terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Corinthians e São Paulo sorriem; Palmeiras em um grupo traiçoeiro

A Conmebol acabou de sortear os confrontos da fase preliminar e dos grupos da Copa Libertadores de 2016. Entre os brasileiros, Palmeiras e Grêmio são os que apresentam o caminho mais traiçoeiro. Não há um grupo da morte. Não há chaves com dois brasileiros. Abaixo, uma ligeira análise do caminho dos 38 participantes da edição do centenário da Conmebol.

FASE PRELIMINAR

Jogo 1 - Independiente Santa Fé x Oriente Petrolero
Jogo 2 - Caracas x Huracán
Jogo 3 - Racing x Puebla
Jogo 4 - Universidade do Chile x River Plate (URU)
Jogo 5 - Guaraní x Independiente del Valle
Jogo 6 - São Paulo x César Vallejo

O São Paulo vai encarar um clube com 20 anos de história, dois títulos de baixo escalão no Peru e que se classificou devido à campanha regular no último nacional. O primeiro jogo será em um estádio para 25 mil pessoas e que promete pressão. Não dá para negar que seria muito pior estar em pote contrário a Racing, Universidade de Chile e Santa Fé. Dos seis times que poderiam ser rivais, o mexicano Puebla e o argentino Huracán eram rivais mais enroscados tecnicamente e Del Valle e Petrolero teriam a sempre chata altitude e logística complicada.

O confronto mais equilibrado, em tese, é Racing x Puebla. Os mexicanos tem três argentinos no elenco, entre eles o jovem Rescaldani, ex-Vélez. Entre os que decidem em caso, Guarani e Caracas são os que têm mais chance de cair. Os paraguaios, que eliminaram o Corinthians em 2015, perderam o técnico Jubero e peças importantes e terá que se reinventar para surpreender mais uma vez. Se for apostar, dá para dizer que Santa Fé, Huracán, Racing, Universidade de Chile, Independiente del Valle e São Paulo passarão para a fase de grupos.

FASE DE GRUPOS

GRUPO 1
River Plate - The Stronghest - Trujillanos - São Paulo ou César Vallejo

O River Plate parecia candidataço a passar em primeiro até ter o risco de encontrar o São Paulo na fase de grupos. Em teoria, os rivais da semifinal de 2005 são favoritos para avançar (o São Paulo, claro, precisa eliminar o Vallejo). O Tricolor não pode reclamar. Poderia cair em uma chave com brasileiros (sua grande pedra no sapato desde 2006) ou na chave do Boca, que já tinha o colombiano Deportivo Cali. Se entrar no Grupo 1, será muito legal ver os confrontos no Monumental e no Morumbi...

GRUPO 2
Nacional (URU) - Palmeiras - Rosario Central - River Plate (URU) ou Universidad de Chile

O palmeirense deve ter comemorado a fuga de um River ou Boca. Até um clássico com Corinthians ou um duelo caseiro com o Atlético-MG seria mais tenso que enfrentar um Nacional que está longe de ser aquele bicho-papão da América. Porém, com a entrada do Rosario Central, um argentino arrumado, que tem um ótimo centroavante, Marco Rubén, a vida palestrina ficou mais complicada. Como ainda terá um uruguaio (River) ou La U, é possível dizer que o grupo do Palmeiras é um dos mais assassinos desta Libertadores.

GRUPO 3
Boca Juniors - Bolívar - Deportivo Cali - Racing ou Puebla

O Boca Juniors costuma sempre fugir de grupos complicados. O time de Tevez & Cia não deve ter dificuldade diante de Bolívar (apesar da sempre temida altitude) ou Deportivo Cali. O problema para uma classificação em primeiro lugar, com show, como em 2015, vem da fase preliminar. O Puebla já será complicador, mas, o rival argentino, Racing, tem potencial para neutralizar o favoritismo xeneize e tornar a chave mais equilibrada.

GRUPO 4
Peñarol - Atlético Nacional - Sporting Cristal - Caracas ou Huracán

Esta é a chave mais aberta da Libertadores 2016. O Peñarol é cabeça de chave pelo vice de 2011 e pela história copeira, mas, não é assustador. O time de Diego Forlán terá dificuldades com o Nacional, ex-time do ex-são paulino Juan Carlos Osorio, que mais uma vez ganhou um título nacional na Colômbia. Sporting Cristal e Caracas ou Huracán não estão tão distantes tecnicamente dos times que vieram dos potes 1 e 2 e, em teoria, também brigarão por vaga.

GRUPO 5
Atlético-MG - Colo Colo - Melgar - Guaraní x del Valle

Não é um Grupo da Morte, mas, não haverá vida fácil para o Galo. A culpa é de um rival que complicou a vida atleticana em 2015, o Colo Colo. Os chilenos voltaram à estrelar o Campeonato Chileno e com poderio financeiro tem montado elencos fortes. Os caciques brigarão com o Atlético pela liderança da chave que deve ter o Melgar como surpresa ou saco de pancadas (8 ou 80) e dificuldades moderadas com Independiente del Valle ou Guaraní...

GRUPO 6
San Lorenzo - Grêmio - LDU - Toluca

Com vocês, o Grupo da Morte. São três campeões da Libertadores e um mexicano. Não é a chave mais perigosa projetada nestes dias que antecederam o sorteio, mas, tem potencial para deixar times fortes pelo caminho. O Grêmio sai de Assunção com a sensação de que precisa melhorar o time de Roger Machado para não cair diante de San Lorenzo (seu algoz em 2014) ou da LDU. Os dois times, aliás, foram campeões uma única vez e sob o comando de um mesmo técnico: o são paulino Edgardo Bauza. O Toluca tem uma altitude próxima à de Bogotá, tem um ex-Colorado, Wilson Matías e é chamado como Diablo Rojo. Mal sinal... Mas, aposto que o Grêmio passa e ainda terá uma campanha tipo o Fluminense no grupo da morte de 2009.

GRUPO 7
Olímpia - Emelec - Deportivo Táchira - Pumas

O são paulino deve ter torcido para cair nesta chave após o último sorteio do Pote 3. Olímpia, Emelec e Táchira colocavam menos medo que San Lorenzo, Grêmio e LDU. Em tese. O Olímpia vem de boa campanha com o ex-palmeirense Arce e o Emelec é um rival complicadíssimo em Quito, vide as quartas de final da Sulamericana de 2014. Assim como o Grupo 4, esta chave é equilibrada e aberta e se Olímpia e Emelec avançarão vai depender da força que chegará o Pumas à competição.

GRUPO 8
Corinthians - Cerro Porteño - Cobresal - Santa Fé ou Oriente Petrolero

O Corinthians é o brasileiro com o caminho, teoricamente, mais fácil. Cerro Porteño e possivelmente o Santa Fé não são rivais á altura do campeão brasileiro. Se fez 13 pontos em 2015, com San Lorenzo e São Paulo, o Timão larga como candidato a ser o dono da melhor campanha geral na fase de grupos. O Cerro era a segunda melhor opção entre os clubes do Pote 2 (pior apenas que pegar o Bolívar). A certeza é que, com o Cerro na chave, o Timão enfrentará Lugano em 2016. Seja em Assunção ou no Morumbi... O Santa Fé, campeão da Sulamericana, é o rival mais perigoso. Mesmo assim terá que passar pela altitude ao encarar o Petrolero. Já o Cobresal, confesso, desconheço...

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