Configuração
– Sem Serginho (suspenso) e Bruno Veiga (machucado), Sérgio Guedes ficou sem
velocistas, mas não abriu mão de jogar com atletas de beirada. Elvis foi o
escolhido para atuar aberto pela esquerda. Geovane foi mantido na direita e
Rivaldinho completou a linha ofensiva. Mais atrás, Hygor foi o volante com mais
liberdade, tal como já havia acontecido em Fortaleza, no sábado, diante do
Ceará. Na vaga do suspenso Magal, entrou Henrique Motta, que fechou a cabeça da
área em dobradinha com Memo. Na defesa, sem novidade. Uma linha de 4 com
Ratinho, Sanches, Paulão e Luan. E no gol Daniel, único titular nos 14 jogos.
Sonolência
e barragem – O Mogi Mirim fez 15 minutos apáticos. Sem um articulador, faltou
uma cabeça pensante para dar fluidez na transição defesa-ataque. A bola batia
em uma parede e o Braga agradecia. Outro fator que contribuiu para a sonolência
foi o remédio aplicado por Vagner Lopes. Quando os visitantes eram atacados,
duas linhas com quatro jogadores eram formadas à frente da área de Douglas e os
raros chutes criados em jogadas pela direita do ataque mogiano eram travados
antes de chegar à defesa. Neste período, uma boa chance. Geovane, em lance individual, chutou na rede
pelo lado de fora...
Erros
e punição – Enquanto errava passe e conclusões na frente, o Mogi não era
incomodado e o jogo ruim apenas estressava o torcedor. Já aos 20 minutos, quem
tinha a missão de articular (e não tem este perfil), errou e o Bragantino
aproveitou. Hygor tocou errado perto do círculo central, a bola sobrou para
Jocinei (ex-Corinthians e bom armador) e dele foi para Alan Mineiro. O camisa
10 fez o gol. E o Mogi sentiu o golpe...
Mudança
só de peça – Sérgio Guedes corrigiu a ausência de um armador e aos 26 minutos
pôs Gustavo no lugar do volante Memo. Hygor e Motta ficaram como únicos
volantes, mais presos e Gustavo centralizado no meio. O problema é que os erros
continuavam... os ‘memo’. Ainda não vi
os números do Footstats, mas creio que foi o jogo em que o Mogi errou mais
passes (e olha que o Sapo é um dos times com melhor índice de passes certos da
Série B). Da entrada de Gustavo até o fim do primeiro tempo, só uma boa chance.
Geovane se criou bem pela direita, mas Gustavo, de frente para o crime,
isolou...
Expulsão bizarro – Durante seis minutos poucos devem ter percebido que o Mogi tinha dois
‘camisas 3’. Até que Flávio Rodrigues Guerra (o mesmo que irritou a torcida do
Sapo na eliminação na semifinal de 2013, contra o Santos) chamou o árbitro
Antonio Rogério Batista do Prado. Amarelo por atitude anti-desportiva. E como
já tinha amarelo, Paulão foi expulso. No segundo amarelo, acertou a arbitragem, apesar da regra ser discutível. Seria de bom senso apenas
a orientação para a troca da camisa. Mas, vai esperar o que da FIFA... O que o torcedor pode questionar é que, no primeiro tempo, a falta que resultou no primeiro amarelo do zagueiro foi bem, mas bem discutível. Sem aquele amarelo, o Mogi seguiria com 11 mesmo com o vacilo amador (não apenas do roupeiro, já que todos, do Paulão ao gandula, deveria ter percebido a dupla de camisa 3.
Quando 10 é igual a 11 – Como o Bragantino entrou para se defender e depois do gol plantou toda
Bragança Paulista atrás d alinha da bola, perder Paulão não mudou muito a vida
do Mogi. Motta foi recuado e o time seguiu com a mesma quantia de peças no
ataque. Na tática, tudo igual.
Gol e domínio – A expulsão fez
pouca diferença no tabuleiro do jogo. Mas, o que influenciou no domínio do Mogi
na primeira metade do segundo tempo foi a bola parada. Aos 10 minutos, Gustavo
cobrou escanteio, a defesa do Bragantino marcou mal e Geovane, livre no segundo
pau, fez gol parecido com o outro dele na Série B, contra o Bahia. O 1 a 1
acuou ainda mais o Braga e estimulou o Mogi a atacar. Só que faltou qualidade
para transformar o domínio em chances. Os erros nos passes continuaram. Além
disso, Ratinho, muitas vezes livre pela direita, não era acionado...
Toma lá, dá cá – Lançado ao ataque,
o Mogi cedeu espaços que o Bragantino só usou aos 26 minutos. Na primeira
estocada da etapa final, Lincoln, solitário na área, só empurrou. O gol
frustrou o Mogi nos minutos seguintes, mas o time seguiu avante. Aí, resolveram
acionar Ratinho. Aos 32, ele escapou pela direita, cruzou e Geovane empatou.
Detalhe para a ‘maldição da camisa 3’. Se o excesso dela causou a expulsão de
Paulão, do Mogi, foi o ‘3’ do Braga, Leandro Silva, quem furou e proporcionou a
Geovane a chance de fazer seu 16º gol com a camisa do Mogi.
Um
acerto que deu errado – Logo após o gol de empate, Sérgio Guedes fez uma mudança
pouco usual. Sacou Geovane, autor dos dois gols e colocou Renato Camilo. Trocou
atacante por zagueiro. O time recuou, mas imaginei que a intenção de Guedes foi acertada. Reposicionar a defesa, fixar três zagueiros e dar liberdade para os laterais virarem alas e os meio-campistas se aproximarem de Rivaldinho. Só que o time recuou... E até a intenção de reforçar a bola alta (ressaltada por Guedes na coletiva) foi frustrada, já que foi justamente assim que o Bragantino conseguiu vencer. Aos 47. Segundos depois de Gustavo perder grande chance após um bolão do ala Ratinho...
Balanço - O Mogi Mirim sentiu muita a falta de um velocista. Serginho está em boa fase e foi o diferencial nos últimos jogos. Bruno Veiga, outra opção, está lesionado. Guedes tentou aproximar a escalação daquilo que vinha jogando, mas Elvis ainda não emplacou. Não engrena. Após um primeiro tempo apático, contra um time que jogou por uma bola e achou no descuido do Sapo, a equipe foi aguerrida em um insano segundo tempo. Mogi e Bragantino pediram para perder e só um conseguiu. Fato é que, pela disposição e pelo segundo tempo com um homem a menos, o Mogi merecia, ao menos, o empate. Já pelo conjunto da obra e pela eficiência bragantina, o resultado foi justo.
De bom fica a entrega da equipe, que havia jogado no sábado em Fortaleza e viajará para Belém na quarta.
De ruim a falta de opções no elenco quando há muitos desfalques e jogadores em uma jornada de baixa inspiração, como Rivaldinho.
Balanço - O Mogi Mirim sentiu muita a falta de um velocista. Serginho está em boa fase e foi o diferencial nos últimos jogos. Bruno Veiga, outra opção, está lesionado. Guedes tentou aproximar a escalação daquilo que vinha jogando, mas Elvis ainda não emplacou. Não engrena. Após um primeiro tempo apático, contra um time que jogou por uma bola e achou no descuido do Sapo, a equipe foi aguerrida em um insano segundo tempo. Mogi e Bragantino pediram para perder e só um conseguiu. Fato é que, pela disposição e pelo segundo tempo com um homem a menos, o Mogi merecia, ao menos, o empate. Já pelo conjunto da obra e pela eficiência bragantina, o resultado foi justo.
De bom fica a entrega da equipe, que havia jogado no sábado em Fortaleza e viajará para Belém na quarta.
De ruim a falta de opções no elenco quando há muitos desfalques e jogadores em uma jornada de baixa inspiração, como Rivaldinho.
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