FOTOS: ALE VIANNA
Apesar de utilizar o blog como ferramenta de interação com outros usuários da internet, não gosto de utilizar a primeira pessoa em meus textos. Porém, há casos em que a pessoalidade é atiçada e um deles é o estádio Conde Rodolfo Crespi. Para os amadores e amantes da bola, a Rua Javari. Na quarta-feira (25), a Esportiva Itapirense vai até São Paulo enfrentar o Juventus, às 15h00, pela sétima rodada da Série A3.
Estive duas vezes no aconchegante estádio do bairro que tem um predomínio de descendentes de italianos. Nas duas vezes, cobri jogos da Esportiva pela Série A3. Longe dos pombos que habitam as cabines de imprensa, o repórter de campo aqui estava em seus primeiros passos na Rádio Clube de Itapira e fiquei ali, na beira do gramado de uma das casas sacrossantas do futebol. Tanto em 2011 como em 2012, Juventus e Esportiva fizeram bons jogos. Em 2011, pela oitava rodada da primeira fase, empate em 0 a 0.
A partida muito equilibrada quase pendeu para o lado da Vermelhinha, mas faltou pontaria a figuras como Paulo Krauss e Francisco Alex, ambos ex-São Paulo. A Itapirense ainda contava com o goleiro Fernando Hilário, o zagueiro Edimar (hoje no Sampaio Corrêa) e Gabriel, ainda um lateral direito antes de ser avançado e se transformar no 'Barcos Caipira' que hoje defende o Maringá.
Tivemos muitos problemas. A Telefônica (hoje Vivo), como é costume, não disponibilizou a linha solicitada anteriormente. Eu, o narrador Humberto Panizola e o comentarista Vanderlei Biro Biro (corintiano de quatro costados) sofremos e apenas próximo do segundo tempo (após muita discussão com os técnicos da empresa) conseguimos colocar a Rádio no ar. Mas houve tempo para conhecer um pouco do estádio. A estátua de Pelé é um símbolo. Foi na Javari que o Rei marcou o gol mais bonito de seus 1.281 tentos. Uma história e tanto.
No ano seguinte, em uma quarta-feira à tarde, mais uma vez eu e Humberto Panizola seguimos para a Javari. Desta vez, com a companhia de JP e a pilotagem do comentarista Almir Francisco. Na chegada, degustamos um pouco da Esfiha Juventus. Já durante a partida, quem saboreou a vitória foi a Esportiva. Em jogo equilibrado, cheio de reclamações por parte da apaixonada torcida juventina, a Vermelhinha venceu com gol de Anderson Fubá.
O meia canhoto (que poderia ter brilhado mais não fosse uma séria lesão que o tirou do campeonato) comandou a vitória de uma Esportiva que perdia em casa e vencia fora. Carlos Rossi era o treinador daquela formação que tinha peças como o experiente goleiro Adinam e o volante Ronaldo, campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André. Na volta para Itapira, pneu do carro furado, uma parada em uma borracharia pra lá de suspeita e mais histórias na bagagem.
O outro confronto entre Esportiva e Juventus que vi in loco foi pelo segundo turno da A3 de 2011. Em meio a um temporal no Chico Vieira, o Moleque Travesso fez 4 a 0 e sepultou o sonho itapirense de avançar à segunda fase. Mas é óbvio que nem apenas de jogos que eu vi é feito o histórico de confrontos entre Juventus e Esportiva.
Pela Série A3 são quatro confrontos, com duas vitórias grenás, uma vermelhinha e um empate. Além dos três jogos que já citei, em 2010 o Juventus venceu na Mooca por 1 a 0. A vantagem juventina é ainda maior se somarmos as partidas válidas pela Copa Paulista. Em 2009, pela segunda fase, duas vitórias do clube da capital. Na Javari, 2 a 1, com direito a gol do grená Alex Alves nos minutos finais. Já em Itapira, o Juventus venceu por 2 a 0. O volante Magno e o meia Murilo, que estão no atual elenco da Esportiva, também estavam no clube naquele ano.
Resumindo. Em seis jogos, o Juventus venceu quatro, houve um empate e a Esportiva venceu apenas uma vez. O triunfo de 2012, porém, foi o último confronto entre as equipes. Além da Esportiva não participar da Copa Paulista desde 2011, em 2013 o Juventus estava na A2 enquanto a Vermelhinha disputou a A3 e no ano seguinte as séries de cada clube se inverteu. Três anos depois, mais uma vez em quarta-feira a tarde, tem mais Juventus x Esportiva.
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