Palmeiras 2 x 0 Tigre: Exorcismo palestrino e crise domada

Caio comemora o primeiro gol do Palmeiras no Pacaembu/Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Os pecados alviverdes na temporada foram temporariamente perdoados. Os demônios palestrinos foram exorcizados, ao menos, de forma interina. Na noite desta terça-feira, 2, o Palmeiras venceu o Tigre-ARG por 2 a 0 pela quarta rodada do grupo 2 da Copa Libertadores da América. E a liberdade restituída pelas alamedas do Palestra Itália foi construída em noite iluminada de Caio e Charles, autores dos gols e de Vinícius, dono das assistências.

O garoto Vinícius, aliás, entrou em campo na vaga do lesionado Patrick Vieira e foi o principal jogador em campo. Insunuante, domou a defesa açougueira da equipe argentina. Mas calma, o Tigre é assunto para daqui a pouco. Antes vamos falar do que verdadeiramente interessa. Velado há sete dias, o Palmeiras levou seis gols do Mirassol e foi alvo de piada pelos quatro cantos do mundo. Até na Coréia do Norte, em meio à possibilidade de guerra com a vizinha Coréia do Sul, havia um Psy pronto para chamar truco ao avistar um alviverde.

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Uma semana depois o clima entre os torcedores palestrinos teve um giro de 180º. Não que a diretoria tenha corrigido os defeitos que há anos mancha uma das maiores instituições do futebol brasileiro. Não que Kleina tenha virado Guardiola ou Márcio Araújo um novo Xavi. Mas a torcida que canta e vibra, essa sim, mostrou que no ardor da partida, tranformou a lealdade em padrão. A festa ocasionada por 20.161 palmeirenses que ao ritmo de "da-le Porco, da-le Porco", deram ao Pacaembu um ar de que estava ressurgindo o alviverde imponente. Que assim continue. Que não haja ilusão quanto à qualidade do elenco atual. O Palmeiras não é um Bayern, mas também não é o Nacional da charmosa Nicolau Alayon como insistem em o transformar Contursis, Della Monicas e Tirones da vida...


TIGRINHO - Um Tigre não incomoda muita gente, mas bate... Como é nojento ver a deslealdade do Tigre. Desde a fuga dos tigrinhos contra o São Paulo na final da Copa Sul-Americana em 2012, o time do Monumental de Victoria mostrou mais uma vez que não merece estar em uma competição tão grande quanto a Libertadores.