
Neste domingo o futebol brasileiro concentra as atenções nas finais dos estaduais. Não há o charme de décadas passadas, mas diferente das morosas primeiras fases, as finais são finais. São emoção. São provocação. Mas o que esperar dos confrontos desenhados na semana passada?
Em São Paulo tem Palmeiras x Santos. Ingressos esgotados, Allianz Parque lotada e um duelo que não decide um Paulistão desde 1969. O primeiro jogo já tem ingredientes para um grande jogo. E mistério. O Palmeiras não garante Valdívia e Zé Roberto. Lucas está fora, Gabriel pode ir para a lateral e Cleiton Xavier é quase uma certeza no meio. Quase... No Santos, o Aedes pegou o Werley, mas não se sabe se Gustavo Henrique (machucado) ou Paulo Ricardo fará dupla com David Braz. Robinho é o mistério-mor e, se não jogar, será um desfalque e tanto.
O camisa 7 é o técnico do Santos. Presenciei suas instruções ao elenco durante jogo do Peixe com o Mogi Mirim e sua ausência não seria apenas técnica, mas psicológica. Espero que Robinho jogue. Que Valdívia jogue. Que Santos e Palmeiras joguem. Os dois times tem DNA ofensivo, mas o medo de perder a final e a cautela por ser o primeiro jogo podem dar um marasmo ao duelo na Turiassu. Que não seja assim!
No Rio de Janeiro, Botafogo e Vasco da Gama farão a quarta final de carioca entre os alvinegros fluminenses. Em 1948, 1968, 1990 e 1997 o Fogão venceu. Dá para esperar a quebra de um tabu? Por que não?! Os dois times estão em construção e possuem um nível parecido. No duelo entre eles, o 1 a 1 mostrou que o equilíbrio existe. Em General Severiano, comemorasse a presença de Bill, que foi dúvida durante a semana.

Já Jobson, punido pela FIFA com quatro anos de suspensão por se recusar a fazer um exame anti doping, não fará muita falta. No Vasco, aposto em Gilberto como estrela e na estrela de Dagoberto. Além de Doriva, campeão em 2014 com o Ituano, em São Paulo. O ex-volante tem a chance de quebrar um jejum de 12 anos sem títulos cariocas do Vasco. Já o Botafogo, presente em sua oitava final em dez anos, busca o quarto título neste período de hegemonia estadual
No Rio Grande do Sul, para variar, tem Grêmio x Internacional. Tem Grenal! O 25º que decide título Gaúcho. O Tricolor já ganhou 12. O Colorado também ganhou 12. Como Diego Aguirre esconde a escalação e prevê a escalação de um time misto, não sei o que esperar. Só sei que em 1995, Felipão também pôs um 'Banguzinho' e mesmo assim ganhou do rival. Se for apostar em alguém para decidir o estadual por lá, aposto em Valdívia. O genérico cada vez mais original está em grande fase e rivaliza com Giuliano e Luan pelo posto de peça fundamental entre os rivais dos pampas.

Em Minas Gerais, espero o título do Atlético-MG, mas torço pela Caldense. Como Poços de Caldas é aqui 'pertim' de Itapira, não dá para esconder o apreço pela Veterana. O time treinado por Léo Condé (ótimo treinador) fez a melhor campanha na primeira fase e evitou mais um Cruzeiro x Atlético. Com uma formação compacta, a Caldense será um adversário chato para o Galo. Uma pena o segundo jogo não ser em Poços de Caldas e sim em Varginha, já que a vantagem de decidir em casa é da Veterana. Mesmo assim há chances de vermos a Caldense repetir o Ipatinga, último campeão interiorano em Minas.

Em Santa Catarina também há um fora-capital na final. Mas é o Joinville, campeão da Série B. Time de Série A. Contra o Figueirense, a única chance do JEC perder a taça é esbarrar no ótimo técnico Argel. Na Bahia, o Vitória da Conquista tentará zebrar diante do Bahia, mas aposto no Tricolor de Aço com o trio KGB formado por Kieza, Gamalho e Biancucchi, autores de 25 dos 44 gols tricolores em 2015.
Rival do Bahia na Copa do Nordeste, o Ceará fará a final estadual com o rival Fortaleza. É um dos clássicos das finais de 2015. Embalados pela competição regional, o Vozão surge como favorito, apesar das ausências de William e Wescley. Já em Goiás, o Goiás enfrenta o azarão Aparecidense. Comandado por Márcio Goiano, ex-Mogi Mirim e Figueirense, o clube do interior fez a segunda melhor campanha na primeira fase e tenta o título inédito do Goianão. A melhor campanha da A.A.A foi em 2013, quando ficou em quarto lugar.

0 comentários:
Postar um comentário