O Cruzeiro foi eliminado pelo Atlético-PR, em partida válida pelas das oitavas da Copa do Brasil. O resultado por 2 a 1 - com gols de Guerrón e Ligüera para o Furacão e Wellington Paulista para o Cruzeiro - encerra a participação da Raposa na competição nacional, uma vez que o primeiro duelo entre as equipe acabou em um triunfo por 1 a 0, na Vila Capanema. Agora, o Cruzeiro se prepara para a estreia no Campeonato Brasileiro, no dia 20/5, contra o Atlético-GO, em Uberlândia-MG. Já o Furacão enfrentará o Palmeiras, que despachou o Paraná clube na outra chave do torneio.
O JOGO - O confronto decisivo começou com muita correria dos dois times. O Atlético-PR tentava acionar seu rápido ponta Guerrón, mas os erros de passe atrapalharam as investidas do Furacão. O Cruzeiro, por sua vez, tentava utilizar as técnicas de Roger e Souza - que jogou no lugar do machucado Montillo - para achar os atacantes na área do time de Curitiba. A equipe mandante, precisando do resultado de qualquer maneira, parecia mais ligada no jogo e ganhava a maioria das divididas. A raça de Wellington Paulista levava perigo para a defesa do Atlético-PR, mas a pontaria descalibrada de Anselmo Ramon não dava muito trabalho ao goleiro Rodolfo.
O jeito foi explorar as jogadas de bola parada, já que o time de Juan Carrasco abusava das faltas na partida. Souza se encarregava de bater na bola, mas nas três primeiras tentativas, a barreira e o arqueiro paranaense impediram o gol. Sem Paulo Baier, o Furacão não conseguia construir jogadas e o Cruzeiro dominava as ações do duelo. Contudo, foi justamente em uma saída de bola errada que a Raposa levou o castigo pelas oportunidades perdidas.
Vídeo: Veja os gols de Cruzeiro 1 x 2 Atlético-PR
O uruguaio Liguera enfiou uma bela bola para Guerrón, que saiu na cara do goleiro Fábio e, com extrema frieza, tocou na canto direito do camisa 1 celeste. O gol sofrido criou um clima ruim do Cruzeiro com uma discussão enter Roger e Everton, juntamente com o protesto da torcida contra o técnico Vágner Mancini. E o experiente meia-atacante acabou complicando de vez a situação ao simular um pênalti e ser advertido pelo segundo cartão amarelo, culminando na sua expulsão, aos 35 minutos do primeiro tempo. Coincidência ou não, bastou Roger sair de campo para o Cruzeiro empatar com Wellington Paulista, em cobrança de pênalti. Inflamado como sempre, o artilheiro celeste fez o time crescer e Leandro Guerreiro quase colocou a Raposa na frente do placar, com um disparo bem direcionado, na entrada da área de Rodolfo.
O SEGUNDO TEMPO - Na volta do intervalo, os comandados do técnico Mancini entraram dispostos a cumprir a difícil missão, fazer mais dois gols no Furacão e carimbar a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Contudo, com um a menos, o domínio e o ritmo de jogo do Cruzeiro sumiram. Aproveitando a falta de capricho nos passes simples e os espaços vazios na zaga, a dobradinha estrangeira entre Ligüera e Guerrón se repetiu aos 14 minutos do segundo tempo. O equatoriano disparou pela ponta esquerda, chegou na área livre de marcação e não foi egoísta: rolou para o apoiador uruguaio do outro lado do campo, Ligüera pegou em cheio e venceu o goleiro Fábio com um chute cruzado, firme e rasteiro.
Após ficar com a vantagem do placar, novamente, o time paranaense teve que lidar com a revolta do meia-atacante Souza. Primeiro, o atleta celeste pegou Guerrón e recebeu cartão amarelo por isso. Minutos após o lance, Souza voltou a entrar forte, só que a vítima foi o lateral-esquerdo Herácles. O camisa 10 da Raposa deixou o pé na altura do estômago do jovem atleticano, que teve que ser atendido e quase deixou o time paranaense com um a menos em campo.
Mancini, vendo a desclassificação cada vez mais perto, modificou o time de uma vez e promoveu as duas substituições restantes no espaço de poucos segundos. O Cruzeiro foi para cima sem se preocupar muito e quase chegou ao empate com uma cabeçada certeira de Wellington Paulista, que Herácles afastou em cima da linha do gol. Todavia, com a chegada dos minutos finais, o cansaço chegou para a Raposa e a equipe comandada por Juan Carrasco chegava ao gol celeste sem grandes dificuldades e só não ampliou a vantagem no jogo por um erro de Bruno Mineiro. Nos instantes derradeiros do confronto, o toque de bola apático do Cruzeiro simbolizou o sentimento entre os jogadores mineiros. Ao Atlético-PR, restou ter calma para comemorar a classificação na Copa do Brasil.
VAGNER MANCINI PEDE DEMISSÃO
O técnico Vágner Mancini não está mais à frente do Cruzeiro. O treinador não suportou as eliminações para o América, pelo Campeonato Mineiro, e para o Atlético-PR, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Após a derrota para o Furacão, Mancini comunicou sua saída à imprensa mineira.
- Gostaria de dizer que estou entregando o cargo. Queria relembra dois aspectos muito importantes: o clube foi deixado na minha mão em um dos momentos mais importantes de sua História. O Cruzeiro lutava para não cair e tinha um clássico importantíssimo à frente de seu maior rival. Felizmente, conseguimos o resultado e saímos ilesos deste problema. Espero que possamos seguir no futebol, com a mesma amizade de sempre - declarou.A decisão de Vágner Mancini não aconteceu em função do resultado negativo. O ex-treinador cruzeirense admitiu que sua opção seria igual, mesmo se a Raposa conseguisse a classificação para as quartas de final da competição nacional.
Com informações do LANCENET

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