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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Como joga o Chile do estrategista Jorge Sampaoli


Jorge Sampaoli é um aluno da “louca” escola de Marcelo Bielsa. Argentino assim como sua principal fonte de inspiração, o treinador da seleção chilena é adepto do futebol ofensivo, mas sem abrir mão da organização. Sampaoli, que começou a carreira de técnico no futebol amador, na Argentina, já confessou que é viciado em aplicar treinamentos.

As repetições teóricas fizeram da Universidade de Chile a sensação do segundo semestre de 2011 e o caneco levantado na Copa Sul-Americana credenciou o treinador a assumir o selecionado nacional. Em suma, o Chile de Sampaoli joga de forma semelhante àquela La U. O esquema 3-1-3-1-2 é uma “sopa de números” que confunde até quem é acostumado com pranchetas táticas. Sampaoli não abre mão dos três zagueiros. Silva, Medel e Jara têm a proteção de Díaz (o primeiro “1” no esqueleto chileno).

Díaz desempenhava a mesma função na Universidad de Chile. Além de proteger o trio defensivo, ele dá suporte para os alas Isla (direita) e Mena (esquerda) e para o volante Aranguiz. O meio-campista do Internacional é responsável por marcar, mas sempre surge como surpresa no ataque. É uma espécie de Mineiro, em 2005, no São Paulo. Paulinho, no Corinthians, em 2012, é outro exemplo. O segundo “1” no esqueleto é Arturo Vidal. Volante de ótima chegada na Juventus, Vidal é vital para o esquema. O “Rei Arturo”, quando o Chile detém a bola, se transforma em atacante, municiando e acompanhando os lépidos Alexis Sanchéz e Eduardo Vargas.

A variação de lado da dupla ofensiva é outra marca dos times de Sampaoli, que ainda pode abrir mão de um zagueiro (geralmente Silva), para lançar Valdívia, aumentar o poder de criação e atormentar a defesa rival. Para travar o Chile, Felipão, que disse não querer duelar com La Roja nas oitavas, terá que exigir demais de Fred e Hulk. Imóveis, serão presas fáceis para o trio de zaga do Chile. Apesar das críticas na fase de grupos, Fred pode ser importante na jogada aérea, assim como os zagueiros, já que a defesa chilena tem uma das mais baixas médias de altura da Copa. A mobilidade de Neymar (fazendo o que fez Robben, na vitória holandesa sobre os chilenos na segunda-feira) e a infiltração de um volante-surpresa (como bem fez Fernandinho contra Camarões) são outras alternativas para frear a melhor geração chilena nas últimas décadas. Além de todo o duelo tático, o Brasil ainda precisa superar a boa fase do goleiro Cláudio Bravo, anunciado anteontem como novo reforço do Barcelona.   
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