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domingo, 3 de agosto de 2014

Nomes fortes, elenco fraco. São Paulo precisa de humildade argentina

Assisti 60 minutos de São Paulo 0 x 0 Criciúma. Ouvi os 30 minutos de São Paulo 1 x 1 Criciúma. Mais uma vez, o Tricolor deu prova de que quem diz que ele tem time para ser campeão não entende bulhufas de futebol. O São Paulo tem jogadores para brigar pelo título. Meia dúzia. No mesmo setor. Rogério Ceni, Kaká, Ganso, Kardec, Pato e Luís Fabiano têm nome para conduzir um clube a levantar uma taça. O problema é que até eles, por vezes, se restringem ao nome.

Em meio à essas boas frutas, há muitas podres no saco. Não são desonestos ou desagregadores. A podridão é técnica. Há três temporadas, o São Paulo tem uma espinha dorsal de um paralítico. Douglas, Denílson, Maicon, Paulo Miranda, Ademílson. A incapacidade deles suga qualquer chance de evolução tática. Imaginem técnica. Muricy, de bons trabalhos anteriores, também não tem lidado bem com o descompasso do elenco. Está de muletas. Manco até para mexer no time durante o jogo. No sábado, ao olhar para os suplentes, via garotos promissores (e que deveriam ter ao menos uma chance), como Boschilia e Auro e figurões como Luís Ricardo, Reinaldo e... Paulo Miranda!

Para que este São Paulo, cheio de vazios, se aproximar de uma solução, restam poucas saídas. Uma delas é esperar que Muricy imite a humildade de Alejandro Sabella. O técnico argentino na Copa do Mundo reconheceu o desnível técnica da Albiceleste do ataque à defesa. Com Messi, Higuaín, Lavezzi, Aguero & Cia VS. uma defesa indefensável, Sabella priorizou a contenção. A Argentina jogou como time pequeno para minimizar os problemas da retaguarda e fez as estrelas do ataque marcarem. Messi, ele mesmo, chegou a marcar laterais adversários. Uma entrega exemplar, que poucos reconheceram.

Enfim, Muricy precisa se reinventar. E logo. Ter o mérito de reconhecer que o elenco é fraco, apesar dos nomes fortes. Neste ponto, resta à diretoria também reconhecer as fraquezas do plantel. Um lateral direito, um zagueiro e um volante. É o mínimo que o São Paulo precisa para de fato subir de patamar. Para, de fato, encontrar o caminho rumo aos títulos. Ou melhor, rumo à briga pelas taças!
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