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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A influência da Oktoberfest no embebedado Campeonato Alemão

Outubro + festa. A soma destas duas palavras, em português, não causa muito impacto. No máximo, remeterá a algumas celebrações do Dia das Crianças. Já a junção dos termos em alemão já te fez lembrar da Oktoberfest. Se você não foi à Alemanha, com certeza está seco de vontade.

Se você não foi a Igrejinha (RS), Blumenau (SC), Santa Cruz do Sul (RS) ou Rolândia (PR) estará seco de vontade e ainda com o mesmo problema que eu. Se não consegur ir tão perto, imagina na Alemanha?! OK! Desabafo à parte, vamos ao que interessa. Muita cerveja e um colarinho de futebol.

O’ZAPFT IS
A maior festa da sua bebida preferida começou no sábado (20), em Munique, capital da Baviera, no sul da Alemanha. “O’zapft is”, ou, em português, o "barril foi aberto" e eclodiu a 181ª edição. Isso mesmo, a festa começou em 1810. Imaginem quantos litros de cerveja, desde então, já foram consumidos. Assustador, meu brother! Após quatro toques (gesto tradicional), o prefeito de Munique, Dieter Reiter teve a missão de estourar o barril e espalhar 200 litros de cerveja nos turistas (70% do público é formado por turistas) mais próximos. Pronto, os 16 dias de festa já podiam começar. Cada “mass”, ou caneca, tem um 1,069 litro de cerveja e custa 10,10 euros, ou seja, R$ 30,66. Em 2013, 6 milhões de visitantes passaram pela Oktoberfest e consumiram 6,7 milhões de litros da bebida.





FUTEBOL

O futebol é um reino de malucos. Há sites com estatísticas a respeito do desempenho dos clubes no período da Oktoberfest, assunto que tratei em um post no ano passado (clica aqui e aqui). O Bayern, por exemplo, está invicto há 12 jogos no período da Oktoberfest. São nove vitórias e três empates, sendo que o último triunfo aconteceu na última terça (leia mais abaixo). Clube que deveria ser o rival do Bayern, o Munique 1860 atualmente disputa a Bundesliga 2 (segunda divisão do Alemão). Em setembro, a diretoria lançou uma camisa em homenagem ao festival. A ideia era retratar os trajes típicos, a história, a tradição. Tudo bonito na ideia, mas no papel, o uniforme ficou horrível!

Para o bem dos jogadores (mesmo os do 1860), a Oktoberfest é praticamente um vale-night dos clubes. Nesta terça-feira (23), logo após a derrota por 4 a 0 para o Bayern, em Munique, o técnico do Paderborn, Andre Breitenreiter, garantiu: os atletas estavam liberados para curtir a festa. “Amanhã vamos visitar a festa e nos divertir por algumas horas. Os jogadores merecem isto”, disse a veículos locais. Vamos. Ele deve ter realçado bem o vamos. Não muito como quem estará com os olhos nos subalternos, mas como quem irá encher a cara com os subalternos. E é justo. O Paderborn faz ótimo início de Bundesliga, disputa pela primeira vez a elite alemã e merece uns litros de chopp e cerveja nas horas vagas.




HISTÓRIA

A Oktoberfest começou em 1810 como parte das festividades do casamento do príncipe da Bavária com a princesa Therese de Saoxy-Hildburghausen. Em alguns períodos não houve a celebração: duas epidemias de cólera, as duas guerras mundiais, a invasão de Napoleão Bonaparte na região e durante a hiperflação dos anos 1929. Ah, mas "por quê chama-se oktoberfest se começa em setembro"? A organização não é boba e adiantou a festa para aproveitar o fim do verão europeu.

OBSERVAÇÃO - Neste ano, a Oktoberfest bávara termina no dia 5 de outubro. Ou seja, ainda há tempo para dar um pulo na Alemanha e degustar alguns litros de cerveja. E para aqueles que gostam de (ou gostaria de ter) uma desculpa para não votar, o último dia do festival será justamente no dia das eleições presidenciais. Eduardo Jorge aprovaria sua ida a Munique!
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