfiança em um momento de instabilidade e de ego ferido. É mais do que necessária a reconstrução da auto-confiança no clube e em seus adeptos. E o nome de Leston não é dos piores. Nem dos melhores. É uma aposta com viés de risco. Já que toda contratação é aposta. (Lembrem que várias estrelas já foram desastres um dia...)

Antes de analisar a chegada do novo é preciso falar do que passou. A começar pela incrível marca de sete técnicos desligados em 12 meses. Claudinho, Edinho, Aílton, Guedes, Goiano, Cecílio e Araújo. É muita gente. Sobre Araújo, a saída se deu muito mais pela discordância do treinador com a proposta apresentada pelo clube para a permanência do que pela avaliação do trabalho. Até porque, sendo simplista, o técnico pegou um trabalho completamente moldado à feição de Toninho Cecílio e se virou, sobretudo após encaixar o esquema com três zagueiros.

Nesta nova passagem de bastão o Mogi acertou ao ser ágil. Foi por perder tempo na montagem e na pré-temporada para o Paulistão que ocorreu a queda para a Série A2. A saída de Araújo poderia comprometer o benefício do tempo livre e a reposição foi rápida. Também é preciso deixar o discurso de continuidade técnica de lado e passar a fazê-lo na prática. Leston precisa de mais paciência do que Rivaldo, por exemplo, teve com Edinho em 2015. Se serão dados quase 40 dias para Leston criar o 'seu Mogi Mirim', que seja tudo feito com rito profissional e dentro da concepção do profissional que administra o coração do clube de futebol: o futebol, oras!

A carreira de Leston Júnior é marcada por trabalhos na base de clubes tradicionais, como o Cruzeiro. Rodou em agremiações modestas do interior, como Olímpia e Internacional de Bebedouro até voltar à sua Minas Gerais e ganhar a oportunidade de treinar o Tupi, em março de 2015. Substituiu Felipe Surian e alcançou dois feitos. Fez a melhor campanha da Copa do Brasil na história do Galo Carijó, chegando à terceira fase e foi o responsável pelo acesso histórico do alvinegro para a Série B do Brasileiro. Ao todo foram 11 vitórias, nove empates e oito derrotas. Números equilibrados, que não devem decepcionar ou encantar. A passagem posterior, sim, é passível de adjetivação negativa.

Conversei com um colega da imprensa de Belém, Ronald Sales, do Diário do Pará Online. Foi na capital paraense que Leston fez seu último trabalho. No dia 28 de março o treinador foi desligado do Clube do Remo. "A crítica maior é que as indicações que ele fez não foram bem aqui. Uma decepção. Não conseguiu formar uma equipe. O trabalho anterior no Tupi não vingou em terras paraenses". A avaliação de quem acompanhou de perto a mais recente atuação de Leston liga o sinal de alerta. O Mogi terá o Leston de sucesso no Tupi ou a decepção do Remo? Usando uma expressão da moda, vai 'dar liga' no Vail Chaves? Ao torcedor resta usar uma das últimas cotas de paciência e torcer 

Nome de Leston não é dos piores. Nem dos melhores...

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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Crédito da imagem: Sertãozinho FC

Pela terceira rodada da fase de acesso da Série A3, o Sertãozinho, líder do Grupo 2, com seis pontos, recebe o Flamengo. O duelo será neste sábado (16), às 10h30, no estádio Frederico Dalmaso. Pela mesma chave, Matonense e Nacional duelam no domingo, a partir das 10h00, no Hudson Buck Ferreira, em Matão.

Já no Grupo 3 o São Carlos, que lidera a chave com seis pontos, recebe o Cataduvense neste sábado, às 17h00. No domingo, no mesmo horário, o Atibaia busca a reabilitação diante do Rio Preto, fora de casa. O Falcão perdeu por 1 a 0 para o São Carlos na quarta-feira, 13. O duelo aconteceu no estádio Chico Vieira, em Itapira.

Itapira é a ‘casa’ do Atibaia nesta segunda fase. No sábado, 23, a equipe laranja recebe o Rio Preto, às 10h30 e no domingo, 1, duela com o Catanduvense, às 10h00. Os primeiros colocados de cada chave disputam a final e conquistam o acesso para a Série A2 em 2017.

Sertãozinho e São Carlos defendem a ponta na Série A3

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Oliveira (ao centro) comanda ex-colegas de São Paulo como Fábio Simplício, Márcio Luiz e Júlio Santos | Matheus Urenha/A Cidade
Bragantino e Batatais abrem nesta sexta-feira (15) a rodada de volta das quartas de final da Série A2 do Campeonato Paulista. O duelo no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, será às 19h00 e terá transmissão do SporTV. No jogo de ida, realizado no Osvaldo Scatena, em Batatais, as equipes empataram em 0 a 0. Não há vantagem de resultados iguais nas fases decisivas da A2 e em caso de igualdade no placar agregado a decisão da vaga será nos pênaltis.

Três partidas fecham neste sábado (16) as quartas de final. A partir das 16h00, São Caetano e Santo André fazem o clássico do ABC. O duelo será no estádio Anacleto Campanella e o Ramalhão joga pelo empate após ter vencido o jogo de ida por 2 a 1. O vencedor deste duelo enfrenta o ganhador de Barretos x Taubaté.

O confronto será a partir das 17h00 no estádio Fortaleza, em Barretos. Na ida, no Vale do Paraíba, as equipes empataram em 2 a 2. Na outra perna o Mirassol recebe o União Barbarense, às 19h00, no José Maria de Campos Maia. No primeiro jogo os mirassolenses venceram por 3 a 2. O ganhador do confronto enfrentará Bragantino e Batatais. Apenas os finalistas conquistarão o acesso para a Série A1 de 2017.

Série A2 define primeiro semifinalista nesta sexta

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quinta-feira, 14 de abril de 2016



Autor: Lucas Valério | Fotos: Arquivo Pessoal

XV de Piracicaba em 1976. São José em 1989. Novorizontino em 1990. Portuguesa Santista em 2003. Mogi Mirim em 2013. Nem sempre a sensação do Campeonato Paulista fatura o título. Internacional, Bragantino, São Caetano e Ituano quebraram este estigma. Porém, o que os ‘pequenos’ desejam é ir o mais longe possível. Audax, Red Bull, São Bernardo e São Bento são as equipes que lutam nesta edição o Paulistão pelo status de melhor surpresa. Quem sabe de semifinalista, finalista ou campeão. 

Para atingir a semifinal todos terão um grande pela frente. Missões complicadas em tese. Teorias que tornam o São Bento o mais complicado dos rivais destes grandes. O adversário é o Santos, que somou cinco pontos a mais que o Bentão. Bentão que fez 27, menos apenas do que o próprio Santos e o Corinthians. Em entrevista exclusiva concedida ao Blog, o volante Hygor e os atacantes Everton Sena e Rossi falaram sobre o momento vivido pelo São Bento e a expectativa de duelar com o Santos no mata-mata.

Um momento que, de certa forma, já estava no imaginário dos atletas antes do Paulistão. “Sinceramente, sabíamos que podíamos chegar por causa do grupo que montamos. E por causa do nosso dia a dia, agente via jogadores com mais experiência e bem sucedidos querendo tanto quanto os mais novos. Agora certeza nós não temos de nada. Sempre trabalhamos para livrarmos primeiramente do rebaixamento”, destacou Hygor. O volante, reserva de Eder e Fábio Bahia em boa parte do estadual destacou que, após acabar com as chances de degola o grupo começou a estipular metas. Passo a passo.



A experiência do elenco é citada também por Rossi. O atacante, autor de dois gols no estadual enalteceu a dedicação tática dos atletas e ressaltou a presença de nomes como Marcelo Cordeiro, Morais, Edno e Rodriguinho. “Eles já passaram por diversas experiências no mundo do futebol e vieram pra ajudar. O jogadores assimilaram a ideia do clube, do professor Paulo (Roberto) e isso é o diferencial da equipe”.

“Nosso elenco é muito bom. O Paulo não montou um grupo só com 11 jogadores ele montou 28 jogadores e qualquer um tem capacidade de jogar”, completou Everton Sena. O atacante ressaltou a falta de cinco titulares nas últimas rodadas. Morais, Clébson, Éder, Diego Clementino e Rossi não enfrentaram o São Paulo. “E quem entrou está dando conta do recado e ontem (domingo, 10) fomos felizes de ganhar contra o São Paulo”.

O triunfo sobre o Tricolor foi apenas um dos feitos da equipe neste estadual. Por poucos minutos a equipe não bateu o Palmeiras no Pacaembu e o Corinthians no CIC. Empates que também mostraram a força da única equipe do interior que terminou invicta contra os chamados grandes na primeira fase.



Hygor, porém, ressaltou outros jogos. A primeira vitória o estadual, sobre o Novorizontino, em casa e os empates como visitantes diante de Ponte Preta (0 a 0) e Água Santa (2 a 2) foram ressaltados. “O time estava com dificuldades e os que entraram deram conta de reverter o resultado”.

A construção dos resultados edificou uma campanha sólida, que teve classificação antecipada. Nas quartas de final o adversário será o Santos, rival que chama a atenção pelo coletivo, mas que possui peças que já deixam o Bentão em alerta. “Nos preocupa o entrosamento e a dinâmica do Lucas Lima que é o principal articulador junto com Gabriel e Ricardo Oliveira”. Para vencer o Santos a equipe aguarda pela liberação dos atletas que estão no Departamento Médico, como Rossi. O jogador está liberado para treinar, mas a presença diante do Peixe ainda é dúvida.

“A ansiedade é enorme, fiquei de fora deste jogo com o São Paulo, que todo jogador quer jogar contra time grande. Então, ainda mais agora um de mata-mata, quero estar em campo com meus companheiros. Gosto de jogar este tipo de jogo e acredito que vai ser um grande jogo”. A torcida também acredita. Na manhã desta quinta-feira (14), mais de 500 ingressos disponibilizados para os são-bentistas já haviam sido vendidos. Mais 200 entradas estão disponíveis para a torcida que, segundo os jogadores, tem papel tão importante quanto o deles.

“Eles têm sido muito importantes. Nos ajudam bastante. E eles têm um determinado número que estão sempre presentes né. E com a campanha o resto da cidade abraçou o time e veio junto”, afirmou Hygor. “A torcida é grande contribuinte, que vem aos jogos, contribui como sócio torcedor. Acho que a torcida e a diretoria, a força de vontade dos dois contribui para o momento que a gente vive hoje”, completou Rossi. 

O atacante também destacou o trabalho da diretoria. “Acho que um diferencial é a força de vontade da diretoria, que busca sempre o melhor para jogadores e funcionários do clube”. O São Bento vive uma fase de reconstrução. Em 2011 o clube foi rebaixado para a Série A3 e passou duas temporadas no terceiro degrau do futebol paulista. Na Copa Paulista de 2011, por exemplo, chegou a apostar em atletas do amador de Sorocaba. A partir de 2013, ano do título da A3, a equipe mudou de patamar. Conquistou o acesso na A2 de 2014, se manteve na elite em 2015 e alcançou um novo momento em 2016. 


“É possível ver esta mudança sim. Primeiro pelo fato de vários acessos e a gente tem uma referencia que é o Henao (goleiro), que passou por várias dificuldades no clube. Ele fala sempre que a gente pegou a parte boa do bolo, que a gente vive um momento que está hoje. A gente percebe na diretoria, na vontade que eles têm de levantar o Bento que a gente fica feliz por estar em um momento bom tanto de dentro de campo como fora. Ficamos felizes por fazer história e viver um grande momento no Bento”, destacou Rossi. Momento que pode ser ainda maior em caso de vitória sobre o Santos, na Vila. Uma história construída rodada por rodada. Resta saber se o Bentão será apenas uma ‘grata surpresa’, como o Mogi de 2013, um finalista como o Paulista de 2004 ou um campeão como os quatro únicos que quebraram a barreira dos grandes.

Os motivos para o São Bento ser o principal candidato a zebra no Paulistão

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segunda-feira, 11 de abril de 2016

CRÉDITO DA FOTO: DANIEL AUGUSTO JR. / AGÊNCIA CORINTHIANS

MUDANÇA - A FPF ainda nega, mas, deve confirmar nas próximas horas a antecipação do duelo entre Corinthians e Red Bull Brasil. A partida agendada para domingo (17), às 16h00, na Arena Itaquera, deve ser alterada para o dia anterior, no mesmo horário e local. A Polícia Militar vetou a realização de jogos na capital, já que, para o mesmo dia, está agendado um protesto contra a presidente Dilma Rousseff. Nos bastidores, a TV Globo já trabalha para transmitir a partida no sábado...


... o que ajuda a comprar a velha tese da força da TV e consequentemente do Timão. A definição das datas e horários das quartas de final após o Conselho Técnico desta segunda já dava mostras de tema tão surrado em São Paulo. Como Palmeiras e Corinthians decidem o futuro na capital, os duelos não poderiam acontecer no mesmo dia. O normal seria agendar um duelo para o sábado e outro no domingo. O Palmeiras, por jogar pela Copa Libertadores na quinta-feira (14), não poderia atuar dois dias depois e, assim, jogaria no domingo. E o Corinthians ficaria fora da TV aberta. Porém, para manter o Timão na telinha, a FPF marcou Palmeiras x São Bernardo para a noite de segunda-feira (18). Data e horário atípico, mas, que atende às exigências de Sindicato dos Atletas Profissionais, Polícia Militar e, claro, da TV, agora propensa a transmitir o jogo de... sábado!

ALGOZ - As quartas de final serão abertas no sábado (16), com Santos x São Bento. O confronto é dos mais aguardados. O Bentão não perdeu para nenhum grande (empatou com Corinthians e Palmeiras e venceu o São Paulo). Já no domingo, às 18h30, o grande com mais chances de cair joga em Osasco. Vice-líder no Grupo C, o Tricolor visita o Audax no Rochdale. Muito bacana ver o estádio que abrigava só jogos da A2 e A3 até pouco tempo, totalmente remodelado e abrigando uma decisão deste porte. Por mais que não seja o time mais querido de Osasco, proporciona uma chance inédita à cidade. O que é sempre legal. E o Audax ainda tem Vampeta como presidente, um algoz tradicional do São Paulo...

EQUILÍBRIO - A primeira rodada das quartas de final da Série A2 deu mostras da dificuldade da competição. Apenas um visitante venceu e dois empates foram registrados. O 'favorito' que triunfou foi o Mirassol, que fez 3 a 2 no União Barbarense, no Antônio Lins Guimarães. Na volta, em casa, jogará por empate. Batatais e Bragantino não saíram do zero e Taubaté e Barretos empataram em 2 a 2. Já o São Caetano, líder da primeira fase, caiu no clássico do ABC. O Santo André venceu por 2 a 1 e agora um empate dá a vaga na semifinal ao time de Toninho Cecílio. O primeiro semifinalista será conhecido na sexta-feira (15), quando o Braga recebe o Fantasma da Mogiana.

DO MESMO JEITO - A fase de acesso da Série A3 também começou equilibrada. O São Carlos, que caiu de produção na reta final da primeira fase, estreou com a vitória mais larga. Fez 2 a 0 no Rio Preto graças a Alexandre Vecchio e Salatiel. No mesmo grupo, Grêmio Catanduvense e Atibaia empataram em 1 a 1 no Sílvio Sales. O rodado Reginaldo marcou para o Falcão e Leandro Tanaka, de pênalti, deixou tudo igual para os donos da casa. No Grupo 2, Luan, de cabeça, marcou o gol do Sertãozinho na vitória por 1 a 0 sobre a Matonense. O Touro dos Canaviais foi o único visitante que venceu na rodada. A equipe lidera a chave à frente de Nacional e Flamengo, que empataram em 1 a 1 na Rua Comendador Souza. Gindre marcou para o Naça, mas, Daniel Bueno, de cabeça, garantiu o empate do Flamengo.

VAI COMEÇAR - A Federação Paulista lançou na sexta-feira (8), a lista de participantes da primeira divisão do Campeonato Paulista sub20. A competição reunirá 45 clubes, que foram divididos em quatro chaves. O Grupo 1 é o único com 12 clubes, já que as outras chaves terão 11 times em cada. O Mogi Mirim está no Grupo 3 ao lado de Ponte Preta, Atlético Sorocaba, São Bento, Capivariano, Primavera, Independente, Ituano, Paulista, Rio Branco e União Barbarense. Clique aqui e confira como ficaram as outras chaves. O Paulista sub20 começa no dia 7 de maio. Serão 22 rodadas na primeira fase, que classificará os quatro melhores para as oitavas de final. Sempre em jogos de ida e volta nas eliminatórias, a competição reservou os dias 29 de novembro e 4 de dezembro para as finais. 

Paulistando - Timão no sábado, largada decisiva na A2 e na A3 e sub20

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CRÉDITO DA IMAGEM: CÉSAR GREGO/AG. PALMEIRAS


A última rodada da primeira fase do Paulistão confirmou o rebaixamento do Mogi Mirim para a Série A2. Confirmou a expectativa de muitos mogianos antes mesmo do início da pré-temporada. A horrorosa participação na Série B do Brasileiro e a queda de braço entre Luiz Henrique de Oliveira e Victor Manuel Simões já indicava um estadual nebuloso. Com descenso.

A briga entre Oliveira e Simões é sim a grande responsável pelo que aconteceu neste domingo. Não foram os erros de Gabriel Dias (na saída de bola no gol de Alecsandro ou ao perder gol certo quando estava 1 a 1). Não foram os erros de Toninho Cecílio e Flávio Araújo na escalação da equipe. O primeiro, por exemplo, insistiu com Wendel como ala e demorou a enxergar o que Araújo lamenta ter demorado duas semanas. Jogar com três zagueiros.

Os erros de atletas e da comissão técnica compõem a lista de motivações para a queda. Porém, ninguém pode negar que a culpa maior é de quem administra. Erros que começaram antes, já com Rivaldo e que se agravaram na mão de Oliveira. O principal deles é a falta de alguém que entenda de futebol para comandar o futebol. A contratação de um diretor de futebol que conheça o mercado e os meandros do 'Mundo da Bola' é essencial. Como também é vital que os dirigentes sejam humildes.

Oliveira e seus filhos precisam reconhecer todos os passos errados e não terceirizar nenhuma culpa pelo rebaixamento. É preciso assumir que a falta de experiência, de traquejo proporcionou este inédito bi-rebaixamento. Duas quedas seguidas é tão atípico que feriu demais o ego do mogimiriano. Os números destas campanhas dão solidez à tese de culpa maior dos dirigentes. De Rivaldo a Oliveira, repito. Desde a Série B o Sapo teve dois presidentes. E mais de 70 jogadores diferentes. E seis treinadores efetivos. Repetiu-se muito menos na alta cúpula que no baixo clero. E mesmo assim a engrenagem só enrosca.

Os rebaixamentos precisam servir de lição. Nada daquele discurso de "um desempenho para ser esquecido". As 31 derrotas nos últimos 53 jogos precisam ser marteladas na cabeça dos cabeças do clube. O torcedor, sempre escanteado, vibrou com apenas oito vitórias nestas campanhas de rebaixamento. E foram apenas três triunfos no Vail Chaves. Na próxima sexta-feira (15), Oliveira completa 10 meses de Mogi. Rebaixou muito mais o Sapo do que seus antecessores e precisa encontrar um jeito de reinventar. Precisa profissionalizar o departamento de futebol, inserir profissionais sérios na gestão do futebol. Acabar com o discurso teórico e tornar prático o departamento de marketing. Precisa tornar o Mogi Mirim o grande nas divisões menores.

Na Série C, contra equipes que estão atoladas nesta divisão há alguns anos, precisa ser protagonista. Não basta entrar para não cair. Ou para subir de divisão. O Mogi Mirim tem que lutar para ser campeão. Só assim há uma chance de reverter a relação com o torcedor. E, como Oliveira disse em sua primeira coletiva. "Precisamos de você, torcedor". É hora de mostrar que realmente precisa e dar a torcida condições de apoiar. Em 2017, na indesejada Série A2, o Sapo também tem a obrigação de ser protagonista. Há 30 anos, alguns heróis como Chicão e Oscarzinho começaram uma história que consolidou o Mogi como clube da elite. Foram 29 participações na Série A1 em 31 edições. As únicas ausências foram em 2007 e 2008. Até quando caiu, em 1994, foi campeão da A2 em 1995 e como o regulamento previa, jogou a A1 naquele mesmo ano. E quase foi para a final.

Este precisa ser o espírito. Caiu? Levanta! E seja maior, bem maior do que é hoje. Ou até do que já foi, por quê não? Mas, para tudo isso acontecer, é preciso que quem manda reconheça que está sendo pequeno. Que tem sido frágil e isto está fragilizando um clube forte. E esta humildade não precisa ser retratada em entrevistas. Ela precisa estar verdadeiramente fincada na consciência. Este é o ponto principal para que os dois passos dados para trás signifiquem 10 à frente no futuro. É hora de ser grande. 

O Mogi Mirim precisa se reinventar e ser o grande nas divisões menores

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domingo, 10 de abril de 2016

O lateral direto Kellyton foi um dos destaques da Esportiva Itapirense na Série A3. Apesar do rebaixamento, o jogador funcionou como válvula de escape pela direita e foi o responsável pelas bolas paradas. Com assistências e cinco gols, teve a ausência lamentada em alguns jogos da reta final, como no penúltimo jogo, contra o São José.

Nesta entrevista exclusiva concedida ao Blog, o garoto de 21 anos, falou sobre a queda da Esportiva e fez um balanço do seu desempenho na competição. O jogador também abriu o jogo sobre salários atrasados e a negociação que o levou ao Bragantino. O itapirense tem um pré-contrato assinado com o Massa Bruta e deve se apresentar no Nabi Abi Chedid em junho.

A ida a Bragança Paulista, porém, poderia ser mais precoce. Com contrato com a Esportiva Itapirense até 31 de maio, o jogador e seu empresário pediram a liberação. A intenção era já ser inscrito na segunda fase da Série A2 e se adaptar ao clube que disputará a Série B do Brasileiro no segundo semestre. Como o Braga perdeu um jogador lesionado e a Esportiva não disputa mais a A3, Kellyton estaria livre para jogar as quartas de final.

Porém, segundo o atleta, a diretoria da Esportiva estaria dificultando a liberação. Entenda um pouco mais o caso neste bate-papo com Kellyton, mais um itapirense brilhando no mundo da bola. 


Kellyton aguarda Esportiva para se apresentar ao Bragantino

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Seis clubes. Três bilhetes. Nenhum interessado. Ao final, três serão obrigados a pegar a passagem para a Série A2. XV e Mogi vivem situação mais delicada. Botafogo também não depende apenas de si. Linense é o mais confortável, mas, o único que faz confronto direto contra a degola. Abaixo, a matemática simplificada para cada um dos times que lutam contra a degola. 

MOGI MIRIM 

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento se dois destes três não vencerem seus jogos: Botafogo, Água Santa e Ferroviária.
EMPATE – Escapa do rebaixamento apenas se Botafogo e Água Santa perderem e o XV empatar com o Oeste.
DERROTA – Será rebaixado.

O QUE CADA RIVAL PRECISA
LINENSE

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento
EMPATE – Escapa do rebaixamento
DERROTA – Cai desde que Ferroviária ou Água Santa e o Botafogo vençam seus jogos. Escapa se um deles
FERROVIÁRIA

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento
EMPATE – Cairá desde que dois destes três vençam: Água Santa, Botafogo e Mogi Mirim
DERROTA – Cairá se Botafogo e Água Santa empatarem seus jogos. Escapa desde que dois dos três concorrentes abaixo na tabela perca seus jogos
ÁGUA SANTA

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento
EMPATE – Cairá desde que Ferroviária no mínimo empate e Botafogo e Mogi Mirim vençam
DERROTA – Cairá se Botafogo e Mogi Mirim empatarem seus jogos. Se o XV vencer e Mogi ou Botafogo vencer, também cai. Escapa se Botafogo e Mogi perderem e o XV empatar.
BOTAFOGO 

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento desde que Linense a perca. Empates de Ferroviária e Água Santa também resolvem.
EMPATE – Escapa apenas se Ferroviária ou Água Santa perderem. Neste caso, precisa torcer para o Mogi não vencer o Palmeiras.
DERROTA – Será rebaixado
XV DE PIRACICABA

VITÓRIA – Escapa do rebaixamento desde que Mogi Mirim, Botafogo e Água Santa não vencerem seus jogos. Caso só um deles vença, escapará também se a Ferroviária perder para o Linense.
EMPATE – Será rebaixado
DERROTA – Será rebaixado

As contas dos seis times que fogem das três vagas no 'bonde da degola'

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sábado, 9 de abril de 2016

TABUS - O Mogi Mirim precisa vencer o Palmeiras para ter chances de fugir do rebaixamento. E o rival é daqueles que complicam a vida mogiana. O Sapo jamais venceu o Verdão em Mogi Mirim. Entre 1986 e 2013 aconteceram 16 partidas no estádio Vail Chaves, com sete vitórias palestrinas e nove empates. Nos últimos duelos, igualdades. Em 2013 as equipes empataram em 2 a 2 e em 2011 o jogo terminou sem gols.

FAZ TEMPO - O último triunfo do Verdão em Mogi aconteceu em 2006, quando a equipe fez 2 a 1 no Sapo. Já em 2005, no estádio Palestra Itália, o Mogi venceu por 2 a 1 na última vez que derrubou e posteriormente iniciou uma série de sete jogos sem bater o adversário de amanhã. No total, Palmeiras e Mogi Mirim se enfrentaram 36 vezes na história. O Verdão venceu 23 jogos, o Sapo quatro e aconteceram nove empates.


BOAS LEMBRANÇAS - O Mogi Mirim jamais venceu o Palmeiras como mandante, mas o técnico Flávio Araújo já sentiu este sabor. O treinador comandou o Sampaio Corrêa na vitória por 2 a 1 sobre o Verdão no estádio Castelão, em São Luís (MA). O duelo foi válido pela segunda fase da Copa do Brasil de 2014. Na volta, em São Paulo, o Verdão venceu por 3 a 0 e garantiu a classificação.

NA CASA DELES - Já o goleiro Mauro coleciona inúmeros duelos com o Palmeiras. Porém, o primeiro que lhe vem à cabeça é do começo da carreira. Em 1998 o Sapo visitou o Palmeiras no Palestra Itália e venceu por 4 a 1. O arqueiro, recém-promovido ao profissional defendeu a meta do Sapo. “O time deles tinha Veloso, Arce, Junior e nós começando, com Zé Luís, Marcelo Batatais. Foi um grande jogo nosso e muito especial, porque eu estava começando”, relembra, sorridente, o arqueiro.


RESPEITO - Confirmado por Flávio Araújo entre os titulares, Gabriel Dias não sofreu com a mesma cláusula do contrato de Bruninho. Se o colega de posição não pode enfrentar o Verdão, Gabriel está pronto para um jogo especial. “É diferente porque fui revelado pelo Palmeiras, tenho muitos amigos lá”. Criado na base do Verdão, o defensor chegou a atuar como volante na reta final do Brasileirão de 2014, quando o Palmeiras escapou do rebaixamento na última rodada.

LEI DO EX - Mesmo prometendo não comemorar caso faça gol amanhã, o volante destacou a força da chamada ‘lei do ex’, em que jogadores costumam marcar contra suas antigas equipes. “Até engraçado falar isso, porque já aconteceu com muitos clubes. Hoje defendo o Mogi e vou procurar jogar bem e fazer o gol”, afirmou o volante, que ainda não balançou as redes com a camisa do Sapo.

LUTO - A diretoria do Mogi Mirim enviou à Federação Paulista um ofício solicitando que seja respeitado um minuto de silêncio antes do início da partida. O motivo é o falecimento do filho do atacante Léo Artur, de dois anos. O bebê morreu após um acidente doméstico ocorrido no início da noite de anteontem, em uma piscina de uma casa no Jardim Primavera I.

APOIO - A diretoria manifestou luto oficial e assumiu todas as despesas relacionadas ao fato. O enterro aconteceu ontem, em Osasco e o jogador foi liberado para ficar com a família. Apenas por decisão própria é que Léo Artur ficará à disposição para o duelo contra o Palmeiras. Jogadores entrarão em campo com camisas e tarjas pretas em solidariedade ao companheiro e uma faixa também será confeccionada para a entrada no gramado.

Curtas do Sapo - Tabus, boas lembranças e luto antes de decisão

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Contra o Palmeiras o Mogi Mirim completa 318 jogos como mandante na história da Série A1. Nem todos os jogos ocorreram no Vail Chaves, é verdade. Em 2014, por exemplo, empatou em 4 a 4 com o Paulista no estádio Chico Vieira, em Itapira. Porém a maioria absoluta de jogos aconteceu na tradicional casa vermelha, palco de 126 vitórias alvirrubras desde 1986, ano em que o Sapo estreou na elite paulista.

A campanha de 2016 é a quarta pior do clube na história da Série A1. Apenas 2004, 2001 e 2011 foram temporadas com aproveitamento inferior ao apresentado nesta edição. O pior registro ocorreu em 2004, quando o Sapo somou apenas dois pontos em cinco jogos como mandante.

Naquele ano o Paulistão foi disputado em dois grupos com 10 clubes cada e apenas uma equipe era rebaixada. Como o Oeste perdeu 12 pontos na Justiça Desportiva e o União São João somou apenas um ponto, o Mogi escapou do descenso mesmo com o aproveitamento irrisório.

Em 2001 e 2011 o Mogi jogou exatamente nove vezes como mandante e alcançou desempenhos idênticos nas duas temporadas. Foram apenas uma vitória, quatro empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 25,92% nas duas ocasiões e a fuga do descenso por motivos distintos. Em 2001 não houve rebaixamento, já que no ano seguinte foi criada uma versão ampliada do Torneio Rio São Paulo, fato que sacou os times grandes da Série A1.

Já em 2011 o Sapo foi um anfitrião manso, mas um visitante indigesto. Somou 18 pontos longe de Mogi Mirim e passou longe do rebaixamento. O mais interessante neste levantamento é que nas duas temporadas em que foi obrigado a descer de degrau o Sapo teve desempenho caseiro superior ao de 2016.

Em 1994, quando caiu para o Grupo B do estadual do ano seguinte, o clube obteve 51,11% dos pontos disputados em casa. Foram seis vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Já em 2006, único ano em que caiu, de fato, para a Série A2, o Sapo somou 29,62% de aproveitamento, índice que só será ultrapassado caso a equipe vença o Palmeiras amanhã.

Coletiva de Cuca mostra bem como chega o Palmeiras para enfrentar o Mogi

Curtas do Sapo: Acesso, ingressos vendidos e policiamento reforçado


Outra temporada sofrível e que teve o Mogi com aproveitamento caseiro superior a 2016 foi 2009. No primeiro ano da ‘Era Rivaldo’ o Sapo lutou contra o rebaixamento até a última rodada, quando escapou com uma vitória em Bauru, sobre o Noroeste. Apesar do drama a equipe teve 40,74% de aproveitamento em casa após três vitórias, dois empates e quatro derrotas. 

Mogi Mirim tem 4º pior aproveitamento caseiro em 29 edições da Série A1

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