AUTOR: JOÃO GONÇALVES | FOTO: ASSESSORIA DA PONTE PRETA
Quando escrevo um texto forte como escrevi após a acachapante derrota para o São Bento dentro de casa, em nenhum momento o objetivo é criticar por criticar, denegrir a imagem ou muito menos ofender alguém. A busca é para que os jogadores e demais profissionais entreguem aquilo que podem. Não dá para pedir para esse time uma exibição de gala, toques de classe e gols bonitos. É possível porém exigir um time que corra mais, que brigue mais, e principalmente que acreditem que fazer melhor só depende deles. E eles fizeram. Então, se falamos em dedicação, hoje é dia de tirar o chapéu.
Se um dirigente de clube que está buscando reforços para montar seu time no jogo de hoje, certamente pode ter gostado de um ou outro jogador do Mogi. E o caminho é aberto para eles mesmos, não é para mim nem para você. Que os atletas tenham essa consciência até o fim do estadual. Assim da até para começar a pensar em escapar. Ao contrário, no jogo do fim de semana, só jogadores do Bentão chamaram a atenção. Não embarco na tese de que o Sapo só ganhou porque o campo estava ruim e nivelou tecnicamente o jogo. O time da Ponte é esse aí mesmo, bem discutível para dizer o mínimo.
Flávio Araújo tem um mérito. Três jogos e três sistemas diferentes. Quando nada está funcionando isso é um mérito. Sinal de que não é cabeça dura, teimoso e que também não gostou do que viu nos últimos dois encontros. Primeiro tentou manter o 4-2-3-1 de Toninho. Depois passou ao 4-4-2 tradicional. E hoje foi com o 3-5-2 de tanta história no Mogi. Talvez tenha achado a formação ideal. Mas, independentemente dos números, fez uma modificação que era óbvia desde a rodada inicial. Sacou o lento e ineficiente Wendell e lançou mão de Alex Reinaldo. Muito, muito mais lateral. Acabou a Avenida Mogi Mirim pelo lado direito. Esse não volta mais.
A destacar ainda a grande atuação do zagueiro Saimon. Jogou como bom xerife. Firme, mas na bola, sem perder um lance. Já Gabriel Dias e Bruninho tentaram ser xerifes na marra e acabaram no chuveiro. Excesso de vontade e muito pouco raciocínio. Até bons jogadores, mas sem preparo emocional. Para o próximo jogo, provavelmente Neto e Josa que vão precisar subir o nível até agora mostrado para não comprometer. Mas, o adversário é o Novorizontino e é possível sonhar. Com sangue na veia Sapão ainda respira.
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