Duas festas + três decisões = quatro finais felizes na Série A3

O retorno ao trabalho após a dengue e as férias reduziu o tempo dispensado ao Blog. Um dos temas que mais gosto de abordar por aqui, a mítica Série A3, chegou á sua reta final justamente em uma semana em que a cobertura do Mogi Mirim na Série-B consumiu praticamente minhas últimas 48 horas. Por isso, neste post, não há o balanço tradicional. Não há informações detalhadas sobre os clubes envolvidos. Mas há o registro histórico. Por que a história de mai suma A3 já teve duas festas, terá mais três decisões e, obviamente, quatro finais felizes.

EM FESTA

Votuporanga e Taubaté. Algo em comum entre as duas cidades? A festa! Por um santo padroeiro? Não! Por algum produto com ‘marca registrada’? Talvez! O futebol produzido pelos clubes que carregam o nome das cidades pelo estado e pelo país proporcionou um meio de semana festivo. Votuporanguense e Taubaté percorreram quilômetros e mesmo longe de seus domínios, garantiram a felicidade daqueles que já estavam ansiosos pelo acesso à Série A2. Com uma campanha consistente, o CAV foi o primeiro.



Na quarta (13), fez 2 a 1 no Grêmio Osasco, em pleno Rochdale, e confirmou uma ascensão inédita. O clube que substituiu a Associação Atlética Votuporanguense no coração dos moradores de Votuporanga recoloca a cidade na A2 após 23 anos. Uma das forças do interior entre as décadas de 60 e 90, a Alvinegra da Noroeste foi rebaixada naquele anos. Mas, no começo dos anos 2000, a 'primeira' Votuporanguense morreu e apenas em 2009, surgiu a Associação Atleticana Votuporanguense, e alguns anos depois houve um rebatismo para Clube Atlético Votuporanguense. E o CAV cresceu. E subiu!

Como postei há algumas semanas, o Taubaté, não disputa a Série A2 desde 2007. Lanterna daquela edição, o Burro da Central foi rebaixado na A3 de subsequente, subiu da Segunda Divisão em 2009 e desde 2010 está na A3. Também participaram daquela Série A2 de 1993, Taubaté e Barretos. Adversários na quinta-feira (14), os clubes protagonizaram o jogo do acesso do Taubaté. Com time reserva. E da frustração do Barretos. Que jogou em casa.

TRÊS DECISÕES



Agora, em campo neutro, o Touro do Vale terá a segunda chance. Assim como toda a rodada, a partida com o Atibaia terá início às 10h00, mas não será na casa do rival, que está interditada. Por isso o Falcão jogará no estádio Ítalo Mário Limongi, em Indaiatuba. Com seis pontos graças á vitória sobre o Primavera (dono do estádio cedido ao Atibaia), os laranjas estão a um ponto do Barretos. Uma vitória coloca o Atibaia na A2. Um empate garante o retorno do Touro, que não disputa o segundo nível paulista desde... 1993!

Garantido na primeira divisão, o Votuporanguense recebe a Internacional no intransponível Plínio Marin. E a invencibilidade alvinegra como anfitrião será o desafio maior da Internacional de Limeira. Assim como em 2013, quando enfrentou a Esportiva Itapirense (que não perdeu um jogo sequer em casa naquela edição), a Inter chega à última rodada com com a necessidade de vitória. Com seis pontos, o Leão da Paulista está dois pontos atrás do Juventus. Pela diferença no saldo de gols (7 a -3), um empate contra o Grêmio Osasco, na Javari, garante o acesso ao Moleque Travesso. Os grenás ainda subirão em caso de derrota, desde que a Inter não vença a Votuporanguense. Já para ir à final contra o já garantido Taubaté, o Juventus precisa vencer e torcer contra o CAV. Mas, convenhamos, as decisões que o torcedor aguarda são as do acesso. E quatro campeões terão um final feliz...