sexta-feira, 8 de abril de 2016

Robinho, Thiago, Gabriel Dias, Mauro... e as voltas do 'Mundo da bola'

Passar pelas categorias de base de um clube geralmente cria um vínculo. O garoto, que antes era corintiano passa a ser flamenguista pelo carinho. Pela gratidão. Às vezes há os ingratos, é verdade. Aqueles que mandam o fã da sua antiga e primeira casa se silenciar ou que gera transtornos judiciais por ir na conversa de empresários nada interessados em gratidão. Mas, parece, que casos tão chulos assim são minoria.

No domingo (10), o estádio Vail Chaves terá vários reencontros de cria e criador. Gabriel Dias, Bruninho e Wendel, pratas da casa palmeirense, estão hoje no Mogi Mirim. Robinho e Thiago Martins, que nasceram para a bola no Sapo, hoje são alviverdes. A bola dá suas voltas e pode resultar na famigerada ‘lei do ex’. Gabriel Dias é volante-volante. Ou melhor, zagueiro-volante. Improvisado no meio, posição em que atuou no profissional do Palmeiras, o jogador não esconde o respeito pelo Palmeiras (ouça entrevista abaixo).



Sem marcar gols ainda pelo Sapo e por ter escapado de um gancho que o deixaria fora do duelo com o Verdão (seu julgamento foi adiado para segunda, 11), Dias é candidato a exercer a ‘lei do ex’. Por outro lado Bruninho é exceção, já que uma cláusula obriga o Mogi a pagar o Palmeiras para usá-lo no confronto. Wendel, opção para a vaga, deve ser reserva de Josa. Wendel, aliás, é das antigas. Surgiu na base do Vitória (BA), passou pelo Juventus da Mooca, mas se profissionalizou no Verdão. Estreou em 2006, em uma Libertadores. Agradou, desagradou, foi emprestado e agora empresta a experiência de títulos e rebaixamentos ao Mogi Mirim.

Robinho também começou a vida profissional em 2006. Bem diferente de Wendel estava na nada glamorosa Copa Paulista. No mesmo ano levantou o troféu de campeão paulista sub20. O início da trajetória no Mogi Mirim indicava sucesso e após um oscilante 2007 na Série A2, foi peça chave do Sapo no acesso de 2008. Marcou oito gols, deu assistências e chamou tanto a atenção que foi vendido para o Santos. Foi a última grande negociação da Família Barros. Foi no último ano do clube na A2. Série que o Sapo pode retornar em jogo que o próprio Robinho pode ser protagonista. Para o bem ou para o mal.

Thiago Martins é de uma geração bem mais nova. Começou na Escola Oficial do São Paulo, hoje um de seus arquirrivais. Chegou à unidade mogimiriana vindo de Andradas (MG) e logo foi aprovado na base do Mogi Mirim. O posicionamento inteligente o fez se destacar entre os beques e já em 2012 treinava com os profissionais. Tinha apenas 17 anos. No ano seguinte foi cedido para a Energy Sports. A empresa ficou com 80% dos direitos econômicos do zagueiro como parte da ‘dívida’ do clube com Hélio Vasone Júnior, dono da Energy. Thiago foi prontamente vendido ao Palmeiras. Atuou na base do Verdão, sofreu lesão, se recuperou e no Paysandu ganhou destaque. Desde o início da temporada tem conquistado espaço e hoje briga com o experiente Edu Dracena por uma vaga como titular.

Dracena não tem nada haver com a base do Mogi. Apesar de ter marcado um dos gols mais sentidos pelo mogimiriano. Empatou o jogo que o Sapo vencia o Santos por 1 a 0 e se classificava para uma inédita final de Paulistão. Ganhou títulos no mesmo Santos em que Mauro, outra cria da base do Mogi Mirim brilhou, em 2004. Mauro também é destes de vários voltas. Em 2006, pelo Noroeste, enfrentou o Sapo no jogo que rebaixou o Mogi para a A2. Era rival do time de sua cidade. Hoje, aos 38 anos, 10 anos depois, deu a volta e voltou à sua casa. Pode ajudar seu time de criação e coração a evitar um rebaixamento. Vive situação antagônica à de Gabriel, Robinho, Wendel e Thiago. Coisas desta nada ortodoxa bola...

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