A parceria entre Rivaldo e Hélio Vasone Júnior está muito próxima do fim. Há pelo menos três semanas o assunto ganhou força. Reuniões foram realizadas e o empresário paulistano está de saída. A situação inverte o panorama desenhado em janeiro, quando Vasone chegou a anunciar que assumiria a presidência no lugar do jogador do São Caetano - e presidente licenciado do Mogi. Porém, as negociações emperraram e após dois meses, o cenário é outro.
O desligamento do presidente da Energy Sports e ex-CEO da Localfrio ainda não é oficial. Falta o acerto entre ele e Rivaldo, que negociam a melhor maneira de saldar a dívida do clube com Vasone, que investe no clube ao lado do pentacampeão do mundo desde 2011. O valor da dívida não foi divulgado, mas está muito acima de R$ 3 milhões. E para receber o montante, o empresário deve ficar com percentuais de futuras negociações de jogadores. A inclusão dos centros de treinamentos de Mogi Guaçu e Limeira na negociação, algo cogitado já quando Rivaldo sinalizou a hipótese de sair em janeiro, foi totalmente descartada. Ao contrário, os imóveis, patrimônios mais caros do clube, foram hipotecados e só poderão ser executados em 2021 caso o Mogi Mirim não disponha de recursos em caixa para saldar a dívida.
Segundo Wilson Bonetti, presidente em exercício do clube, os CTs foram hipotecados em nome do Rivaldo e do Hélio. “Há um contrato que conta 2011, ano em que firmamos a parceria, e existe uma clausula de que só poderá executar as áreas depois de 10 anos. A hipoteca é uma garantia, isto é, nesse tempo ninguém pode vender esse patrimônio que é do clube. Não pode executar a hipoteca antes de 2021”, garantiu.
Já a permanência de Vasone até o final do Paulistão também corre riscos. O empresário está próximo de definir o Grêmio Barueri, clube que está na Série A2 do Campeonato Paulista e na Série-C do Brasileiro, como foco de seus investimentos. Para explicar o momento atual do Mogi, os jornalistas Lucas Valério e Paulo Henrique Tenorio fizeram uma entrevista exclusiva com Rivaldo. O pentacampeão mundial falou sobre a situação atual da parceria, os motivos de não ter saído em janeiro e outros temas relacionados ao Mogi Mirim e à cidade.
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