Por Lucas Valério
No maior derby da história de Manchester, City e United fizeram um jogo tenso, estudado e equilibrado, mas que terminou com a vitória do lado azul da capital da indústria na Inglaterra. Com um gol do zagueiro Kompany, os Citiziens foram a 83 pontos, mesmo número que o United. Porém, com saldo de gols melhor (61x53), o time de Roberto Mancini é o novo líder da Premier League inglesa. Faltando duas rodadas para o término do torneio, a vitória, que valeu a quebra de um jejum de três anos sem vencer (e marcar) contra o rival no Etihad Stadium, o City só depende de si para ser campeão.
Na próxima rodada, o City enfrenta o Newcastle fora de casa, enquanto o United recebe o Swansea em Old Trafford. Já na rodada final, dia 13, os Red Devils visitam o Sunderland ainda sonhando com o 20º título inglês, enquanto os Citiziens recebem o desesperado Queens Park Rangers tentanto quebrar 44 anos sem levantar o título de campeão.
O JOGO - As duas equipes subiram ao gramado do Etihad Stadium com a obrigação de vencer, mas atrás na tabela, Roberto Mancini foi mais ousado que Sir Alex Ferguson e manteve seu tradicional 4-2-3-1, com apenas Yaya Touré e Barry como volantes, David Silva, Narsi e Tevez no meio e Aguero muito bem abastecido no ataque. Já o United iniciou o duelo no 4-5-1, com Giggs e Nani nas vagas de Valencia e Welbeck.
Com o meio campo povoado, a estratégia do United foi certeira na etapa inicial. Mesmo com mais posse de bola, os Citiziens tocavam a bola, mas sem invadir a área do time de Ferguson, que levou perigo apenas em dois lances antes dos oito minutos, quando os jogadores do Red Devil ficaram pedindo penalti, em toques involuntarios na área. Já o City, até os 15 minutos, ameaçou com David Silva e Tevez, mas nada que assustasse o goleiro De Gea. Aos 24 a primeira grande chance dos vistantes, que viu o artilheiro Sergio Aguero isolar a oportunidade pelo lado direito da área. Depois, Nasri e Zaballeta desperdiçaram suas chances, mas foi aos 45 minutos que o ferrolho do United foi furado. David Silva cobrou escanteio da direita e deu sua 14ª assistência na temporada ao colocar na cabeça de Vicent Kompany, que subiu mais que Nani para abrir o placar.
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Na volta do intervalo, poucas mudanças no panorama do jogo. Mesmo precisando do resultado, o United não conseguiu impor seu ritmo. Ferguson resolveu sacar Park e lançar Welbeck, mas em vão, o atacante nada acrescentou. O City, mais comportado, ameaçou em contra ataques. Aos 12 minutos, Nasri pegou de esquerda e bateu para fora. Seis minutos depois, cruzamento de Yaya Touré e boa saída de De Gea do gol. Depois, aos 26, o marfinense teve nova chance, avançou livre pelo meio e da entrada da área mandou para fora.
O jogo foi ficando tenso, pesado. Aos 30, De Jong, que entrara na vaga de Tevez, deu sua tradicional entrada violenta de todos os jogos em Welbeck e recebeu amarelo. No lance, Ferguson pediu a expulsão e trocou gestos à lá Tite de "Fala muito" com Mancini. O United aumentou o ritmo, Valencia entrou na vaga de Giggs e deu mais posse de bola ao time vermelho. Faltando dez minutos, restava ao City aproveitar os espaços proporcionados pelo desesperado United e aos 36 minutos Touré caminhou mais uma vez livre, cortou Evans, mas chutou para fora, com muito perigo.
Em mais um desses lances, jogada pela direita de Zabaletta e após a bola passar por Aguero, Clichy chutou forte, para boa defesa de De Gea. Na sequência o United respondeu, mas a jogada de Rooney foi desperdiçada. O perde e ganha ficou maluco, e em mais um contra golpe, a jogada de Touré respingou na área e Nasri tentou passar por três marcadores, na pequena área, e desperdiçou a chance de matar o jogo.

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