2ª bala – O São Paulo foi insosso. Teve duas chances durante toda a partida, ambas, em bolas paradas. Converteu em gol graças às falhas da defesa alvinegra e atuou de forma acomodada. Brilhante rodadas atrás pela administração da posse de bola, deu a “gordinha” pro rival e apanhou em Itaquera.
3ª bala – Malcom é uma jóia rara. O Corinthians poucas vezes teve um talento tão alto em mãos. Nem Everton Ribeiro, nem William. Além da velocidade, no domingo mostrou a faceta de armador na ótima bola lançada para Paolo Guerrero no lance que originou o segundo pênalti. Potencial para Seleção.
4ª bala – Kaká é uma ilha. Não apenas no São Paulo, mas no futebol brasileiro. Taticamente perfeito, correu demais e foi um dos poucos que se salvaram no Tricolor. A qualidade de Kaká expõe ainda a queda do nosso nível em relação à Europa. Não se esqueçam que ele era figura descartável no Real.
5ª bala – Parece absurdo, mas a ausência de Elias ajudou o Corinthians. Um dos melhores volantes no país, Elias está em má fase. Fora da partida por dores de garganta, o carrasco do São Paulo deu lugar a outro algoz tricolor: Danilo. Com dois meias, o Corinthians teve posse de bola e minou o rival.

7ª bala – Poucos perceberam, mas a saída de Rafael Tolói contribuiu com a vitória corintiana. O zagueiro fazia ótima perfeita, com cortes precisos, quando sofreu uma lesão muscular. Antônio “Mano Brown” Carlos entrou, deixou o miolo pesado e ao lado de Edson Silva ofereceram buracos muito bem aproveitados pelo Corinthians.
8ª bala – Paolo Guerrero é jogador de jogo grande. Autor dos gols do Corinthians no Mundial de 2012, o peruano cresce quando a partida tem caráter decisivo. Mais um gol sobre o São Paulo, fora a participação direta nos dois pênaltis (no primeiro, dominou com classe e passou para Malcom). Partidaça!
9ª bala – De volta à primeira bala. Um dos argumentos para provar que o Corinthians foi muito superior foi a partida sublime de Dênis. O goleiro do São Paulo fez duas defesaças, uma em cada tempo, em chutes de Malcom. Ele já havia feito defesa monstruosa contra o Coritiba. Substituto de Ceni em 2015, Dênis precisa ganhar confiança desde já e está se saindo muito bem.
10ª bala – Nada tira os méritos do Corinthians na vitória. Mas, convenhamos, o primeiro pênalti foi um dos mais ridículos da história do Brasileirão. O Luís Flávio de Oliveira queria que o Tonhão cortasse o braço? Esqueça a brincadeirinha idiota de “apito amigo corintiano” e se concentre na péssima qualidade da arbitragem brasileira. Um pior que o outro! Até quando seguiremos dependente do amadorismo da arbitragem, hein, CBF?!
FOTOS: © Rodrigo Coca/Agência Corinthians