Com a Toca do Coelho como principal força, a Esportiva fez uma partida equilibrada contra o São Caetano. Mesmo com o clube do ABC carregando uma folha salarial de R$ 2 milhões (muito mais que o triplo da folha itapirense), não houve um dono no jogo. nas duas etapas, as duas equipes criaram um número razóavel de chances. O São Caetano parou na atuação segura do goleiro Adinam. A Itapirense esbarrava na falta de pontaria.
Finazzi, ao seu estilo, ficou fixo no ataque e participou do jogo apenas quando foi acionado. Normal. Roberto Jacaré, que não é um velocista típico (e no Mogi Mirim, em 2011, foi camisa referência), só melhorou com a entrada de Ibson no lugar de Finazzi. O meia Valdeir, de bom passe e visão de jogo, controlou a partida enquanto teve fôlego. Aos 36 anos, vai precisar de ritmo e um tratamento especial, mas pode ser um destaque na A2.
Ainda no meio, Humberto e Pablo foram burocráticos, mas não comprometeram. Na direita, Anderson também foi regular. Já o ala esquerdo Jeferson, foi o melhor do jogo. Muita velocidade, ousadia, cruzamentos corretos. Perfeito. Está mais maduro que na passagem de 2011 pela Esportiva. Na defesa, Rufino, Renan e Vinicíus não são Thiago Silva, Miranda e David Luiz, é lógico. Mas, senti confiança e espero evolução para manter a meta de Adinam segura.
OS GOLS
Jacaré tirou o primeiro "uhhh" da galera quando recebeu cruzamento de Jeferson e isolou. Porém, aos 35 minutos, recebeu nova assistência de Jeferson e na saída de Luiz fez o primeiro gol da Vermelhinha na história da Série A2. A vantagem deixou a esportiva como Paulinho Ceará gosta. Pronto para o contra-golpe. Em duas chances, com Jacaré e Léo Carioca, o segundo gol não veio. Porém, já aos 50 minutos, Jacaré puxou contra-ataque pela direita, colocou a bola na área e ela sobrou para Ibson. O atacante driblou Luiz e garantiu a vitória. Ainda houve tempo para Danilo Bueno, de pênalti, descontar, mas a estreia itapirense na A2 já tinha a vitória garantida.
O PÚBLICO
Sensacional. A média de torcedores no Chico Vieira nunca superou 700 lugares ocupados. Na estreia, o Chico Vieira estava bonito, com um público de 1.369 itapirenses prestigiando o time em uma série de respeito no futebol estadual. Estar na A2, para clubes como Guarani e São Caetano, pode ser vexaminoso. Mas, para um time da estrutura da Itapirense, jogar a A2 é uma motivação para crescer ainda mais. Com público, de preferência fiel, este crescimento pode sair do papel. Parabéns à torcida!
Crédito das imagens: Marcelo Santoro / Assessoria do São Caetano
