A 16ª partida de Esportiva Itapirense e de Nacional na Série A3 não foi um espetáculo. Mas valeu pagar o ingresso. O torcedor que foi até a Avenida Castro Alves terá histórias para contar neste final de semana. Seja os pouco mais de 100 itapirenses e os pouco menos de 15 nacionalistas.
O primeiro momento de festa foi em branco e azul. Um minuto após Arnon acertar a trave de Diego Lima, Felipe Piraju aproveitou um blackout da defesa da Vermelhinha e inaugurou o placar. A Esportiva ainda nem havia esquentado. O time comandado por Claudemir Peixoto, sem Bruninho e Fabinho, apostava em Mike e Kellyton. O lateral foi boa opção pela direita no primeiro tempo e o camisa 11 foi o destaque itapirense no jogo.
Após assimilar o gol contrário, a Esportiva começou a incomodar o Nacional com a velocidade de Mike. E foi assim que, aos 18 minutos, o jogador foi derrubado na área. Marcelinho bateu e fez: 1 a 1. O jogo esquentava quando, aos 21, um apagão paralisou a partida. os refletores da avenida Castro Alves se apagaram e após 22 minutos, Kleber Canto dos Santos reiniciou o duelo.
Após a parada obrigatória, quem voltou melhor foi o Nacional, que logo aos 26 minutos teve a chance de desempatar. Gindre foi derrubado na área por Rico. Emerson Mi bateu, Diego Lima espalmou, a bola ainda resvalou na trave e a Itapirense se safou. Já quem não escapou foi Mirrai. O garoto revelado na base do São Paulo cometeu falta em Rico no círculo central. Kléber Canto dos Santos deu amarelo de primeira, mas Otávio Magnani Barbosa entregou. O soco de Mirrai nas costas de Rico culminou em cartão vermelho direto e gerou uma confusão generalizada. Inconformados, jogadores e membros da comissão técnica do Nacional invadiram o campo, a Polícia Militar interviu e quatro minutos depois, o jogo recomeçou.
Com muito espaço pelos lados, a Esportiva teve duas boas faltas pela direita e em ambas, Marcelo bateu com muito perigo (a primeira para fora e a segunda, Carlão defendeu). Já nos acréscimos, mais duas chances. Primeiro Marcleinho bateu escanteio e Zaqueu, livre, não alcançou. Na sequência do lance, João Paulo recebeu na área, completamente desmarcado, posicionou o corpo, mas chutou para fora.
SEGUNDO TEMPO - A Esportiva enjoou de perder gols. Mesmo com um a mais, o time não asfixiou o rival. Ainda assim, foram inúmeras as chances criadas. Logo aos 20 segundos, Dedé cruzou e João Paulo quase pegou. Aos 18 minutos, Bismaque entrou na vaga de Rico e a Vermelhinha apertou um pouco mais. Aos 19, Dedé furou um rebote com potencial para gol. Aos 25, boa trama. De Marcelo para Mike, de Mike para o pivô João Paulo, que devolveu a Mike, que chutou fraco. Sem espaço para o Nacional contra-atacar, o drama itapirense era mesmo lá na frente.
Aos 33, Mike tocou para Bismaque, que chutou de primeira. A bola passou na cara do gol e sobrou para Dedé, no segundo pau, explodir a bola na trave. Cinco minutos depois, Bismaque arriscou chute de longe e Carlão fez grande defesa. Já aos 43, após cruzamento da direita, João Paulo cabeceou com precisão, mas acertou a trave e o duelo movimentado no Chico Vieira terminou no 1 a 1.
CONTAS - A Esportiva pode entrar na zona de rebaixamento nesta rodada. Com 18 pontos, está apenas um a frente do Tupã, hoje na degola. O Indião enfrenta o Santacruzense e, apesar do duelo ser na casa do rival, é favorito. Além de agora torcer por punição para o Cotia pelo duplo WO na A3, a Esportiva precisa arrancar pontos do Flamengo em Guarulhos. Caso tenha sucesso, dependerá da obrigação de vencer Francana e Santacruzense para escapar do descenso. Já o Nacional, com 22, está mais longe do rebaixamento (no máximo quatro pontos), mas fechará a rodada mais uma vez a quatro pontos da sonhada classificação.
domingo, 5 de abril de 2015
Itapirense 1 x 1 Nacional: Apagão, confusão e calculadora na mão
SOBRE O AUTOR

Lucas Valério
Jornalista formado em 2009 pela Universidade Paulista, repórter do jornal O Impacto, setorista do Mogi Mirim EC, narrador da Rádio Clube. Apaixonado por esporte. Viciado em futebol.
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