Latest

sábado, 25 de julho de 2015

Chegou a hora do Mogi Mirim ter um programa de sócio-torcedor



O Mogi Mirim vive um período de transição. Enquanto há a incerteza em relação ao futuro administrativo, há a certeza de que mentalidades diferentes possam trazer rumos diferentes. Se Luiz Henrique Oliveira possui maior ou menor capacidade que Rivaldo & Cia, só será possível analisar com o tempo. Mas é óbvio que, com pessoas novas, existe a possibilidade do surgimento de métodos e ideias... novas. Há um certo tempo defendo uma tese que é compartilhada por inúmeros mogianos. O Mogi Mirim precisa ser aberto ao torcedor.


Aposto que assim como foi nas gestões Barros e Rivaldo, os novos administradores não coloquem à disposição a chance de uma grande quantidade de torcedores se tornarem sócios, com direito a voto e participação em assembleias. Porém, será extremamente saudável e funcionará como combustível, lançar, pelo menos, um programa de sócio-torcedor. E há muitos pontos positivos caso esta ideia saia do papel.

# Seria possível criar uma relação de fidelidade com os torcedores adeptos ao programa. Uma boa para quem sofre com a baixa média de pagantes...

# Os sócios-torcedores pagariam mensalidades que ajudariam o clube e, consequentemente, gastariam menos com o valor dos ingressos. Ou seja, benefício para as duas pontas. 

# Os sócios-torcedores poderiam ser agraciados com benefícios distintos. Acompanhar treinos, jogos-treinos e até partidas como visitante junto com a delegação. Quem sabe, almoços com Rivaldo ou outro jogador.  

# Os sócios-torcedores poderiam ganhar (ou ter desconto) na compra de camisas oficiais. Com uma demanda maior, seria possível atrair um fornecedor de material esportivo mais arrojado que a Kanxa, que ainda não dá conta de distribuir uniformes e outras peças, inclusive casuais, para os torcedores.

# Se o projeto for bem costurado, é viável atingir crianças e adolescentes, criando a perspectiva de novos torcedores no futuro.

# Os sócios-torcedores não precisam ser apenas de Mogi Mirim. Há guaçuanos, itapirenses, conchalenses e até moradores de outras estados que gostam do Sapo e poderiam encontrar no programa a chance de gastar menos com o deslocamento e acompanhar mais jogos no estádio.

Estas são apenas algumas das ideias. Com certeza, outras pessoas pensarão em outras ideias. Provavelmente, até melhores que estas. Em um prisma mais ousado, dá para projetar até mesmo a exploração da área abaixo do tobogã, que hoje funciona como estacionamento da imprensa e, mesmo assim, oferece um grande espaço utilizável. Ali, como já levantou a bola o amigo Odinovaldo Bueno, poderiam ser instaladas lojas ou lanchonetes. Imagina você, sócio-torcedor, lanchando na casa do teu clube e com descontos!

Sei que há muita divagação, mas reitero que tenho apenas uma tese e este texto é a primeira defesa pública dela. Fato é que algo precisa ser feito. A atual relação dos torcedores (não apenas do Mogi) é muito mais fria do que antigamente e é necessário estimulá-lo a contribuir com o clube durante toda uma temporada.




Entre os exemplos de sucesso cito o XV de Piracicaba. No início deste ano, produzi uma matéria para o Jornal O Impacto sobre o baixo números de torcedores do Mogi Mirim no Paulistão (terminou em último no ranking dos mandantes) e o que outros clubes de envergadura semelhante fazem para atrair seus adeptos. O Nhô Quim tem mais de 900 sócios-torcedores no programa ‘Nação XV’. Há diversos planos (VEJA AQUI) e, entre as ações mais bacanas, está o “Jogo fora em casa”, em que alguns sócios-torcedores são sorteados para acompanhar as partidas do XV, como visitante, na Sala de Imprensa do estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba. Tudo isso ao lado de ex-ídolos do passado.

O projeto integra o Movimento Por um Futebol Melhor, que já teve conversas infrutíferas com o Mogi recentemente e que conta atualmente com 62 clubes. São mais de 1 milhão de sócios-torcedores. Desde o Internacional, líder do ranking, com pouco mais de 145 mil até o Grêmio Prudente, que disputa a Segunda Divisão do Paulistão e que possui apenas quatro cadastrados.


Ainda em relação aos exemplos positivos, cito o Juventus, tradicional clube paulistano que recentemente retornou à Série A2. Mesmo longe de competições atrativas, o Moleque Travesso já possui mais de 6,5 mil sócios-torcedores. O Botafogo-SP, que já contava com um programa antigo e agora aderiu de vez ao Por um Futebol Melhor, saiu dos estagnados 500 adeptos em maio para 1.230 até esta sexta (24). O crescimento de mais de 100% em dois meses de relançamento foi comemorado pelo clube em sua página (VEJA AQUI)

SABIA MAIS SOBRE O MOVIMENTO POR UM FUTEBOL MELHOR

O grande atrativo são os descontos oferecidos com as diversas empresas associadas ao programa. É possível ter descontos em franquias da TIM e até em salgadinhos da Elma Chips. Como já existe a estrutura do Movimento Por um Futebol Melhor, entrar nesta onda é uma saída menos trabalhosa. Há também como lançar um projeto próprio, o que demandaria mais criatividade e arrojo dos dirigentes.

Independente do módulo escolhido, o importante é lançar o programa. Como a cidade conta com pouco mais de 90 mil habitantes, imaginar a adesão de 500 sócios-torcedores no primeiro ano já é interessante. Se atingir 1 mil, praticamente garantirá a ultrapassagem da média de público deste ano (que é de 876). Ou seja, o importante é atrair o torcedor. E convenhamos, há melhor consumidor do que aquele que vive de paixão?! Resta agora xavecá-lo. Até porque, como diz o outro, "o não você já tem..."

2 comentários:

  1. Um grande passo para um time que deseja se manter e ter o verdadeiro apoio do seu torcedor...
    Acredito que falta um pouco de ousadia dos ADM do Clube.

    ResponderExcluir

Copyright © 2025 LUCAS VALÉRIO | Designed With By Templateclue
Scroll To Top