Ferroviária, Novorizontino, Água Santa e Oeste sobem para a Série A1. Comercial, Matonense, Catanduvense e Guaratinguetá caem para a Série A3. Em uma equação simplista, assim foi a Série A2 de 2015, que ainda terminou com a Ferrinha como campeã. Mas, em 19 rodadas, a competição registrou uma bela história. Por exemplo. A tabela reservou uma final para a última rodada. No estádio dos Amaros, o Oeste recebeu o Independente e a competição de pontos corridos terminou com uma decisão digna de mata-mata. O jogo maiúsculo teve de tudo. O Rubrão saiu na frente aos 35 do primeiro tempo, com Wangler após linda jogada de Waguininho. No minuto seguinte, Waguininho não marcou Júlio César na área e o atacante empatou. Enquanto o primeiro tempo foi de emoção apenas com a bola, o segundo virou novela.
O jogo ficou paralisado por quase 8 minutos para o atendimento ao goleiro Paes, do Oeste, que reclamava de cãibras. Como Roberto Cavalo já havia efetuado as três mudanças, o arqueiro permaneceu e fez ao menos duas grandes defesas. Enquanto o Galo martelava, Marinho assinalou 10 minutos de acréscimo e incendiou de vez a partida. Porém, para esfriar, já na reta final, Dodô cometeu pênalti, foi expulso e Júnior Negão desempatou aos 49. O acesso estava nas mãos do Oeste, mas três minutos depois, a defesa do Rubrão cochilou e Jonathan, livre, marcou seu 10º gol na A2 e empatou. Restavam cinco minutos e um gol para o Independente. Mas eis que surge um novo capítulo. A ambulância é retirada do estádio para atendimento a um dirigente do Oeste e a arbitragem paralisa a partida até o retorno do veículo. Na volta, o Galo apertou, o Oeste perdeu chances de liquidar de vez o jogo, mas não teve jeito. O 2 a 2 garantiu a volta do Oeste à A1 um ano após o rebaixamento.
Mirassol, São Caetano e Independente fecharam a competição com os mesmos 35 pontos do Água Santa, que subiu. O time de Diadema até perdeu para o Velo Clube (1 a 0), mas como o Mirassol fez apenas 3 a 2 no União Barbarense (com doblete do artilheiro Marcelo Toscano), a diferença no saldo ficou em sete gols (14 a 7). E o acesso do Netuno confirma uma tendência em São Paulo. Pelo sétimo ano consecutivo, a Série A2 registrou o acesso inédito para a elite. Profissionalizado em 2011 após 30 anos disputando competições amadoras em Diadema, o Água Santa faturou o terceiro acesso consecutivo.
O clube será estreante na A1 de 2016 assim como o Novorizontino. Nova versão do antigo Grêmio Esportivo Novorizontino, vice-campeão da A1 em 1990, o Tigre ressurgiu em 2001, se filiou à FPF em 2010 e agora dará a Novo Horizonte a chance de retornar à primeira divisão. A situação é parecida com a do Grêmio Catanduvense de Futebol, fundado em 2003 após Catanduva contar com diversas versões de clubes, inclusive, na A1. O último ano em que os quatro ascendidos já conheciam a elite foi em 2008, quando Santo André, Botafogo, Oeste e Mogi Mirim subiram de série.
ACESSOS INÉDITOS
2015 - Novorizontino e Água Santa
2014 - Red Bull Brasil e Capivariano
2013 - Grêmio Osasco Audax
2012 - Penapolense
2011 - Catanduvense
2010 - São Bernardo
2009 - Monte Azul
COMERCIAL REBAIXADO
Após subir da A3 para a A2 de 2011, graças à desistência do Votoraty, o Bafo está de volta ao terceiro nível do estadual. Mesmo com o gol de Celso e a vitória de 1 a 0 sobre o já rebaixado Catanduvense, os comercialinos ficaram com apenas 20 pontos, um a menos que o Monte Azul, que empatou em 0 a 0 com o Rio Branco e escapou da degola. No confronto direto realizado no estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba, o Atlético venceu a Matonense por 2 a 1, fintou o rebaixamento e decretou a volta da SEMA à A3.
Com 17 pontos, a situação do time de Matão era difícil. Para piorar, outros rivais de Comercial e Matonense venceram. O Batatais fez 1 a 0 no Novorizontino graças a um gol de Alemão. Já o Velo Clube aproveitou que a situação confortável do Água Santa, fez 1 a 0 com o zagueiro Tiago Bernardi e também escapou. Sem objetivos, Santo André e Guaratinguetá fizeram um bom jogo no ABC. Após o Ramalhão abrir 2 a 0 com Tauã e Helton Luiz e o Guará empatar com Gabriel e Giovanny, Guilherme Garré, aos 36 do segundo tempo, garantiu o triunfo para o Santo André.
Já Paulista x São Caetano reeditaram a final da A1 de 2004 também sem metas na rodada decisiva. Aliás, apenas o atacante Diogo Acosta, do Azulão, entrou em campo com algum incentivo, o de ser o artilheiro da A2 em 2015. Com 12 gols, o atacante fora ultrapassado por Jobinho, do Rio Branco, que iniciou a rodada com 13 gols. Já Marcelo Toscano, do Mirassol, também foi a 13 com o doblete pra cima do Barbarense. E aí, aos 20 do segundo tempo, Diogo Acosta marcou o quarto gol do Azulão e definiu que o prêmio de artilheiro da A2 será dividido entre três goleadores.
E só para fechar o balanço, no sábado, antes de toda esta agitação, Ferroviária e Guarani não saíram de um sonolento 0 a 0 na Arena da Fonte Luminosa.
SÉRIE A2 - 19ª RODADA
Sábado, 2 de maio de 2015
Ferroviária 0 x 0 Guarani
Domingo, 3 de maio
Comercial 1 x 0 Catanduvense
Oeste 2 x 2 Independente
Mirassol 3 x 2 União Barbarense
Monte Azul 0 x 0 Rio Branco
Paulista 1 x 4 São Caetano
Santo André 3 x 2 Guaratinguetá
Atlético Sorocaba 2 x 1 Matonense
Batatais 1 x 0 Novorizontino
Velo Clube 1 x 0 Água Santa
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