O objetivo do ex-dirigente era entregar uma notificação a Rivaldo. O documento foi entregue ao porteiro, que foi orientado a repassá-lo ao jogador. A notificação pretende avisar que, caso o Centro de Treinamento de Mogi Guaçu não volte a pertencer ao patrimônio do clube, uma ação será distribuída no Fórum local.
A notificação também informa que, no entendimento de um grupo de advogados da cidade, a transferência realizada em 2013 foi nula. “Há uma série de motivos elencados na ação, entre elas, o fato de o próprio Rivaldo transferir o CT para seu próprio nome, indicando um negócio unilateral”, argumentou. O advogado Renato Franco de Campos, que atua em São Paulo, é um dos responsáveis pela redação da ação.
“Vamos dar um prazo para o Rivaldo responder. Se não houver resposta ou se ela for negativa sobre a devolução do CT, ingressaremos com a ação”, explicou. O advogado salientou que não há a intenção de tumultuar a recente transição na administração, mas, apenas, garantir que o patrimônio do clube não seja lesado.
Centro de Treinamento é tema proibido no Mogi
Um dos assuntos mais controversos da ‘Era Rivaldo’ foi a transferência para o seu nome dos centros de treinamentos do Mogi Mirim como dação de pagamento. O processo foi realizado em 2013, mas revelado apenas em maio de 2014, após um torcedor consultar as matrículas dos imóveis. Em checagem realizada pela reportagem, consta que as duas áreas seguem em posse de Rivaldo e, diferente de boatos que circulam na cidade, não foram transferidos para os futuros gestores do clube. O tema, porém, é proibido no clube.
De acordo com o advogado de Rivaldo, Bettelen Dante Ferreira, ninguém no clube está autorizado a tratar do tema com a imprensa. Na coletiva da próxima semana, a decisão atual é de que nem Rivaldo, nem os novos dirigentes responderão à perguntas que tenha as áreas como tema. Em setembro de 2013, o CT de Mogi Guaçu foi transferido para Rivaldo pelo valor de R$ 6,87 milhões e o situado na rodovia que liga Mogi Mirim a Limeira, por R$ 550 mil. Na matrícula dos imóveis, a justificativa para a transferência foi a intenção do Mogi Mirim (presidido interinamente por Wilson Bonetti, seu ex-advogado) de abater parte da dívida de R$ 12.560.087,09.
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