Latest

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Além de apaixonada, a torcida do Atlético Mineiro tem sempre o melhor roteiro para festejar

Foto: Denis Dias / Gazeta Press
Você nasce com um destino. Neste roteiro, para bilhões de pessoas, está torcer por um clube de futebol. Você pode ser Fla, Flu, Grenal. Pode gritar Vai, Corinthians; São Pau-lo ou que Santos, minha vida é você. A paixão não se mede. Não há torcida mais apaixonada. Há torcedor mais apaixonado. E há quantidade maior de apaixonados. Há menos torcedores do Juventus, mas aquele juventino que ama aquela camisa grená surrada é tão louco quanto qualquer um do bando.

Dizem que há clubes que gostam de vitórias dificeis. Discordo. Todo torcedor (com exceção dos que contam com problemas cardíacos), gostariam de escrever um roteiro com viradas épicas e conquistas improváveis. É um tesão ganhar assim. Melhor que goleada! E hoje há um torcedor que pode se gabar do status de Melhor Roteiro. É um Oscar que não sai da mão do Atlético Mineiro.

Na Libertadores 2013 foram muitas as histórias de superação. Tijuana, Newell's e Olímpia passaram pela faca atleticana. Na Copa do Brasil do ano seguinte, as viradas históricas, com 4 a 1 em Corinthians e Flamengo, foram das coisas mais lindas que o futebol brasileiro já assistiu. Em 2015, após algumas rodadas 'chochas', o Galo chegou na última rodada precisando de um 2 a 0 diante do bom (mas desfalcadaço) Colo Colo. Alguém duvidava que este seria o placar final? Eu acreditava no Galo. Não sabia como seria a história, mas tinha a certeza da superação.

O jogo foi difícil. Os chilenos começaram melhor, mas Lucas Pratto marcou e mostrou ser a melhor contratação dos clubes brasileiros em 2015. 13 jogos, 9 gols e 4 assistências. O jogo seguiu e um lutador Luan foi derrubado na área em um pênalti idiota cometido por Garces. Aí o '2 a 0' estava na mão. Não, não estava. Não seria assim a virada desta quarta. Guilherme, herói de outras horas, acertou a trave. Marota, a bola traiu Guilherme. Mas ela se redimiu.

Já aos '30 e tanto' do segundo tempo, um desvio da zaga do Colo Colo indicava o escanteio, mas a bola, caprichosamente, bateu na bandeira de escanteio e ficou no campo. Guilherme, quase vilão, não parou. Pegou a bola e só tinha uma opção. Virar a bola para o meio, onde estava Rafael Carioca. O volante, de jogo comum, acertou um chute incomum. Descomunal! Um petardo no ângulo. Um gol de um clube que desafia a máxima de que um raio cai só uma vez no mesmo lugar. O Atlético desafia a lógica e já transforma o improvável no óbvio.

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © 2025 LUCAS VALÉRIO | Designed With By Templateclue
Scroll To Top