sábado, 16 de maio de 2015

Pegada na Série B é arroz e feijão. Faltou comida no prato do Sapo...

FOTO: Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia
A derrota para o Bahia por 4 x 1 faz soar o sinal de alerta para o Sapo na Série B. E não é pela posição na parte inferior da tabela, mas sim, pelo futebol apresentado por alguns jogadores que deveriam ser o esteio, a segurança da equipe. No jogo passado, a crítica foi direcionada por mim ao meio campo e a dificuldade para criação. Por incrível que pareça, vi alguma evolução nesse setor principalmente na parte ofensiva, com as mudanças feitas por Edinho. Mas, a linha de quatro defensores do Sapo, que já se conhece há mais de um ano e meio fez uma partida muito ruim, em especial seu miolo de zaga.


Wágner e Fábio Sanches que formavam o setor mais confiável da equipe na Série C e no começo do Paulista, atravessam momentos individuais bastante complicados. É claro que isso também é reflexo de um Magal sobrecarregado e de uma dupla de meio campistas que está a sua frente ainda não definida e desentrosada. Mas, o erro de Wágner no terceiro gol e de Fábio Sanches no quarto não tem nada a ver com posicionamento tático. Tem relação sim com falta de confiança e necessidade de treinamento técnico de fundamento. Erro de passes curtos quando pressionado é do tipo que deve ser creditado na conta do atleta e não do treinador.

Quando se faz a análise de um jogo de ontem não se pode deixar de levar em conta a diferença de orçamento e de objetivo entre as equipes. O Bahia não se satisfará com outra coisa que não seja o acesso. O Mogi se ficar numa posição intermediária terá cumprido a missão de um novato na Série B. E o mínimo que se espera de uma equipe que quer competir nessa divisão é aplicação de marcação. Vejam os senhores que o primeiro gol saiu pela direita de ataque numa bola colocada a Maxi Biancuchi que passou por Leonardo e não tinha nenhuma cobertura. No início o Bahia só atacava por aquele lado. Não pode o Léo, lateral que não é especialista na marcação ficar no um contra um com um argentino de série A extremamente habilidoso.

Para fazer o segundo gol, o Bahia também não teve que se esforçar muito. Wilson Pitoni era o volante da seleção paraguaia que organizava todo o jogo baiano na intermediária. Nenhum meia do Sapo o acompanhava. Claro, é função do treinador chamar a atenção dos atletas. Mas o jogador também precisa ter leitura de jogo e diminuir o espaço de quem está livre e desequilibrando o jogo. Ninguém se ligou. e desssa forma saiu o segundo do tricolor. Daí o título do texto. Série B é pegada, é competição, é correria. Como o Sapo não teve isso, que é como arroz e feijão, a técnica do adversário sobressaiu.

Para falar rapidamente das melhoras que vi no sistema ofensivo, achei bastante razoável a atuação de Vitinho que não pode em hipótese nenhuma ser reserva de Romildo. Giovane, mesmo jogando fora de sua posição, tendo que estar mais dentro da área, incomodou o quanto pode a zaga adversária. Ao contrário da maioria de seus companheiros, atravessa um bom momento técnico e é o melhor do Mogi no início de competição. Espero apenas que a ausência de Magrão até no banco de reservas seja para dar um susto no artilheiro que precisa crescer de produção. Mas, não pode ser descartado, precisa continuar tendo participação efetiva no time para melhorar. Vamos ver se se confirma a boa impressão deixada por Giovane Loubo nos poucos minutos em que atuou.


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