IMAGENS: UEFA.COM
ESPANHA POSA PARA FOTO: CAMPEÃ DA EURO APÓS 44 ANOS
A apaixonante saga do futebol pelo mundo segue deixando páginas de glórias e tristezas. Esta disputa desportiva que causa furor em quase todos os países do mundo parece ter uma missão a cumprir. O esporte reúne 22 atletas com titularidade, e na maioria das vezes mais 14 que podem mudar a história de um duelo. São todos candidatos ao heroísmo, factíveis de serem vilões, mas a maior protagonista chamasse bola!
Este objeto esférico gosta de ser tratado com carinho por aqueles que necessitam dela para cuidar da família, ganhar salários (algumas vezes astronômicos) e até mesmo ganhar fama, notoriedade.
Pois bem, o futebol com a sempre companhia da protagonista-mor desenhou mais um de seus incontáveis capítulos pelo Planeta Bola. O local escolhido foi Viena, na Áustria. O palco anfitrião foi o Ernst Happel e as testemunhas foram calculadas em 53.295. Testemunhas oculares e presentes, pois outras milhões de pessoas acompanharam atentas à grande final da UEFA EURO 2008. Espanha x Alemanha!
As duas equipes fizeram campanhas distintas na competição. A poderosa e sempre temida tricampeã européia Alemanha terminou em segundo no seu grupo, chegou a vencer Polônia por 2x0 e Áustria por 1x0, mas ficou atrás da surpreendente Croácia após perder para o time de Slaven Bilic por 2x1. Porém, na fase decisiva mostrou sua força, eliminou a força emergente Portugal e os kamikases turcos, alucinados por jogos épicos. Ambos triunfos com o placar de 3x2 favorável ao time de Ballack e Schweinsteiger, que foram os destaques germânicos durante o torneio.
A Espanha por outro lado não tomou conhecimento dos adversários. Venceu a Rússia por 4x1, a Suécia por 2x1 e a Grécia também por 2x1. Com 100% de aproveitamento chegou com crédito de favorita, termo que vinha lhe custando quedas no últimos anos. Mas com eliminou a forza Italiana nos penaltis pelas quartas-de-final e com propriedade eliminou a zebra russa com uma bela vitória de 3x0.
Uma Alemanha com a tradicional força contra uma Espanha com síndromes de finais, ou seja, tudo para um grande jogo em solo austríaco.
FESTA ESPANHOLA NO ERNST HAPPEL: FÚRIA ROJA CAMPEÃ
O jogo foi o desenho do que as duas equipes foram no torneio, mas não o que realizaram durante a história do futebol. A Alemanha usa o futebol-força, esperando pela eficiência de seu ataque, que foi inoperante. A Espanha tratava a bola com suavidade e presteza, fazia ela rodar por todo o campo, cansando os oponentes e alegrando os olhos dos expectadores e amantes de um futebol técnico e eficiente que ressurgiu nesta Eurocopa.
E na grande final de ontem a eficiência teve nome, sobrenome e apelido.
Nome: Fernando; sobrenome: Torres; apelido: El niño!
O camisa 9 da Fúria não fez grande torneio, esteve abaixo da crítica. Companheiros como Xavi, Villa e Senna estiveram melhor, mas ninguém foi melhor que ele na finalíssima, quando precisou do profissional que confecciona gols ele não decepcionou.
Aos 32 minutos e 09 segundos Marchena tocou para Capdevila, que tocou para Marcos Senna, que passou para Xavi, que encontrou ele, Fernando Torres. El niño disputou bola com Phillip Lahm e exatamente aos 32 minutos e 20 segundos ele tocou na saída de Jens Lehmann. Dois segundos depois a pelota conhecia o doce sabor das redes de Viena e fez o sabor ficar delirante na boca dos espanhóis que gritavam pelo gol do selecionado nacional!
A tal saga do esporte bretão encontrou em seu caminho o belo futebol jogado pelo time de Luis Aragonés, mas lembram-se que disse que o jogo não foi condizente com a história das duas seleções. Pois bem, a sempre fria Alemanha esquentou o jogo, ouve eventuais confusões e os germânicos não responderam à tradição de decidir. Tradição que parecia ser espanhola. 44 anos após ser campeã da Euro e 24 anos após sua última final, os espanhóis jogaram a decisão com uma propriedade inesperada até para alguns adeptos da Fúria...
Perdão àqueles que gostariam de uma análise lance à lance, de palavras belas sobre as belas defesas de Lehmann ou sobre o jogo elegante de Cesc Fabregas. Mas o gol, aquele detalhe que ocorre após o transpasso da bola pela linha das balizas, este foi suficiente para mudar a história de duas nações futeboleiras, de fazer vibrar humanos com sangue ibérico ou não.
Enfim, a técnica espanhola foi preponderante para que a Taça Henri Delaunay ganhasse um destino madrileño, um sotaque castellano e duas cores fortes, com mais força que o império vencedor dos alemães e que por quatro anos reinará sobre toda a Europa. O amarelo e o vermelho espanhol reina, e que o bom futebol reine sempre. Amém!
Esse jogo foi pra humilhar o ultimo clássico Brasil x Argentina. Foi realmente um jogasso, bonito de assistir com vitória mais que merecida da Espanha !
ResponderExcluirvamos trocar links?
http://meetmeatthedisco.blogspot.com