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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Esqueçam a arbitragem e encontrem o mérito

O Corinthians fechou o primeiro turno na liderança. Mérito dos árbitros. O Corinthians ganhou do Avaí, do Sport e empatou com o São Paulo. Mérito dos árbitros. O Corinthians tem mais vitórias, a melhor defesa, quatro pontos de vantagem sobre o ótimo Atlético-MG. Culpa dos árbitros. É muita choradeira. É muito desvio de foco da própria incompetência.

O árbitro que conduz o Corinthians à liderança após 19 rodadas é gaúcho. Não é Vuaden. É Tite. É pela consistência tática aplicada pelo treinador que o primeiro turno foi alvinegro. Paulista. A arbitragem favoreceu o Timão nas recentes rodadas, como já o prejudicou. Como favoreceu e prejudicou os 20 clubes da Série-A. Os 20 da B. Os 60 de C e D. A arbitragem é ruim, as orientações são ruins. Até as regras não são tão claras. O mérito do Corinthians relacionado à arbitragem é ser, entre os 20, o eu melhor fugiu dos seus erros.

Mérito da consistência defensiva. De jogadores voluntariosos, como Bruno Henrique, Fágner e Luciano. Sim, o autor de cinco gols em três jogos é, no máximo, voluntarioso. Dança conforme a música e vive fase iluminada. Não é Casagrande, Edilson ou Luizão. Muito menos a soma de todos eles. É o reflexo de que, quando o coletivo é ajustado, até o individual de atletas de poucos recursos se sobressai.

Luciano passará seis jogos sem marcar e o chamarão de ‘eterna promessa’. Mas, quem prometeu? Os mesmos que o criticarão. Ao olhar para Luciano e seus colegas de liderança, enxergo brio além da técnica. Não é anão menos clichê ‘raça corintiana’. É a raça deste grupo. Um grupo que reconhece suas limitações e que, sem o gás extra e aplicação tática, sabe que não chegará onde quer. Onde estão, hoje, por mérito. Não pela arbitragem.

É FUTEBOL

“Nossa, mas o que aconteceu com o São Paulo”, me indagaram no domingo. “Que vitória do Palmeiras, hein”, exclamaram na segunda. Aspas abertas e respondidas com simplicidade. Trata-se de futebol. No sábado, Osorio fez o mesmo de lhe rendeu elogios na quarta, mudou o time, perdeu por 3 a 0 em casa e virou alvo de críticas. Perdeu para um Goiás bem armado, que já tirou três pontos do Palmeiras, em São Paulo e que foi superior entre os dois apitos principais. O São Paulo perdeu, se perdeu e não ganhará o campeonato porque não tem a solidez defensiva que, por exemplo, o rival Corinthians esbanja. Neste caso, é demérito administrativo, que, mesmo ciente da deficiência, apostou em manter zagueiros abaixo da média. Da média angolana!

O Palmeiras fez 4 a 2. Não goleou, por favor. Veja o saldo e o duelo terminou 2 a 0 e, você sabe, 2 a 0 não é goleada. Didática posta, veja agora o jogo. O Palmeiras fez um primeiro tempo insosso, em que achou um gol na bola parada, viu a arbitragem não dar pelo menos um pênalti para o Flamengo (apito amigo também?) e voltou para o segundo tempo com ainda mais sono. Ederson virou e fez o palmeirense temer por um vareio até que, Cleiton Xavier, em sua primeira participação, cabeceou (não é seu forte) e a bola, charmosa, escorregou no peito de Samir e traiu César.

O tal misto de sorte e competência entrava em jogo e salvava o Palmeiras, que cresceu. Dudu saiu da letargia, se movimentou e tabelou com Alecssandro e fez o terceiro. Alecssandro ainda fez o quarto, em nova boa trama do time que não costurou nada de bom até achar o segundo gol. Simplesmente, futebol. Tão futebol quanto os gols perdidos pelo Santos em uma de suas melhores atuações como visitante. Ricardo Oliveira, artilheiro máximo, não teve o mínimo capricho no pênalti, na escorada e na fuzilada. Acertou o goleiro e o travessão e o Peixe, que também poderia ter levado gols de Marcos Guilherme e Walter, saiu de Curitiba com a sensação de que dá para melhorar.

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