No duelo entre as ‘Esportivas’, o rebaixamento era tema principal. A Santacruzense cruzou o estado já com a marca do descenso registrada. Rebaixada para a Segunda Divisão, a equipe de Santa Cruz do Rio Pardo era o último obstáculo da Itapirense, uma das quatro equipes que entrou na última rodada da A3 com chances de cair de divisão.
Com 21 pontos, a Vermelhinha dividia com Grêmio Barueri, Tupã e Rio Preto a aflição de deixar a Série A3. Mas antes da matemática entrar em ação, uma situação inusitada atrasou o início do jogo. As duas equipes já estavam posicionadas para o apito inicial de Rogério Laranjeira, quando a arbitragem recebeu a informação de que a ambulância presente no local não contava com uma das duas enfermeiras exigidas e que o desfibrilador estava com defeito.
Foram necessários mais de 10 minutos para que a situação fosse normalizada e às 10h12 a bola rolou no Chico Vieira. A equipe treinada por Claudemir Peixoto entrou no gramado do estádio Coronel Francisco Vieira (Chico Vieira) com desfalques. O goleiro Diego Lima, com dores no joelho se uniu a ausências mais longas como os laterais Fabinho, Paulo Henrique e Dênis, o volante Fabinho e o atacante Chuck.
Victor assumiu o gol e Claudemir completou a equipe com Bruninho, Rodrigo Zaqueu, Cléber e Marcelo Vilela; Magno, Rico, Marcelinho e Dedé; Mike e João Paulo. Com uma postura ofensiva, o Coelho partiu para o ataque e logo aos 56 segundos quase abriu o placar com Marcelinho. Após lateral cobrado por Marcelo, João Paulo dividiu com a defesa e o camisa 10 desviou para fora. Aos 3 minutos, Marcelo cruzou, Dedé ganhou da zaga, girou e bateu para fora.
O que parecia ser uma blitz até o gol inaugural se transformou em marasmo. A Itapirense dominava as ações, detinha a posse de bola, mas sem objetividade. Mike e Dedé eram os que mais procuravam jogo, mas as chances reais eram mínimas. Até mesmo o grande número de escanteios era em vão. Até que aos 21 minutos, Bruninho recebeu de Magno e cruzou na área.
Marcelinho, livre, cabeceou para fora a melhor chance do primeiro tempo. Mas o meia repetiu a história do duelo com o Taubaté. Contra o Burro, 10 minutos após perder um gol feito, ele se redimiu. Diante da Santacruzense ele foi ainda mais rápido. No minuto seguinte, após jogada entre Bruninho e Rico, Marcelinho recebeu na área e soltou a bomba! 1 a 0 para a Itapirense e alívio no Chico Vieira.
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O resultado reduzia a pressão e garantia a equipe de Itapira na A3 em 2016. Porém, o relaxamento culminou em mais espaços para o adversário. O presidente/técnico Sidney Maluza mexeu na Santacruzense, colocou Luci na vaga de Felipe e o ataque visitante ganhou em movimentação. O próprio Luci arriscou chute perigoso aos 31 minutos. Léo Torres também arrematou perto da trave de Victor. Marcelo Vilela respondeu para a Esportiva, mas Braz defendeu bem o chute do canhoto.
O primeiro tempo ainda terminou com uma expulsão. O zagueiro Lucas Barreto cometeu falta no meio-campo, parou o contra-ataque de Bruninho e recebeu o segundo amarelo no jogo. Na volta do intervalo, Maluza mudou mais uma vez a Santacruzense. Buchecha entrou na vaga de Diego. A Itapirense, com um a mais, tentou explorar a superioridade numérica. Logo no primeiro minuto, Mike partiu em velocidade pela esquerda, mas o cruzamento parou na defesa. Aos 2, Marcelo chutou de longe e a bola explodiu na trave direita de Braz.
Com 10 em campo, a Santacruzense até mantinha uma postura ofensiva, com até três jogadores posicionados no ataque, mas nenhuma oportunidade era criada. A Esportiva, com o placar favorável, relaxou. Em um toque para trás, Bruninho foi criticado pela torcida, e sinalizou o placar de 1 a 0, justificando o recuo. Claudemir chegou a mexer no ataque, quando João Paulo deu lugar a Alex Pires. O camisa 17 teve duas boas chances.
Primeiro, aos 22, após jogadaça de Dedé pela direita, Alex Pires tocou de letra e Braz defendeu. Depois da parada técnica (o sol fervia o Velho Chico), Alex saiu na cara de Braz, chutou forte e goleiro espalmou para escanteio. As oportunidades na bola parada seguiam até que aos 28 minutos, Dedé cobrou escanteio da esquerda, Rodrigo Zaqueu desviou no primeiro pau e Cléber, meio que sem querer, desviou para o gol: 2 a 0. Ali, o jogo acabou.
Mas ainda havia tempo para a torcida curtir os minutos finais. Sem a pressão do rebaixamento, a Itapirense construiu um belo gol aos 34 minutos. Marcelinho recebeu na direita e de calcanhar deu pelo passe para Bruninho, que cruzou de primeira para Alex Pires. O camisa 17 dominou, colocou no chão e cruzou para Dedé, livre, só empurrar: 3 a 0 e fim da agonia na luta itapirense contra a degola...
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