Real Madrid e Porto são os primeiros classificados para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa 2014/2015. No caminho rumo à Berlim, portugueses e espanhóis viveram roteiros que poderiam caber ao outro lado do território ibérico. O Porto não sofreu contra o Basel. Já o poderoso Real, apanhou do Schalke e mesmo qualificado, deixou o Santiago Bernabéu marcado por hematomas. Cicatrizes que só estão expostas no rosto dos merengues por conta da empáfia estampada durante o jogo de volta.
É claro que para vencer o Real por 4 a 3, na capital espanhola, o Schalke teve seus méritos. Muitos méritos. O principal dele foi atuar de forma abnegada. Se houvesse se desprendido da cautela em Gelsenkirchen, talvez tivesse até levado melhor sorte na eliminatória. Nesta terça, Roberto Di Matteo escalou os Azuis-Reais com três zagueiros, mas com dois alas que faziam parecer que eram 42 alemães contra meia dúzia de madridistas. Um baile tático de Di Matteo no compatriota Carlo Ancelotti. Porém, não é o domínio das peças azuis-reais que deve preocupar o italiano que vestia o terno com a grife branca-real.
A arrogância quase eliminou o Real. Soberba individualista de figuras como Cristiano Ronaldo e Gareth Bale. O português até marcou dois gols e pode ter sido o herói que evitou uma tragédia no Bernabéu. Porém, o que lhe sobrou de estrela/técnica, faltou em comprometimento. Não apenas tático. Não quero que o atual Melhor do Mundo abandone a área em que é rei para ser um mero súdito. Mas ele é empregado do clube que o faz reinar, que o permitiu se igualar a Messi, com 75 gols, na artilharia histórica da Champions.
E não é só Cristiano. Ele é só o exemplo, pois escrever das 11 peças, além de Ancelotti, tornaria este já extenso texto em um cansativo exercício para meus colegas de Blog. Quanto a Ancelotti, seu maior erro foi insistir no trio BBC. O Real, por vezes, foi embaralhado pelo Schalke por marcar com sete peças. Por nem saber quem marcar. E não se omitir em momentos de caos é uma das obrigações do comandante do navio.

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