Tarde de quarta-feira. Mais um treinamento do Mogi Mirim em seu Centro de Treinamento, localizado em Mogi Guaçu. Tudo bem, a área é pertence a Rivaldo, ex-presidente do Sapo, mas é na área adquirida por Wilson Barros, no início da década de 90, que o clube cumpriu mais uma etapa da preparação para mais uma final na Série B.
O dono do CT também é o dono da chave para o Mogi vencer o ABC. Não apenas pela sua qualidade. Contra Náutico e Macaé, Rivaldo desfilou técnica e apesar da longa idade, provou que ainda dá um caldo. Caldo dos bons. Mais do que a grife (R10), é a presença de um meia lúcido que me anima ao analisar as chances do Mogi contra o ABC. Diante do Bragantino, faltou criatividade ao setor de criação (redundante, hein?) e com 'mais do mesmo', o Sapo se igualou ao rival, que aí sim pôde apostar nos erros do Mogi.
Peguei o duelo com o Bragantino como referência pois, assim, como contra o ABC, será no Romildo Ferreira. Sérgio Guedes já disse que Rivaldo está sendo preparado para jogos em casa. Nem tanto pelas viagens (para quem jogou em Angola, viajar para Fortaleza é mamão com açúcar). A questão é tática. Quem visita o Mogi costuma jogar 'por uma bola' e obriga o Sapo a usar o cérebro no meio-campo. Para a lamentação do torcedor mogiano, não há outras alternativas a Rivaldo. Gustavo, o mais próximo, deve ser um bom genro, mas ainda não consegue atuar com tesão. Tem potencial para armar, mas não entra na loja com vontade de brigar com o gerente.
Elvis, Franco e Everton Heleno, outras opções para a meia, possuem características bem diferentes, além de apresentarem algumas limitações técnicas (no caso de Heleno, falta ainda se recuperar da eterna lesão). Pois bem, Rivaldo está na iminência de voltar. Na tal quarta, no tal CT, foi titular em um meio-campo carregado por Magal e Franco. O camisa 10 se movimentou muito. Apareceu algumas vezes pela direita, muitas vezes pela esquerda e quase sempre pelo meio. Fez o pêndulo no setor, preenchendo o terreno entre as duas cabeças da área. Fez a bola girar e acionou os atacantes Geovane e Serginho, além de tabelar algumas vezes com o filho, Rivaldinho.
Pelas postagens de colegas da imprensa potiguar, o ABC terá muitas mudanças justamente no meio-campo. Não sei se para marcar Rivaldo ou se para, simplesmente, reduzir os erros que fizeram o Alvinegro acumular cinco derrotas seguidas. Fato é que a chave do Mogi para abrir o ABC está na sua camisa 10. E, principalmente, no favorito para vesti-la na noite deste sábado.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Rivaldo e sua camisa 10 são as chaves do Mogi para abrir o ABC
SOBRE O AUTOR

Lucas Valério
Jornalista formado em 2009 pela Universidade Paulista, repórter do jornal O Impacto, setorista do Mogi Mirim EC, narrador da Rádio Clube. Apaixonado por esporte. Viciado em futebol.
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