Latest

segunda-feira, 6 de julho de 2015

100 dias de jejum, sem margem para tropeços e R$ 100 pelo ingresso: O Mogi em três pontos



A paciência do torcedor do Mogi Mirim estourou há dias. Talvez a gota d'água tenha sido a derrota para o Boa Esporte, então lanterna, em pleno Romildo Ferreira. Era o quinto jogo da Série-B. O primeiro após a saída de Edinho. Chegou Ailton, saiu Ailton e cinco jogos depois o clima de rebaixamento prematuro persiste. Não há norte para quem está na arquibancada. O Mogi tem três pontos em 30 possíveis. Antes do 11º encontro, mando aqui três pontos sobre o atual momento do Sapo. 


100 DIAS DE JEJUM


Falamos muito da lanterna da Série B, mas a má fase é mais distante. Nesta segunda (6), o Mogi Mirim completou 100 dias sem vencer. Desde 28 de março o torcedor não celebra uma vitória. Foram duas derrotas no Paulistão (com a eliminação neste período) e 10 jogos de seca no nacional. Mas vou além. No último triunfo, o Mogi fez 2 a 0 sem empolgar no já rebaixado Marília. Antes, já estava há um mês sem vencer. Ou seja, desde 28 de fevereiro, quando fez 2 a 0 no Rio Claro, o Mogi disputou 19 partidas. Em 128 dias, venceu um jogo, perdeu 12 e empatou seis vezes. Destes 18 tropeços, oito foram em Mogi Mirim. Oito vezes o torcedor saiu frustrado do Romildo Ferreira.

O próximo compromisso em casa será nesta terça-feira (7/7), a partir das 19h30, contra o Náutico. O Timbu é o terceiro colocado, tem um dos melhores times da Série B e vem de vitória. Mais uma bucha para um time em busca de estabilidade. O Náutico não tem desfalques sensíveis e Lisca adiantou que escalará força máxima. O time tem os experientes Júlio César (ex-goleiro do Corinthians) e Fabiano Eller (ex-zagueiro do Internacional). Para que o jejum não ultrapasse os 100 dias, o torcedor, que não está paciente, terá que extrair calma de algum lugar. Será um jogo complicadíssimo e o time terá que estar psicologicamente preparado para furar a defesa alvirrubra e, por ventura, buscar um empate ou uma virada. Um teste gigante para saber se há mesmo chances do Mogi reagir na Série B.

SEM MARGEM PARA TROPEÇOS

Caso não vença, não dá desculpa de empate ou derrota para um dos melhores. A cada rodada, o Mogi aumenta a necessidade de ter um aproveitamento de luta por G4 para fugir da degola. Sei que Sérgio Guedes ainda está conhecendo o grupo, mas, insisto no discurso de mudança no esquema. O Mogi precisa atuar no 3-5-2, explorar a qualidade ofensiva de seus laterais e aumentar à proteção às suas costas. Fábio Sanches jogará.

Saiu com câimbras do duelo com o América-MG e está à disposição. Ou seja, o melhor zagueiro entre os disponíveis (Wagner está afastado) pode ser o pilar deste 3-5-2. E não é retranca, é segurança. Além disso, Ratinho e Leonardo podem se tornar armadores pelos lados e aumentar o poder de fogo de um time que depende de Gustavo, um menino com técnica, mas ainda imaturo para carregar o Mogi. Como o treino desta segunda não foi aberto, também não sei dizer se Rivaldo estará em campo. Se jogar, mesmo com a natural limitação física, pode ser mais uma fonte de criação em um time que, repito, não consegue criar. Se Guedes achar outro caminho para unir zelo e volume ofensivo, parabéns. Seja no 3-5-2, 4-4-2 ou 6-4-0, o óbvio é que não há margem para tropeços.

R$ 100 PELO INGRESSO

O atual futebol do Mogi não vale R$ 20. A diretoria colocou R$ 100 contra o CRB justamente em meio à estes 100 dias sem vitória, mas recuou. Diante do Náutico, a arquibancada custará R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Pagará R$ 100 a inteira apenas quem quiser ficar nas cadeiras descobertas, perto das cativas. Os valores ainda são salgados, mas o Mogi Mirim precisa do mínimo apoio possível. Os adversários chegam ao Romildo cientes de que podem ou jogar em campo neutro ou usar a torcida à favor. O time pode até não estar fazendo por merecer, mas favorecer um rival não é algo agradável.

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © 2025 LUCAS VALÉRIO | Designed With By Templateclue
Scroll To Top