Falem bem ou falem mal, mas falem de mim. Esta célebre frase é talvez a que melhor ilustra a vida esportiva de Dagoberto, atacante do São Paulo. Desde que surgiu para o futebol conseguiu atrair fãs apaixonados por seu futebol e torcedores alheios ao seu estilo de jogo. No decorrer da carreira, as atitudes extra-campo também ajudaram a aumentar essa relação amor e ódio que construiu. 
Quando subiu ao time profissional do Atlético-PR em 2001, logo chamou a atenção dos fãs do futebol rápido e habilidoso. Com as duas qualidades, o jovem branquinho, loirinho e com cara de garoto criado na zona rural, ganhou fãs não apenas na Arena da Baixada, mas em todo BRasil. Rapidamente represnetantes cresceram o olho para cima do jovem que teve até o palmeirense apresnetador de TV, Ratinho, interessado em seu futebol. Sem acerto com o Palmeiras, ele seguiu no Paraná e fazendo suas artes. Após uma grave lesão em 2005, sua última arte causou ódio nos seus antigos amantes. Se dizendo desvalorizado, o atacante foi seduzido por uma proposta do então melhor clube do Brasil, o São Paulo, e forçou a saída. Hojé, é persona non grata pelos lados em que era o menino dos olhos. 
Após acertar com o São Paulo, acirrando uma briga entre o Furacão e Tricolor que iniciara em 2005 depois da final da Libertadores da América, o atacante chegou com status de mudança no perfil do time, que era brigador e enfim ganharia um craque. Nunca foi. Mas também sempre foi importante. Em 2007, seu primeiro ano no clube, ganhou o Brasileirão, fez poucos mas importantes gols e ficou a expectativa para levar o São Paulo novamente ao titulo mais querido, a Libertadores. Não cumpriu e em 2010 foi taxado como responsável pela derrota frente do Internacional. 
Torcedores em parte do estádio amam Dagoberto, principalmente a maior organizada. Os torcedores comuns se dividem. Amam e odeiam, mas ninguém é indiferente. Em 2011 ela mudou o jeito de jogar, ganhou a liberdade que tinha no início da carreira, deixou de marcar como pedia Muricy Ramalho e cresceu. 20 gols e várias assitências em uma temporada que não terminou. Dois títulos e várias decepções. Gols, drible,s jogadas de efeito e displicência. Tudo leva à Dagoberto. Dizem que Rogério Ceni não gosta dele, outros dizem que adora. De uam coisa tenho certeza, o maior torcedor do São Paulo não é indiferente ao camisa 25. 
Neste ano, com a proximidade do fim do contrato, novamente Dagoberto pediu valorização. Não deve acertar. Dentro da diretoria o amor e ódio é igual ao da torcida. Aliás, torcedores rivais também odeiam o esculachado Dagoberto, mas há quem admire e muito seu futebol. Santistas, por exemplo, o querem em 2012. Muricy  'capou' o futebol lépido de Dagoberto, mas fez o atacante ganhar seus únicos títulos com a camisa do São Paulo. Claro que a anti-ética declaração do futuro chefão da CBF fez a negociação murchar, mas a admiração praiana é notória e inegável. 
Com a negociação em aberto, a dúvida que fica é se o amor da parte tricolor que idolatra o camisa 25 soferá cisão e se os que o odeiam aumentarão o furor ao criticá-lo nas arquibancadas do Morumbi. Certo apenas, é que Dagoberto seguirá com a relação ambigua com os amantes do futebol, fará seus gols, terá declarações fortes e que deixarão os colegas incomodados ao mesmo tempo em que dará carrinhos salvando seus parceiros de time. Ah, também irá se distrair e deixar a bola escapar para o adversário, oferecendo o contra-ataque e na jogada seguinte fará um golaço de cobertura para cima de um goleiro pentacampeão do mundo. Este é Dagoberto, o causador de amor e ódio junto a seus pares, um dos casos de ambiguidade que devem permanecer no futebol moderno, como era em outrora. Ou não! Não sei, ele é tão controverso a ponto de me também me deixar incoerente...

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