terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ataques: A diferença na corrida pela taça

Em um campeonato equilibrado, uma pincelada nos elencos parece indicar que a diferença na briga pelo título será o ataque. Luís Fabiano, Adriano, Damião, Borges, Fred, Ronaldinho Gaúcho, Loco Abreu, Neymar...

ATACANDO A TAÇA

Por Lucas Valério

O Campeonato Brasileiro  fechou sua 24ª rodada com um novo líder. Após 17 rodadas no topo o Corinthians perdeu a posição para o Vasco da Gama e de quebra, viu o rival São Paulo assumir a segunda colocação. Restando 14 rodadas, é evidente que o equilíbrio inicial tem tudo para ser mantido e a surpresa será uma equipe disparar. Independente do campeão, o interessante é observar que o diferencial das equipes na briga pelo título talvez esteja em uma posição em que a obrigação é atacar, e assim início minha defesa de tese.

Tudo começa pelos paulistas melhores colocados. São Paulo e Corinthians possuem alguns dos ataques mais positivos da competição (39 e 36 gols respectivamente) e contam com dois nomes que ainda estão fora de combate para buscar a vitória no fronte. No São Paulo, o retorno de Luís Fabiano é o sonho de todo tricolor desde que ele foi contratado em março. Após três cirurgias, o Fabuloso treinou com bola nesta semana e por um triz não pega o próprio Corinthians. Diferenciado, o centroavante é tido no Morumbi como a grande arma para a reta final e com 118 gols pelo São Paulo na primeira passagem, ninguém duvide que Luís Fabiano voltará com fome, muita fome de gols e poderá içar o São Paulo ao sétimo título brasileiro. Ao seu lado, o principal jogador de linha também poderá desequilibrar. Dagoberto é o artilheiro da equipe na temporada com 20 gols e vive a melhor fase individual desde que chegou ao clube em 2007. Já no Corinthians, Liédson e Emerson comandam o ataque Corinthians, mas é em Itaquera que está a esperança de uma reta final melhor que a claudicante fase vivida pelo time de Tite. Adriano chegou com o peso de ser o ‘Imperador’ que já foi um dia em Milão e que também, com menos pompas, brilhou no rival do Morumbi em 2008. O atacante está em fase final de recuperação de uma lesão no pé esquerdo e só precisa perder três quilos para virar opção, e que opção de Tite. Assim como no caso de Luís Fabiano, vejo gana em Adriano, que mais uma vez vai tentar provar que não está aposentado para o futebol como tanto querem seus críticos. Ao lado do ótimo Liédson e do habilidoso Emerson, o ataque corinthiano ficará forte na reta decisiva. Ainda em São Paulo, o praiano Santos tem uma dupla de desequilíbrio mortal. Borges é o artilheiro no nacional com 17 gols. Disparado. Está em belíssima fase e conta com ótimos passadores. ‘Amidiático’, o goleador ficou fora da lista de Mano Menezes para o clássico com a Argentina em mais uma das injustiças do treinador da seleção de Ricardo Teixeira. Ao lado de Borges simplesmente está o melhor jogador do país desde 2010. O menino Neymar é a menina dos olhos no país e se diminuir o repertório de faltas encenadas, irá crescer ainda mais como jogador diferente, acima da média que é. Com Neymar e Borges, o Santos pode surpreender e encostar no grupo de cima da tabela, porém, a preparação para o Mundial de Clubes pode por um freio no bonde dos moleques da Vila.
RIO DE JANEIRO

No Rio de Janeiro o ataque também é o diferencial. O Botafogo tem Sebastián ‘El loco’ Abreu. O Flamengo aposta as fichas no renovado Ronaldinho Gaúcho e o Fluminense insiste no lesionável Fred. Dos três, o último é o que menos atua, se machuca demais, e pode deixar o tricolor carioca para trás na briga pela taça. Agora, se estiver em forma, tem tudo para ser novamente o comandante da equipe na arrancada decisiva do torneio. No Botafogo o uruguaio Abreu é a estrela maior em meio a outros bons jogadores. A equipe sente demais a ausência do jogador quando convocado pela seleção celeste e em campo, garante sempre os golzinhos para o time de Caio Júnior. Outro que sempre ‘enche o saco’ dos adversários é o raçudo Herrera, argentino que já foi apelidado pela imprensa de sua pátria como ‘Casí Gol’ e que no Brasil tem estado com o faro para gols mais apurado. Para fechar o trio carioca, Ronaldinho Gaúcho. Grande nome do Flamengo em 2011, o meia tem sido o centroavante de Luxemburgo e é vice-artilheiro do Brasileirão. Pena ter o ex-grande atacante Deivid ao seu lado, que mesmo em fase para se esquecer, ainda deixa seus gols (poderia ser mais, muito mais). Além disso, contar com Jael para ser campeão brasileiro é um pouco de menos. Para fechar a lista dos grandes centroavantes, o Internacional conta com o principal deles na temporada brasileira. 40 gols. De todos os jeitos marca Leandro Damião, o cara da camisa nove no país pode levar o colorado ao grupo alto da tabela e dar uma carretilha naqueles que o descartam da briga pelo título.

E como toda regra tem sua exceção, deixei por último o Vasco da Gama. Simplesmente o líder do campeonato e única equipe que já garantiu um título nacional em 2011 (Copa do Brasil), o cruzmaltino não tem nenhum grande atacante. Alecssandro e Elton fazem seus gols, mas não são confiáveis e acima da média. Éder Luís é rápido, faz gols também, mas tem uma função mais pelas laterais do gramado. Assim, o poderio está um pouco mais recuado. É no meio-campo que está o forte do Vasco. O elenco tem Juninho Pernambucano, Diego Souza, Felipe e Bernardo, quatro ótimo meias, com características especificas podem levar para a Colina o quinto título brasileiro. Juninho tem a experiência de ser o melhor batedor de faltas do mundo. Ninguém tem o dom de chutar direto ao gol ou alçar na área como Juninho Pernambucano. Diego Souza é agressivo, entra na área com facilidade e conduz a bola com categoria, só tem o problema de ser irregular. Felipe tem brigado com lesões, mas tem um passe a média distância preciso e uma cadência diferenciada. Já Bernardo é o jovem do quarteto, quem mais fica no banco. Mas é rápido, habilidoso e assim como Juninho, bom nas bolas paradas. Com tantas opções, o meio-campo é o melhor meio para o time de São Januário ser campeão.

É no meio-campo que está o forte do Vasco. O elenco tem Juninho Pernambucano, Diego Souza, Felipe e Bernardo, quatro ótimo meias, com características especificas podem levar para a Colina o quinto título brasileiro. Juninho tem a experiência de ser o melhor batedor de faltas do mundo. Ninguém tem o dom de chutar direto ao gol ou alçar na área como Juninho Pernambucano.

CAPENGAS
Com nove equipes enumeradas na briga pelo título, justificar a ausência dos outros talvez não seja necessário, mas apresento. O Palmeiras, mais bem colocado até mesmo que o Santos, tem um Kleber com um gol nos últimos 13 jogos e conta com os comuns Fernandão e Ricardo Bueno no comando de ataque. No Cruzeiro, apenas Montillo não basta e jogar com o horrível Bobô e Ortigoza é pedir para não ir a lugar nenhum. No Grêmio, também a força é um isolado Douglas, que tem que agüentar o ‘homem gol de treinos’ André Lima e saber que seu time paga 50% do salário de Borges, no Santos, o artilheiro do Brasileirão. Para fechar ainda tenho Bill, Souza, Marcão, Magno Alves, Washington, Roger, André Dias para citar, mas não quero judiar de meus leitores, que iniciaram o texto com Luís Fabiano e Adriano e termina com camisas nove que não jogariam nem no meu no meu competitivo esquadrão em Itapira, no já famoso 'Complexo Esportivo Good Jesus'. 

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