terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

NÃO FOI CULPA DO APITO! Mogi tropeça nos próprios erros e perde dois pontos

O mais normal, cômodo e óbvio quando se deixa de ganhar com um gol erradamente validado, como foi o segundo gol do Capivariano, na noite desta terça feira, é jogar a culpa toda nos homens do apito e das bandeiras. Mas, não é bem isso. O sapo enfrentou uma das equipes mais fracas do campeonato, que certamente brigará para não cair e dificilmente tomará pontos de equipes competitivas. Não foi capaz de ganhar, entre outros fatores, pela expulsão tola do zagueiro Wagner, pela insistência na jogada da linha do impedimento, que não à toa é chamada de "linha burra"e por não fazer o simples em um campo por momentos impraticável.

Senão vejamos. Até por volta dos 25 minutos do primeiro tempo o Mogi era senhor absoluto do jogo e tinha 1 a 0 no placar contra um adversário que só dispunha de uma arma, a bola parada. O que não podia ser feito? Faltas bobas e ingênuas perto da área. E foram várias. Tanto que duas delas foram suficientes para uma expulsão que jogou no lixo tudo que estava sendo feito de forma correta até então. Resultado, um banho de moral e incentivo para o adversário limitado.

Quanto a linha do impedimento, me parece bem claro o seguinte. Quem atua no futebol brasileiro sabe, ou pelo menos deveria saber, que, no mínimo, 90% dos auxiliares são ruins. Eles erram demais e estão longe de ser confiáveis. Então porque apostar neles? Porque imaginar que eles vão acertar e marcar o impedimento que mata a jogada adversária. Treinador que é treinador aposta no seu time e treina os seus zagueiros para se posicionar bem, usar o corpo, ter impulsão e afastar as bolas. E esta não é uma cornetada especificamente em Claudinho Batista, que faz até um bom trabalho neste início. Ela se dirige sim a todos aqueles que orientam seus zagueiros a marcar a bola e não o jogador, ou então, fazer a famosa "linha burra". É melhor assumir a responsabilidade ou ficar na mão de semiprofissionais incompetentes?

Estivesse o Mogi em outra situação, com o time caindo aos pedaços e em má fase, um empate fora de casa seria excelente. Porém, não se pode apenas o local do jogo para determinar se um resultado é positivo ou não. Assim fosse o empate desta terça seria maravilhoso e a igualdade alcançada semana passada diante do Santos péssima. Quando sabemos que é exatamente o contrário. É preciso avaliar as circunstâncias do time e do jogo. Não trato esse time como um qualquer que se permanecer na elite deve se dar por satisfeito. Trato como um time que pode e deve se classificar e porque não sonhar com outra semifinal.

Sempre é possível tirar também algo de positivo. E neste caso, entendo que foi a formação de meio campo do Sapo que conseguiu se desenvolver bem em meio ao lamaçal. Magal, Hygor, Val e Ratinho jogaram juntos na meiuca pela primeira vez. Tendo a acreditar que este será o quadrado titular, com Everton Heleno como primeira opção de troca. Vitinho perde e bastante seu espaço. Para aplaudir foi a partida de Magrão. Ele parece ter se sentido "cutucado" pelo gol de Rivaldo Júnior na partida anterior e entrou em campo para reafirmar sua condição de titular. Que assim seja. Com dois definidores que respondam quando chamados.

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © LUCAS VALÉRIO | Designed With By Blogger Templates
Scroll To Top