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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Guto caiu. E quem vai demitir os dirigentes da Ponte?

FOTO: Marcel Kassab / globoesporte.com

Guto Ferreira não é mais técnico da Ponte Preta. Como a notícia é de segunda-feira, parece óbvio que ela já esteja velha na terça. Mas, na verdade, como os dirigentes do futebol brasileiros também são óbvios, a queda de Guto Ferreira é uma notícia velha desde que Renato Cajá foi vendido e Rildo liberado. Restava apenas a oficialização. A Ponte Preta permitiu uma mudança naquilo que estava dando certo e o preço mais uma vez foi pago pelo treinador. Rildo e Roni, algumas das baixas, nem eram tão importantes, mas em um elenco de Brasileirão, é preciso repor à altura qualquer peça. Mesmo as reservas.

E se era impossível competir com as cifras orientais oferecidas por Cajá, então que se dê tempo para que o técnico remonte a equipe. Mas tempo, no futebol brasileiro, é algo mais do que subjetivo. É um substantivo inexistente. Uma filosofia nada usual. Assim, foi mais fácil demitir Guto Ferreira, responsável por fazer da própria Ponte Preta uma equipe diferenciada mesmo sem peças diferenciadas. Certo é que ninguém vai se demitir por permitir que a estrutura que deu certo por nove rodadas fosse quebrada nas sete subsequentes.

Período em que a Macaca não se reencontrou com as vitórias que a colocaram como sensação das primeiras rodadas. Período em que os mesmos que demitiram Guto, venderam um mando de campo para que o Palmeiras atuasse em campo neutro e longe do Moisés Lucarelli, vencesse a Macaca. Período em que a Macaca perdeu ainda para Corinthians (vice-líder), Atlético-MG (líder) e o Figueirense (no Orlando Scarpelli). Período em que Guto & Cia arrancou empates em Joinville e Curitiba e ainda foi superior em um 0 a 0 com o sempre forte Internacional. Um período sem triunfos, mas que não justificam a demissão de um técnico identificado com time e torcida.

Um técnico que se reinventou após deixar o próprio Majestoso e para onde voltou para recolocar a Macaca na primeira divisão. Um técnico que não foi para Santos ou para o Mundo Árabe no período em que era blindado pela diretoria (que fechou os portões do estádio até para a imprensa. Um técnico que, assim como outros zilhões, cai por cair. Uma mudança por mudar. Doriva, já anunciado como reforço é boa opção? É lógico. Campeão estadual em 2014 e 2015 e zombado pelo Vasco como Guto foi pela Ponte. Não foi para o Grêmio após ter a saída narrada por Eurico e dias depois, sem vitórias, caiu. Que Doriva (ou qualquer outro em qualquer outro clube) vença em Campinas. Mas, há uma certeza. Doriva, Guto e qualquer outro e em qualquer lugar, sempre terão um prazo de validade. E quem os demite, sempre terão uma imunidade covarde.

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