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sábado, 29 de novembro de 2014

Rogério Ceni fica, mas Kaká fará mais falta do que parece em 2015

A gigante maioria dos são paulinos vibrou nesta sexta-feira (28) com o anúncio da renovação de contrato de Rogério Ceni. O arqueiro seguirá no elenco, ao menos, até 5 de agosto de 2015, prazo estipulado no novo contrato firmado em "três segundos", como disse o presidente Carlos Miguel Aidar. A permanência do M1TO começou a ser discutida a partir de dois momentos. O primeiro quando Ceni atingiu um nível que, talvez, nem ele mesmo imaginava alcançar aos 41 anos. A boa fase trouxe confusão à mente do capitão tricolor e a partir das respostas vazias ou das não-respostas sobre a aposentadoria, a incerteza aumentou.

Na quarta-feira, 26, estive no Morumbi e minha sensação era compartilhada por boa parte dos presentes. Se fosse campeão da Sul-Americana, Ceni encerraria a carreira, já que seu último ato seria o de erguer uma taça, sua grande obsessão. Porém, uma eliminação, somada à certeza de que o São Paulo estará em seu outro vício, a Copa Libertadores, culminaria na extensão de sua história como maior jogador com o escudo são paulino.

Se a despedida em 2015 terá tantos adeptos do "Não para, Ceni" é impossível saber. A cada ano, a aposta de Rogério é mais alta. Se vai conseguir sair de cena com o desejado título é outra previsão difícil. Porém, há uma carta que fará muita falta. Se Ceni não dirá adeus tão cedo, Kaká está a dois jogos de partir. Tal qual Raí, a quem já foi considerado sucessor, o meia fará sua despedida oficial diante do Sport. O último duelo no Morumbi será neste domingo e justamente quem vai ao estádio perceberá a falta que Kaká fará ao São Paulo.

Pela TV é imperceptível o quanto Kaká contrubui taticamente ao time de Muricy Ramalho. No estádio, gosto de aproveitar para perceber a movimentação de cada peça, o preenchimento de espaço de cada jogador no tabuleiro. O meia não oferece mais as letais arrancadas e tecnicamente está longe daquele que foi o melhor do Mundo em 2007. Mas a recomposição de Kaká é ímpar. Mesmo aos 32 anos, aparece na direita, esquerda e centro. A todo instante um companheiro o tem desmarcado, como opção para passe ou tabela.

Kaká ainda era exemplo para os colegas. Mesmo com a grife que carregava, dá carrinho, ajuda na marcação e contracena lances de raça. Um exemplo ocorreu no final do primeiro tempo da partida com o Atlético Nacional. Alvaro Pereira dividiu com o opositor, que ficou no gramado. Era claro que o colombiano estava catimbando, fazendo cera. Kaká saiu da posição no meio, voltou à beira da bandeira de escanteio, cobrou falta e soltou um "vamo". A presença do meia também fez crescer o futebol de Paulo Henrique Ganso, que ganhou um companheiro para dividir a responsabilidade de armar a equipe.

Kaká ainda teve participação essencial nos bastidores. Foi ele quem devolveu a confiança ao amigo Alexandre Pato. Agregador, foi o líder que Rogério Ceni sempre gostou de ter ao lado no dia a dia. Tal como foram Lugano, Júnior e Josué no período mais vencedor do clube no século, o goleiro não esteve sozinho no comando do grupo.

"Além de ser grande jogador, serviu como exemplo para os jovens e recém-chegados. Foi muito importante. Um cara que foi melhor do mundo e todos olham, e aí melhora muito. É um cara parceiro, sempre alegre e passa bom exemplo. Esse pouco tempo foi excelente. O que ele agregou foi uma coisa fora de série. Seria algo muito legal ele ficar, mas tem contrato, infelizmente". Palavras de Muricy Ramalho, que já começou a cobrar a diretoria na busca por reforços e, principalmente, para repor a grande baixa que a equipe terá no possível último ano de seu maior ídolo.

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