Mas esta não é a Copa de Suárez. O gênio controverso e o caráter duvidoso o levaram à terceira mordida em um adversário. A FIFA o sancionou por nove jogos oficiais pelo Uruguai, quatro meses de qualquer atividade no futebol (adiós, negociação com o Barcelona?!) e 100 mil francos suíços (para o bolso do suíço Blatter).
Os quatro meses longe do futebol são discutíveis. Abre um precedente nunca visto e espero rigor à altura em casos parecidos. Já tirá-lo da Copa, foi correto. Atitude intepestiva no Mundial, punição no Mundial. Simples. Mesmo assim, se Suárez merece (aos olhos da FIFA), uma pena tão rude e exemplar, qual a punição para o árbitro mexicano Marcos Rodríguez (apelido, há anos de El Vampiro) que o deixou em campo mesmo com a agressão à Chiellini?
Enfim, se o joelho quase tirou Suárez do Mundial, os dentes do "Conejo" extraíram a maior força do selecionado uruguaio. A hora agora é de Edinson Cavani provar que pode ser protagonista. O futebol dos tempos de Napoli estão perdidos na Torre Eiffel. Em Paris, Cavani pouco fez, ofuscado por Ibrahimovic. Agora, a luz de Suárez se apagou e os Charrúas precisarão e muito, do talento de Cavani.
Contra a Colômbia, de campanha irretocável, de James Rodríguez em fase MESSIânica, a inconsequência de Suárez será ainda mais sentida. Os uruguaios terão que morder a saída de bola dos Cafeteros, levantar a cada joelhada, como Alvaro Pereira, e lançar a bola ao ataque sem pensar que lá está o camisa 9. Se o Uruguai, há um mês, rezou pela recuperação clínica de Suárez, agora é hora de enviar preces para que o juízo do atacante seja restabelecido. Mas algo me diz que a punição imposta a Suárez irá dar forças sobrenaturais ao elenco uruguaio. Como diz Deva Pascovicci, da Rádio CBN: Prepare-se!
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