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sexta-feira, 27 de março de 2015

Raio-x da Série A2 - Saudosismo, realismo e pessimismo na rodada número 13



FOTO: Rodrigo Villalba / Memory Press / Guarani F.C.

Com cinco campeões nacionais e um vice-campeão sul-americano, é óbvio que a Série A2, em muitas rodadas, tem cara de A1. Aliás, a cada jogo que vejo das duas séries (e até da A3), vejo que a diferença é apenas o andar, porque o elevador carrega elencos muito parecidos. Mas este é um tema para outra hora. 


Vamos falar da 13ª rodada da Série A2 e seus 10 jogos. Alguns deles, para aumentar a saudade de quem um dia já brigou pelos nacionais, continentais e que seja, os estaduais da vida. Por exemplo. Quando alguns de vocês lerem este post (após acordar lá pelo 12h00), Rio Branco e Guarani já terão jogado em Americana. O duelo agendado para as 10h00 no Décio Vitta será transmitido pela Rede Vida, mas poderia ser jogo do Premiere.


Marcos Assunção, Amoroso, Flávio Conceição, Luizão, Mineiro, Djalminha. Prometo parar por aqui. Thiago Ribeiro, Renato, Anaílson, Elano. Parei. Cito apenas os anos 90 e 2000, porque já estava ligado, mas antes de ser gerado sei que as peças deles clássico regional eram ainda melhores. Hoje distantes das glórias, Tigre e Bugre jogam por motivos diferentes. E em fases diferentes. O Guarani está irregular, mas no G4 com seus 22 pontos. O Rio Branco é de um regularidade primorosa. Mas com viés negativo. Seis derrotas em seis jogos e apenas quatro pontos separam o Tigre da degola.

Já Guaratinguetá x São Caetano é daqueles jogos que assustam. Em 2014 caíram juntos da Série-C para a D. Em 2007, enquanto o Azulão era vice-campeão estadual o Guará ganhou o Troféu do Interior. No ano seguinte, o time do Vale foi semifinalistas. E agora, encara a realidade. Vai cair para a A3. Com três pontos, apenas um milagre tira o Garça do rebaixamento. Já o Azulão, com 22 pontos, deixou o G4 na rodada passada, mas com um triunfo tem boas chances de retornar.

Quem está lá firme no G4 é o Independente. Pior time entre os classificados para a segunda fase da A3 em 2014, o Galo caminha para um doblete de acessos histórico. A boa fase será medida contra um rival direto. A partir das 16h00 deste sábado, o clube de Limeira visita o União Barbarense no estádio Antônio Lins Guimarães. O campeão da Série-C do Brasileiro em 2004 tem 21 pontos, três a menos que o rival deste sábado e está apenas um atrás do quarto colocado, Guarani.

Ainda às 16h00, Atlético Sorocaba e Catanduvense fazem um confronto direto na luta contra a queda. Os protagonistas do confronto agendado para o estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba, estão separados por apenas um ponto (9 x 8). A leve vantagem da Bruxa, mas seja qual for o derrotado, terá que encarar a realidade do descenso com ainda mais pavor.



Já o vencedor vai apavorar o Comercial. Enquanto a bola rolar no CIC, o Bafo estará recepcionando o Batatais no Palma Travassos. Em meio a uma série negativa de jogos, o time de Ribeirão Preto tem 10 pontos e namora com muito comprometimento a zona de rebaixamento. Já o Batatais, após duas vitórias, abriu sete pontos do Z4 e chegou a seis do G4, situando-se de vez no meridiano da tabela.

Um pouco acima do Fantasma da Mogiana aparece, por exemplo, o Água Santa. o Netuno espantou a má fase ao fazer 3 a 1 no Guaratinguetá no meio de semana e de quebra grudou na parte alta da tabela. Com 20 pontos, o time de Diadema está a apenas dois do G4, mas terá uma parada dura em mais um dos jogos das 16h00 deste sábado. No estádio dos Amaros, em Itápolis, o Água Santa encara o campeão da Série-C de 2012. Mas o Oeste não é só saudosismo. O Rubrão é o vice-líder da A2, com 27 pontos e invicto desde a segunda rodada, vive a realidade de voltar para a elite um ano após o rebaixamento.

Mas como nem só de acesso vive os clubes da A2, o Oeste vai dar aquela secada na Ferroviária. Instantes após o fim do jogo em Itápolis, a Ferrinha recebe o Monte Azul na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara. Com 28 pontos, a AFE lidera a Série A2, mas precisa espantar o pessimismo daqueles que relembram as arrancadas históricas que terminaram em decepção. Já o Monte Azul encara a mesma realidade do Batatais. Com 16 pontos e em 12º lugar, acompanha as brigas no alto e lá embaixo com ar de quem sabe que em 2016 estará na A2 mais uma vez.

Fechando os jogos de sábado, também às 19h00, mas em Rio Claro, o Benito Agnello sedia o encontro entre Velo Clube e Novorizontino. Para o Galo Vermelho o confronto é importante para se afastar da zona de descendo. Com 14 pontos, está apenas cinco a frente do Catanduvense. Além disso, precisar acabar com a irregularidade. Após vencer na 7ª e na 8ª rodada, perdeu na 9ª e na 10ª; Ganhou na 11ª, mas perdeu na 12ª. O GEN também vem de derrota. Em casa, caiu por 2 a 0 para o Santo André e perdeu a chance de entrar no G4. Com 21 pontos, o time aurinegro está em sexto lugar.

Com a mesma pontuação do Novorizontino, o Santo André, algoz do Tigre na quarta-feira, será um dos quatro clubes em campo neste domingo pela A2. O Ramalhão venceu os últimos três jogos e terá uma grande chance de fazer a quadra. A partir das 10h00, encara a Matonense, que não vence desde a quarta rodada. A SEMA tem sete pontos e está cravada há algumas rodadas na degola. Forte nos anos 90, a Matonense precedeu o auge do Santo André, atingido em 2005, com o título da Copa do Brasil.

Foto: Gustavo Amorim/PaulistaFC

No ano anterior, quem vencia a competição nacional era o Paulista. Após cair em 2014 sem uma vitória sequer na elite, Galo da Japi faz campanha irregular na A2. Com 14 pontos margeia a zona de descenso, mas vem de vitória importante: 2 a 1 no Velo, um concorrente direto na parte inferior da tabela. No domingo, a partir das 10h00, enfrenta um ainda esperançoso Mirassol. Com 19 pontos, o Leão da Alta Araraquarense está em 10º lugar. O duelo entre os clubes que até o ano passado estavam na A1 será no José Maria de Campos Maia, em Mirassol.

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