A partir de 2009, o Barcelona se tornou irresistível devido a um esquema sem um atacante fixo. Muita mobilidade e principalmente toque de bola preciso. O tal de tiki-taka nada mais é que fazer o básico. Errar poucos passes e manter a bola longe dos pés do rival. O Barça inspirou a Fúria, que chegou a ter sete de seus 11 homens, sob o escudo do time catalão. Até 2012, o padrão culé era inquestionável e a Espanha também. Ganhou a Copa em 2010 e a Euro em 2012.
Na Copa das Confederações, fez o básico até encontrar um Brasil com muita fome (hoje a Seleção parece estar empanturrada). Os 3 a 0 no Maracanã fizeram Vicente Del Bosque repensar o estilo de jogo e voltar à Euro 2008. Ali, a magia acabou. Negredo, Soldado e Torres. Todos tiveram seu bm momento, mas às vésperas da Copa, ninguém estava melhor que Diego Costa. O hispano-brasileiro foi recrutado, mas entrou em uma sequência de lesões que impediu uma série de jogos pela Fúria.

Para ajudar, Holanda e Chile eram os piores rivais possíveis. van Gaal e Sampaoli armam suas seleções para impedir o toque de bola do rival. Marcam muito na saída de bola e possuem esquema táticos mutantes. Blindi hora é lateral, hora volante. Diaz hora é primeiro volante, hora zagueiro. A Espanha se perdeu em sua transe de filosofia e em meio à eficiência tática dos adversários. Infelizmente, a Fúria, responsável por melhorar a plástica de um futebol que caminhava para um pragmatismo de segunda divisão da Irlanda do Norte, acabou. É hora de se reconstruir e não de caçar bruxas.