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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ao Rivaldo jogador a reverência que só os gigantes merecem

Por João Gonçalves

Crédito da imagem: Geraldo Bertanha/Assessoria do MMEC

Convido você leitor  a fazer um exercício e tentar buscar as unanimidades. Em qualquer segmento elas são raríssimas. Na televisão possivelmente Silvio Santos. Na dramaturgia Fernanda Montenegro. Na arquitetura Oscar Niemeyer. E quantos mais? Na literatura Paulo Coelho não é unanimidade. Na música, Chico Buarque e Roberto Carlos não são unanimidades. No jornalismo esportivo quem sabe o mestre Armando Nogueira. No futebol Pelé e Zico, porque nem Ronaldo "fenômeno" foi unanimidade. Ouso dizer que Rivaldo está neste panteão.

Duvido que em algum dos quatro cantos do Globo  alguém tenha a coragem de dizer que Rivaldo é "puro marketing". Pelo contrário, o que ouço sempre é que ele foi maior do que a história pode ter registrado. Maior do mundo no tempo em que esse troféu não era obsessão. Num contexto em que grandes equipes não orbitavam em torno de seus grandes craques como fazem hoje o Real Madrid com Cristiano Ronaldo e o Barça com Messi, para que os dois brilhem num duelo individual e sem concorrência.


Rivaldo elevou equipes pequenas de patamar. E não foi só o Mogi Mirim não. Alguém se lembra do Deportivo La Corunã, que era um timeco antes da chegada de Rivaldo e voltou a ser um timeco depois de sua saída. Lá Rivaldo deu o único título nacional  a uma cidade apaixonada do interior que por instantes se tornou o centro do futebol na Europa. Verdade também que com ele estavam Djalminha e Luisão que a partir dali desceram a ladeira ao contrário do menino de pernas tortas de Paulista, que lembravam as de Garrincha. Quem diria, a comparação que no início de carreira tinha tudo para ser uma heresia, hoje, quando os dois já desceram dos palcos, se faz pertinente.



Qualquer publicação que fale da história do futebol terá que passar por Rivaldo, ou sua validade será questionada. O gol do meio campo contra o Noroeste que eu tive o prazer de presenciar, quem mais fez? Gol de bicicleta de fora da área, quem mais fez? Ele fez. Reverenciado pela torcida de dois grandes rivais quando isso não era nada comum. Ele foi. Rivaldo não vai. Rivaldo fica como ficam os imortais nos corações e nas mentes de quem ama essa maravilha chamada futebol. Obrigado, Rivaldo.

Um comentário:

  1. Texto maravilhoso e verdadeiro!!!!! Rivaldo eterno craque da bola e da vida!!!!!!! Admiro demais!!!!!!! Só tenho que agradecer por tudo que fez e ainda continua fazendo pelo nosso Mogi!!!!! Me sinto privilegiada pela oportunidade de ter contato com ele e sua família maravilhosa e do bem!!!!!!!

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