A casa dos bugrinos, como uma oca lotada, é movida pelas águas que caem do céu para empurrar o time do coração.
O Guarani não passa por bons momentos no futebol desde 1994, com a dupla Luizão e Amoroso infernizando os rivais.
E na noite de ontem a expectativa da torcida do Guarani era pela sua estreia. Frustração! Vetado, o camisa 10 dá lugar à Cleverson.
Mesmo assim a torcida lota o campo de pessoas, de gritos. Vozes que cantam o jogo todo. Em vão...

Borges e Washington tentam, mas param na trave e em Douglas.
Após um inicio assustado o Guarani deixa a posição acuada e sai ao ataque.
Várias flechadas são disparadas no arco de Bosco, mas sempre com boa proteção do arqueiro tricolor.
A reação também pára em Miranda. Um monstro na zaga são paulina. É quase impossível ganhar uma bola do camisa 5 do São Paulo.
Os dois times erram passes em demasia e o gol fica cada vez mais distante.
No segundo tempo o Guarani volta melhor.
André Dias e Bosco salvam os visitantes em bolas certas de gol.
Com mais guerreiros no meio-campo, o Guarani toma as redeas do duelo até que o cacique tricolor muda o jogo como num passe de pajé.
Richarlyson e Dagoberto entram nos lugares de Hugo e Borges.
Muda o esquema. Muda o volume de jogo. Muda o jogo!
Logo após a alteração, o efeito é traduzido no gol contra de Plinio.
Com medo do matador Washington, o beque bugrino empurra para a própria meta.
O Guarani se assusta. O inimigo é cada vez mais íntimo.
Joga com desenvoltura nos pés de Dagoberto. A volúpia do camisa 25 envolve a defesa bugrina, até que aos 43 minutos ele mata!
Washington muda de função e lança. Dagoberto corre, corta e com açucar e mel passa para Hernanes. O camisa 10, sumido, mostra a faceta habilidosa do volante moderno, dribla o goleiro, senta a defesa adversária e empurra para o fundo da tarrafa.
2x0 para o São Paulo não é o placar mais justo.
Mas a justiça não é parceira do futebol.
Ainda mais quando há um inimigo tão próximo.
Dentro do gramado mata, fora seca...
FOTO1: AGENCIALANCE
FOTO2: ADOROCINEMA
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