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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Olho tático: Como Corinthians e Mogi Mirim se armaram para o duelo em Itaquera



São Paulo, Corinthians, Mogi Mirim e Santos. As melhores campanhas do Campeonato Paulista estão descritas nesta ordem. São estes também os únicos clubes que não perderam na edição 2015. Uma força do interior em meio aos poderosos da cidade grande. Um Mogi Mirim que, nos números, não deve em nada para ninguém. Tampouco ao Corinthians, que tem melhor aproveitamento, mas menos pontos.

Ao ignorar o peso das camisas, a balança deve estar em linha reta. E é interesse colocar na teoria o que cada time pode executar na prática neste domingo, a partir das 16h00, na Arena Corinthians. Na tarde de ontem o Corinthians treinou no CT Joaquim Grava, na capital. Quem acompanhou o treino, observou uma escalação que mesclou os habituais titulares com atuais reservas.

Cássio, Edilson, Yago, Edu Dracena e Mendoza; Cristian e Petros; Jadson e Malcom, Vagner Love e Guerrero. Um time ofensivo, com apenas um volante marcador na essência: Cristian. E ele não está na melhor forma física e técnica. Talvez por isso Tite tenha fixado Petros na cabeça da área, o que é incomum, já que o ex-meia do Penapolense sai muito para o jogo. Jadson terá a missão de passar e controlar a bola. No ataque, Vagner Love e Malcom são, na teoria, as peças pelas beiradas, mas não se assuste se Guerrero voltar mais para armar do que Love, ainda sem o ritmo ideal de jogo.



O mais curioso está, obviamente, na lateral-esquerda. Como Fábio Santos está machucado e Uendel é o único inscrito para o setor, Tite decidiu poupar o ex-lateral da Ponte Preta. Guilherme Arana, garoto da base, não pode ser usado. E Tite resolveu testar Stiven Mendoza na posição. O colombiano é uma das gratas surpresas deste início de temporada.



Muita velocidade e capacidade técnica chamam a atenção e começam a conquistar a torcida corintiana. Mas como Mendoza se portará como lateral? E o cacoete para marcar? No treino desta sexta, Malcom teve a responsabilidade de ajudá-lo a fechar o setor que me faz pensar em como o Mogi pode explorar o desentrosamento do Corinthians que está sendo preparado para jogar no domingo.



Mendoza e Malcom terão que marcar justamente o lado mais forte do Mogi Mirim. Valdir e Edson Ratinho têm se destacado ofensivamente nestas primeiras rodadas e se não forem bem marcados, serão um tormento para os corintianos. Claro que ambos também terão que se preocupar as investidas dos velozes rivais. Ou seja, é um duelo tático interessante, digno de atenção especial.

Em relação à escalação, Claudinho Batista não quis fazer mistério. À imprensa, confirmou a volta de Daniel (recuperado de lesão) na vaga que foi de Mauro em Rio Claro. Leonardo também retorna (após suspensão) no lugar de Luan e o suspenso Hygor será substituído por Vitinho, que também estava proibido de atuar contra o Rio Claro.



Daniel; Valdir, Fábio Sanches, Wagner e Leonardo; Magal, Val, Edson Ratinho e Vitinho; Thomas Anderson e Magrão. Sem Hygor e com Vitinho, a formação é, teoricamente, mais ofensiva que nos jogos anteriores. Um confronto de um Mogi no 4-2-1-2-1 contra um Timão no 4-2-2-2. No ensaio desta sexta, Tite abriu Jadson na direita e Malcon na esquerda e ambos tinham a tarefa de abastecer Guerrero e Love.

Tudo é teoria, claro, mas Claudinho Batista confidenciou que quer reter a posse de bola com Vitinho. O meia é o único do time com esta característica. Com a bola, Claudinho quer reduzir as chances de oferecer a um time técnico aquilo que ele mais quer: a bola, claro. Para colocar isto é prática será necessária uma personalidade que, executada, irá expor a força do Mogi Mirim.



De volta às laterais, não há como negar que o Mogi tem que explorar esta qualidade. Relembrem os gols do Sapo no Paulista e chegarão ao resultado de seis gols originados em jogadas pelas beiradas. Seis dos nove gols! Ainda é possível forçar a barra e lembrar que o primeiro gol diante do Bragantino até começou pelo meio, com Magrão, mas a bola só para a área quando Geovane, na beirada, cruzou para Everton Heleno perder o gol e depois sofrer pênalti.

A força do Mogi está neste setor que, por exemplo, não foi explorado de maneira alguma pelo São Paulo diante do Corinthians. Na quarta, contra o Danubio, três, dos quatro gols do São Paulo, nasceram por ali. Atacar pelos flancos significa abrir a defesa rival e esta é uma arma que, mais do que nunca, o Mogi deverá usar. E o Corinthians ficar atento.

GOLS DO MOGI MIRIM NO PAULISTÃO 2015

1ª rodada - XV 0 x 1 Mogi - Cruzamento de Ratinho, gol de Geovane

2ª rodada - Mogi 0 x 0 Santos - Único jogo em branco foi contra um grande

3ª rodada - Mogi 2 x 1 Bragantino - Cruzamento de Geovane, pênalti em EH. Rivaldo Júnior fez em bola parada.

4ª rodada - Capivariano 2 x 2 Mogi - Cruzamento de Leonardo, gol de Magrão. Cruzamento de Ratinho, gol de Magrão.

5ª rodada - Mogi 2 x 1 Penapolense - Bola parada de Vitinho, gol de Thomas. Cruzamento de Valdir, gol de Thomas.

6ª rodada - Rio Claro 0 x 2 Mogi Mirim - Cruzamento de Valdir, gol de Magrão. cruzamento de Ratinho, gol de Magrão.



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