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quinta-feira, 5 de março de 2015

Técnico Dado Cavalcanti é o convidado do 'Entrevista Exclusiva'



FOTOS: FERNANDO TORRE / SITE OFICIAL DO PAYSANDU

O Paysandu apresentou no dia 25 de fevereiro seu novo treinador. Saiu Sidney Moraes e entrou Dado Cavalcanti. O antecessor fez apenas seis jogos (duas vitórias, dois empates e duas derrotas). Período curto, assim como o de Dado em seu último clube, o Ceará. No Vozão o ainda jovem técnico fez 12 partidas, perdeu apenas uma e foi trocado.

Esta 'velocidade' adotada pelos clubes para trocar o comando técnico é um dos temas que abordei em um bate-papo com Cavalcanti, que estreia neste sábado (7), às 18h30, no comando bicolor. A partida será contra o Nacional-AM pelas quartas de final da Copa Verde e acontece no estádio da Curuzu.

Apesar da evidente distância que separa Itapira de Belém, Dado recebeu as perguntas e gravou as respostas através do WhatsApp e com as perguntas do Blog 'sonorizadas' pelo assessor de imprensa do clube paraense,Jorge Lopes. Pois é, quem disse que o aplicativo serve apenas para jogar conversa fora ou enviar vídeos viralizados?

Nesta edição do 'Entrevista Exclusiva', o convidado Dado Cavalcanti fala sobre seus primeiros passos a frente do Papão da Curuzu, o favoritismo do clube no estadual, a chegada de Souza, aquele mesmo, ex-Corinthians e Flamengo à Curuzu e claro, tática!

O técnico, inclusive, confessou que hoje seu espelho no país é o corintiano Tite e garantiu que um dia chegará a um dos considerados clubes grandes do país: "Não tenho dúvida de que isso vai acontecer". Leia abaixo ou ouça a entrevista que também está disponibilizada em áudio!

1 - Como foram estes primeiros dias de trabalho no Paysandu? Já deu para sentir evolução?


Os primeiros dias foram bons, positivos né. Principalmente para que os atletas tenham uma melhor assimilação do que está sendo passado para eles. O nosso propósito é exatamente este. É óbvio que nós só vamos visualizar na prática mesmo durante os jogos e como nós não tivemos jogo ainda para ver o que que entrou na cabeça dos atletas, o que que falta entrar, nós não temos um poder de avaliação mais direto. Mas, eu posso afirmar que o trabalho está sendo bem feito, acho que os atletas estão dando o seu melhor e espero que a resposta venha no jogo.

2 - Assumir um clube que está, teoricamente, muito acima dos rivais cria um favoritismo no estadual e uma dificuldade para conduzir o trabalho?
Bom, o favoritismo ele é nato, pela história, pela grandeza e pela camisa. Só que este favoritismo no campo, é bem diferente do que na teoria. Então, o importante é conquistar a confiança, para que os atletas em campo, eles traduzam este favoritismo da camisa e que a gente possua esta força que a camisa nos dá, dentro do campo. O pensamento é fazer com que os atletas entendam o trabalho e que a gente possa entrar, sendo em casa, ou sendo fora, com a mesma pegada, o mesmo conceito de jogo, buscando sempre a vitória, porque é assim que o Paysandu tem que encarar as partidas e os seus adversários.

3 - Você foi demitido do Ceará mesmo com apenas uma derrota. Os clubes estão cada vez mais precipitados na demissão dos técnicos?

Eu não posso generalizar. Eu sei que, infelizmente, os resultados do Ceará vinham caminhando muito bem, nós liderávamos o campeonato estadual, iniciamos uma Copa do Nordeste. Só que infelizmente houve uma troca, não tenho direito nenhum de falar, ou ressaltar, ou de me defender em relação aos motivos, mas o mais importante é que eu saí bem, saí pela porta da frente, saí de cabeça erguida e mais motivado ainda para desempenhar um melhor trabalho. É lógico que a genget sempre sofre com o imediatismo no futebol, em todas as equipes, no Brasil inteiro existe sempre esta questão das trocas de treinadores, mas infelizmente cabe a mim assimilar esta situação e buscar novas vitórias, novos objetivos, como estou fazendo hoje no Paysandu.

OUÇA ABAIXO A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA COM DADO CAVALCANTI



4 - Você já chegou ao Paysandu pensando na Série B?


Não, não tenho este direito. Não, porque nós estamos disputando uma competição muito difícil e que nós precisamos remar para conquistar o objetivo do título e temos apenas um turno para garantir a vaga na final. Então este é o maior propósito para o primeiro semestre. Talvez na busca, nas contratações, na procura de outros jogadores, a gente sempre pensa no ano inteiro e pensa também na Série B. Mas, o objetivo maior hoje, é o campeonato estadual e a Copa verde.

5 - Como você vê o cenário tático do futebol brasileiro? Que colega mais agrada e que hábito ruim do brasileiro mais te incomoda?

Talvez exista hoje no futebol uma discussão muito grande em relação à parte tática, mas muito mais para uma evolução do entendimento do que é tática, do entendimento do que é estratégia. Antigamente apenas treinadores discutiam isso, hoje, existe uma imprensa mais preparada para visualizar na prática, existem treinadores mais bem conceituados e também preocupados com isso, existem jovens, sejam estudantes ou atletas que buscam também a informação do que é a questão tática, do que é posicionamento, do que é estratégia e conceito de jogo.

Então isso tudo está muito mais claro e talvez por conta disso existe uma evolução, principalmente nas críticas. Quando existem críticas e críticas fundamentadas no que está sendo colocado em prática, isto é muito proveitoso e positivo e a gente pode visualizar em internet e em algumas colunas, em alguns blogs de jornalistas que tem conceito nas suas críticas, diferente do que acontecia no passado.

As coisas antigamente aconteciam de forma muito mais do ponto de vista de algumas pessoas, que muitas vezes usavam o seu achismo para estabelecer uma diferença entre uma equipe e outra e nem sempre era o que acontecia no campo. Então, eu vejo que existe uma evolução, existem treinadores que trabalham muito a questão tática. Talvez hoje, no Brasil, aquele que esteja desempenhando melhor a função na prática do que se estabelece na teoria é o Tite, o Tite talvez seja hoje o treinador que coloca na prática aquilo que ele fala na teoria. E por isso hoje é um dos treinadores que mais admiro.

6 - Você saiu do Mogi Mirim como candidato a se firmar entre os chamados 'grandes' do país. Hoje você carrega um currículo em clubes de massa, mas ainda projeta a chegada a um grande centro?

A projeção ela existe, mas ela jamais pode entrar nas minhas costas como uma cobrança. Eu já me exijo muito, eu já me cobro muito e eu tenho pra mim que falta talvez um grande resultado expressivo para chegar nos grandes clubes e mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer. Não tenho dúvida de que isso vai acontecer, isso não é arrogância, não é prepotência, muito pelo contrário, quem me conhece sabe que é apenas confiança no que eu sei que posso fazer e no que eu procuro para minhas equipes, e principalmente em pra mim em relação ao lado profissional, procuro ser sempre melhor do que eu mesmo amanhã. Através disso, que sabe aí, seja mais próximo, ou seja depois, eu não sei, o tempo só Deus que vai trazer, mas a busca é pela evolução sempre.

7 - Qual a importância de receber um reforço experiente como o Souza?
Foi importante. Um jogador que sempre disputou competições qualificadas, sempre disputou Brasileiro de Série A, é uma referência, é um jogador que cumpre uma função que está um pouco escassa no futebol brasileiro, um atacante de área, que briga muito com os zagueiros e que sabe colocar a bola para dentro. E não deixa de ser um atrativo a mais para o adversário, o adversário que vê o Souza do outro lado ele vai se preocupar um pouco mais com o atleta e isso pode ser proveitoso para outros, para os seus companheiros de equipe, que também podem se usufruir em relação a presença do Souza em campo.

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