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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Real, Barcelona, Bayern e Juventus: Semifinais épicas se aproximam na Champions League



FOTOS: GETTY IMAGES
Como qualquer torcedor colchonero, estou decepcionado pelo resultado da semifinal no Santiago Bernabéu. É a frustração de quem sonhava com o título inédito. Mas, no olhar sensato, sem o vermelho e branco cantando mais alto, é óbvio que a semifinal da Liga dos Campeões da Europa 2014/2015 é uma das mais justas de todos os tempos. Ou pelo menos dos últimos tempos. Real Madrid, Barcelona, Juventus e Bayern de Munique. Não há como contestar a presença destes quatro clubes na fase que cria mais desejos no torcedor europeu. 


Vamos por etapas. Primeira parada, Madrid. Nos 180 minutos, ninguém jogou mais que Oblak. O goleiro do Atlético de Madrid foi monstruoso e simboliza o quanto o Real foi superior. Os gols anulados pelo goleiro esloveno nos arremates de Bale (no Vicente Calderón) e Cristiano Ronaldo (no Santiago Bernabéu), tornavam o arqueiro como o rojiblanco que mais merecia a vaga na semifinal. Mas como é praxe neste Atlético, a bola foi dada ao rival, que jogou muito bem, com intensidade e mereceu o gol de Chicharito, o herói improvável.



Carlo Ancelotti também merece aplausos, por conseguir contornar a lista de desfalques com a ousadia de quem sabe ganhar a competição continental. Sergio Ramos como volante foi uma sacada perigosa, mas eficaz. O resultado foi o fim de um tabu de sete jogos do Real sem vencer o rival, que mais uma vez não levará a Champions para o lado vermelho e branco de Madrid. 


Ainda na Espanha, o poderoso Barcelona está em fase de Barcelona. E aí não há quem segure. Além de estar no topo do Espanhol e na final da Copa do Rei, o Barça faz uma temporada convincente, com Neymar, Suarez e, claro, Messi, em alta voltagem. Messi, aliás, me impressiona pelo crescimento tático e coletivo. Não estamos mais diante de uma estrela e sim de um jogador completo.



Com 42 vitórias em 50 jogos, Luís Enrique finalmente faz os culés esquecerem Pep Guardiola. Nas quartas havia um PSG forte do outro lado, mas o Barcelona simplesmente ignorou os parisienses. Uma classificação tão convincente que tornou simples a missão de colocar o Barça na sétima semifinal em oito temporadas. E ainda tem um Iniesta que, aos poucos, volta a atuar em plenitude. É favoritaço! 


Mencionei Guardiola, acima, intencionalmente. Que técnico é o espanhol. Perdeu o primeiro jogo de 3 a 1 e precisa reverter o placar? Nada melhor do que estudar miniciosamente o rival. O Bayern parecia jogar sabedor de cada passo que deveria dar e explorou com excelência os desfalques do Porto. Sem Danilo e Alex Sandro, as alas ficaram mancas e o Bayern triturou os lusitanos justamente pelas beiradas. Thiago Alcantâra foi o maestro do time bávaro. Além de abrir o placar infiltrando na área, foi dele o passe primoroso que encontrou Lahm na direita, antes de Müller tocar para Lewandowski fazer o terceiro.



Na jogada do 3 a 0, aliás, o Bayern trocou 26 passes e bateu o recorde de troca de passes antes de um gol nesta edição da Champions. O Bayern é um time que joga da maneira que o técnico treina. Não há segredo, há treino. Simples, mas complexo. Para os rivais. E na Baviera, o Bayern é uma máquina. Fez 13 a 1 no agregado dos jogos com Shakhtar e Porto. Tudo bem que não são rivais do porte de Manchester City e PSG, que estiveram no caminho do Barça (e foram ignorados). Mas o Bayern é um time que ninguém quer enfrentar na semifinal...


E quem é que querem pegar na semi? O Real? O Barça? A Juventus! Mas a Juventus? Não, não há rival desejável. A Juve pode ser a menos potente, mas é uma força que merece estar entre os 4. Foi segunda colocada na primeira fase? Sim, mas estava no grupo do copeiro Atlético de Madrid. Depois, foi impiedosa contra o Borussia Dortmund e eficaz diante do bom Monaco. Venceu na Itália. Empatou no Principado. Fez o que um clube italiano sabe fazer de melhor. Vencer acima de jogar. Mas a Juve sabe jogar.



Pogba é o melhor volante do Mundo (superou Yaya Touré nesta temporada) e voltará a jogar nas semifinais. Tevez é um dos melhor do Mundo hoje. Esta no nível de Neymar e não é heresia. O argentino é o artilheiro do Italiano e o jogador-chave da Vecchia Signora. E mesmo sem Antonio Conte (Massimiliano Allegri é burocrático, não gosto), a Juve segue com um dos times mais coletivos da Europa. Por isso será tetracampeã na Itália após quase sete décadas. Por isso é tão favorita a repetir 1996 quanto Bayern, Real e Barcelona podem reeditar feitos mais recentes. 


PS.: Na soma dos quatro semifinalistas, temos 37 finais de Champions League em jogo. Demais, meu brother! 
PS.: Palpitão para o sorteio: Real x Barcelona / Juve x Bayern

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