Ponte Preta x Mogi Mirim: Tem que mudar e ver no que vai dar

Colegas da imprensa e muitos torcedores já falaram muito sobre o iminente rebaixamento do Mogi Mirim para a Série A2. É dolorido, mas é fato. As chances são minguadas e apenas uma reação à lá 2009 fará a equipe fugir de um ritual perigoso. O Sapo está fora da A2 desde 2008 e desde então a competição mudou muito. Há muitas equipes tradicionais e com dinheiro. Há emergentes, como Batatais, Barretos e Votuporanguense. Serão apenas 16 clubes e sabe-se lá quantas vagas a FPF irá garantir no acesso para a A1 de 2018. Além disso, evitar o efeito dominó e quedas sucessivas nãoi é fácil, vide equipes como o Penapolense, semifinalista em 2014 e candidato a cair para a A3 em 2016.

Se é difícil fugir do descenso, pelo menos está mais do que óbvio que a inércia não resolve. O Mogi Mirim precisa de ‘saco roxo’ e os 27 inscritos (Diego Lorenzi já pulou do barco) precisam de hombridade. Não é apenas questão de honrar o manto e a história do Mogi (coisa que muitos deles não conhecem). Este conjunto precisa fugir do ferrete grafado: “rebaixado”. Falta suar mais sangue. Falta dividir aquela bola. Agredir mais a bola. Seja no ataque ou na defesa. Não são todos os jogadores que estão em débito, mas a maioria, sim.

Fato também é que, mesmo que a atitude mude, falta algo mais. A diretoria pecou na montagem do elenco. Demorou para contratar e retardou a pré-temporada. Fisicamente o Mogi está muito, mas muito abaixo. Não há prepador físico que faça o milagre de alcançar rivais que se prepararam há mais tempo. O elenco também tem deficiências e após 10 jogos está mais do que claro que não se pode jogar com três atacantes. O Mogi fica exposto, feito criança sem pai. Não ataca e nem defende. E perde. Perdeu seis das 10 partidas e agora precisa vencer três das cinco (na projeção mais otimista de todas).

Os confrontos serão contra as equipes do Grupo B, o mais equilibrado do estadual. O líder Palmeiras tem 15 pontos (menos que os vice-líderes de suas chaves, São Bento e Red Bull Brasil). Ituano tem 15, São Bernardo e Ponte Preta, 13 e o Novorizontino, 12. Os três últimos são rivais contra o descenso, o que aumenta a obrigação para vencer. O primeiro desafio será contra a Ponte Preta, em Campinas. Na casa alvinegra o Sapo até já goleou quando fugia da degola, em 2014, fez 4 a 0. A Macaca oscila demais, mas, ainda assim, é favorita no Majestoso.

ESQUEMA - Para superar a Nega Véia, uma falsa retranca. Flávio Araújo deu a entender no sábado (19), após a partida, que irá escalar o Sapão com três zagueiros. O técnico disse que gosta de armar equipes diferentes em casa e fora. Defendo a formação com três beques desde o ano passado, na Série B. Neste ano o argumento é pelas características dos jogadores. Os atacantes de lado são ótimos para um 4-3-3? Não! Há dois ótimos meias para um tradicionais 4-4-2? Não! Então, que se desenhe o time a partir das peças. Há três zagueiros de qualidade para escolher entre estes quatro: Gabriel Dias, Renato Santos, Saimon e Bruno Costa. Eu formaria a defesa com Dias, Saimon e Costa. Boa saída com os dois do lado e uma cobertura de qualidade com Saimon.

Já Araújo deixou claro que gostou do Paulão (para mim, lento demais para ser titular). Assim, é provável que escale Saimon e Bruno Costa ao lado do zagueiro-zagueiro. Como o técnico não quis adiantar a equipe, sigo com os palpites e a opinião. Nas alas, ele deve ir de Wendel e Bruno Teles. Eu depositaria mais confiança em Alex Reinaldo (avança muito, mas muito melhor que Wendel e é mais ala que lateral) e em Bruno Teles (um dos poucos aprovados em 2016 justamente pela boa chegada ao ataque). No meio-campo, iria com Bruninho e Wendel. Já Araújo deve ir de Neto e Bruninho. Lulinha e Jean Deretti seriam os armadores desta equipe, com Roni isolado na frente.

Aqui, a tendência é de que Araújo dê preferência a Keké, confirme dica repassada no último sábado. Parece defensivo jogar no 3-5-2, mas, enquanto o time defenderá com sete ao invés de seis, atacará com seis ao invés de quatro. Com a minha formação, a sua ou a de Araújo, fato é que não dá mais para repetir o que não dá certo. A diretoria mandou Toninho Cecílio embora e seu substituto manteve, no sábado, um espelho do ‘Velho Mogi’. Se é para repetir, que pelo menos o técnico fosse o que montou o elenco. Se é para tentar fugir, que pelo menos mude. E depois a gente vê no que vai dar...

11ª RODADA – SÉRIE A1 DO CAMPEONATO PAULISTA

Terça, 15 de março de 2016

XV Piracicaba 0x1 Santos
Local: Barão de Serra Negra - Piracicaba PPV

Quarta, 23 de março de 2016

17h00 - Oeste x Capivariano
Local: Amaros - Itapolis SporTV

19h30 - Ituano x Rio Claro
Local: Dr. Novelli Junior - Itu PPV

19h30 - Audax x Linense
Local: Pref. José Liberatti - Osasco PPV

19h30 - Ponte Preta x Mogi Mirim
Local: Moisés Lucarelli - Campinas PPV

20h00 - São Bento x Ferroviária
Local: Walter Ribeiro - Sorocaba SporTV

21h00 - São Bernardo x Corinthians
Local: Estádio 1º de Maio - São Bernardo Do Campo PPV e Rádio Clube 930 AM

21h45 - São Paulo x Botafogo
Local: Paulo Machado de Carvalho - São Paulo PPV TV GLOBO

Quinta, 24 de março de 2016

20h30 - Palmeiras x Red Bull Brasil
Local: Paulo Machado de Carvalho - São Paulo PPV

21h30 - Grêmio Novorizontino x Água Santa
Local: Dr. Jorge Ismael de Biasi - Novo Horizonte PPV