Dois jogos. Seis pontos. Zero erro. A matemática para a Esportiva Itapirense é tão chata quanto para muitos estudantes do ensino médio. A equação para se safar do rebaixamento à Série A3, porém, é simples. Vencer. Não há outro caminho para a Vermelhinha. A derrota em Batatais no sábado, 29, devolveu o Coelho à zona de rebaixamento.
EM BATATAIS
Em seu nono jogo como visitante, a Esportiva conheceu sua sétima derrota. No primeiro tempo, as únicas chances reais da Vermelhinha no Osvaldo Scatena surgiram em um mesmo lance. Yannick e Valdeir perderam o gol. No mais, o Fantasma foi soberano. Luciano Gigante (melhor em campo), Tobias e Henrique deram muito trabalho. Já Cenedesi marcou um golaço. Aos 36 minutos, o volante arriscou de longe, de canhota e foi muito feliz. Bola no ângulo de Adinam e estratégia desmontada.
Paulinho Ceará armou uma equipe extremamente defensiva. Pardal e Yannick deveriam puxar os contra-ataques. Deveriam. A defesa, rebatedora, ficou exposta com o 1 a 0. A Vermelinha partiu ao ataque. Finazzi e Yannick saíram para as entradas de Jacaré e Ibson. No começo da etapa final, Ibson chegou a marcar, mas estava impedido. Anderson Goiano, em linda jogada individual, também ficou perto de empatar, mas o chute fraco foi defendido por Diego Zurlo.
Com espaço, o Batatais criou inúmeras chances. Adinam fez duas defesaças quando Luciano Gigante saiu na cara do gol. Em outro lance do camisa 11 do Batatais, a bola explodiu na trave da Esportiva. Mas, o pequenino Gigante merecia seu gol e o fez 23 minutos. O Batatais sustentou com tranquilidade a vantagem, acabou com uma série negativa de oito jogos e complicou de vez a situação da Vermelhinha...
E AGORA? Com 17 pontos, A Esportiva é a 17ª colocada. Está a apenas um ponto do Rio Branco (primeiro time fora da zona de rebaixamento), dois pontos atrás da União Barbarense (14ª colocada) e apenas três pontos acima do Grêmio Barueri (vice-lanterna). Nas próximas rodadas encara duas das principais forças da A2. No sábado, a partir das 19h00, a Esportiva recebe o Mirassol no Chico Vieira. O Leão da Alta Araraquarense é o quinto colocado com 30 pontos. Ou seja, tem a mesma pontuação do Marílai (quarto colocado e hoje, último ascendido à Série A1 de 2015). O São Bento, com 31, é outro que está na alça de mira do Mirassol.
Além de ter um bom time, comandado por um dos Reis do Acesso, Luiz Carlos Martins, o Leão virá babando para cima da Vermelhinha. Se enfrentar um rival forte é um problema em meio à luta contra a degola, há um alento. O Mirassol jogará, mas cederá espaço para o Coelho. Boa parte dos adversários que foram ao Chico Vieira jogaram no ferrolho e como a Esportiva é adepta do futebol rebarba, é quase impossível aproveitar vacilos de rivais que pouco atacam. Não parece ser o caso do ofensivo Mirassol, dono do melhor ataque da Série A2 com 32 gols.
Se o próximo rival tem o ataque mais eficiente, o adversário da última rodada é ainda mais temível. O Capivariano, líder da competição com 37 pontos, se despedirá da Série A2 ao lado da torcida. E olha que o torcedor do Leão da Sorocabana é fiel. No último jogo no Carlos Colnaghi, 2.722 pagantes assistiram o empate em 2 a 2 com o Monte Azul. Já ontem, os capivarianos foram a Paulínia e viram o acesso do clube com a vitória de 2 a 1 sobre o Guarani. E é na festa do Capivariano que está a esperança da Vermelhinha. Apesar do óbvio desejo de encerrar a A2 em alta com a torcida, o Capivariano pode chegar ao jogo sem objetivo algum. No próximo sábado, o time de Capivari pode ser campeão antecipado. Para isso, basta vencer o Velo Clube no próximo sábado. Contra duas potências, resta acompanhar como a Esportiva fará para sair da U.T.I.
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