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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O contestado Adilson Batista

A última cena deste capítulo se deu na derrota para o Flamengo por 2 x 1, jogo este, que marcou o retorno do atacante Luis Fabiano aos gramados. E justo o ‘Fabuloso’ acabou sendo o estopim para a chuva (literalmente) de críticas de boa parte da torcida ao técnico tricolor. O motivo? Sua substituição aos 14 minutos do segundo tempo, quando a principal razão dos quase 64 mil torcedores terem ido ao estádio, ser substituído pelo volante Carlinhos Paraíba, outro atleta que não agrada parte significativa da massa são-paulina.
Após a partida, Luis Fabiano defendeu o treinador e justificou sua saída, alegando que tudo estava combinado e que o próprio jogador, pelo bem da equipe, teria pedido para sair, devido a sua condição física, longe da ideal. Nada mais normal para quem estava a sete meses afastado do futebol.
Mas o momento crucial para a mexida de Adilson se deu um pouco antes, aos 9 minutos, quando Lucas, infantilmente, fez uma falta boba na entrada da área (poderia muito bem ter tocado para Dagoberto que passava livre na esquerda) e foi expulso. Com um homem a mais, fatalmente o Flamengo teria espaços e maior chance de sair vitorioso, como saiu, ainda mais naquela altura da partida, quando o time carioca só não vencia graças à ótima atuação de Rogério Ceni.
O problema não foi sacar ‘Fabuloso’, mas sim promover a entrada de Carlinhos Paraíba, teoricamente, jogador adepto a parte defensiva. Com a mudança, Adilson isolou Dagoberto no ataque e chamou o Flamengo para seu campo. Prova disso foi o primeiro gol rubro-negro, logo na sequência à alteração. Rivaldo poderia ter sido melhor escolha, o que mais tarde não ficou comprovado com sua entrada na equipe. Rivaldo, inclusive, o outro motivo da ‘pegação’ no pé de parte da torcida em Adilson. Geralmente, o primeiro tempo nem chega ao fim, e o veterano é pedido aos berros pelos quatro setores da arquibancada, em demasia, quando o placar não é favorável.
Adilson não é ruim treinador, tampouco teimoso. O que falta é ousadia, coragem e uma dose de risco, assim como fez Vanderlei Luxemburgo logo após a expulsão de Lucas. Claro, sem um sistema defensivo de qualidade não se ganha jogos e títulos, mas o futebol se faz primeiro de gols e ao que parece, o quesito vem ficando em segundo plano no São Paulo. Na grande maioria desses 27 jogos até aqui, a equipe sempre teve que buscar o resultado.
O adversário agora é o Cruzeiro. Sem Pires, Casemiro, Lucas, Henrique. Mesmo com a fase negra dos mineiros, parada mais do que indigesta. Ainda bem que o jogo não é no Morumbi. Adílson agradece...

Imagem: R7.com

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