segunda-feira, 22 de novembro de 2010

FLASHBACK: 2006 - Barcelona de Ronaldinho 'se vinga' do Milan e decide Liga com Arsenal

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O Torcida Esporte Clube sempre abre espaços para resgatar a memória de grandes duelos, mas a partir de hoje, os grandes clássicos do futebol mundial serão retratados, na semana de novos embates, na sessão: FLASHBACK. Nesta terça-feira é dia de relembrar o confronto entre Barcelona e MIlan pela Champions League de 2005/2006. O resultado foi 0x0, mas a partida foi muito boa, com Ronaldinho Gaúcho desfilando habilidade. Confiram!

MILAN 0 X0 BARCELONA - SAN SIRO - 2006

No seu 100º jogo pela Liga dos Campeões, o Barcelona de Ronaldinho empatou nesta quarta-feira em 0 a 0 com o Milan de Kaká, eliminou o clube italiano com um gosto de vingança tardia, e chegou à terceira final de Liga dos Campeões de sua história. Mesmo com o empate sem gols apresentado para 95 mil espectadores que lotaram o Camp Nou, a equipe catalã avançou devido à vitória no jogo de ida, obtida por 1 a 0, com gol do francês Ludovic Giuly. "Lutamos muito para estar em Paris", comemorou o técnico Frank Rijkaard, "mas conquistamos nosso objetivo". "Sofremos perante uma grande equipe".

A vingança se dá pela temporada de 1993/94, quando o Milan impôs uma goleada de 4 a 0 sobre os espanhóis na decisão da Liga daquele ano, disputada em Atenas, na Grécia. Doze anos depois, o Barcelona "dá o troco" no rival, atual vice-campeão do torneio, e se classifica para enfrentar o Arsenal. O clube inglês, do brasileiro Gilberto Silva e da estrela francesa Thierry Henry, se garantiu na final na última terça-feira ao eliminar o Villarreal segurando um empate em 0 a 0 na Espanha. A decisão, que ocorre em jogo único, será no dia 17 de maio no Stade de France, em Paris.

Barcelona e Arsenal já se enfrentaram duas vezes na Liga dos Campeões. O retrospecto, até aqui, é favorável à equipe catalã, que tem uma vitória e um empate. Além desta e da de 1993/94, o Barcelona chegou à final de 1991/92, quando bateu a Sampdoria por 1 a 0 em Wembley, na Inglaterra; posteriormente, perderia a decisão do Mundial de clubes para o São Paulo por 2 a 1. Para o jogo desta quarta, o técnico Frank Rijkaard, do Barcelona, fez duas alterações na equipe com relação ao jogo de ida. O luso-brasileiro Deco voltou ao meio-campo após cumprir suspensão, enquanto o brasileiro Beletti foi titular na lateral-direita no lugar de Oleguer, que levou o segundo cartão amarelo em Milão.


 BARCELONA X MILAN 
15Finalizações11
8Finalizações certas1
21Faltas21
3Escanteios2
48Posse de bola52
Já Carlo Ancelotti teve um grande problema para escalar o Milan. Seu principal zagueiro, Alessandro Nesta - titular da seleção italiana - não se recuperou de uma contusão sofrida no fim-de-semana passado e não foi nem para o banco. Em seu lugar, entrou o veterano Costacurta, que fez 40 anos na última segunda-feira. Cafu, que vem de lesão, ficou no banco, e o holandês Stam assumiu a lateral-direita.

Por outro lado, os italianos contaram com dois reforços na frente: Kaká se recuperou da contusão no joelho sofrida contra o Messina, e o atacante Inzaghi superou uma virose e entrou em campo.

Apesar de o Milan pouco ameaçar o gol de Victor Valdés, o técnico Carlo Ancelotti reclamou do juiz ao término da partida por causa de um gol anulado de Shevchenko, aos 25min da segunda etapa: "Foi absolutamente legal. Ele mal tocou o Puyol", argumentou. No entanto, o técnico elogiou o rival: "O Barcelona merece estar na final", disse ao jornal espanhol Marca. "Embora o Milan também teria merecido", continuou, defendendo que as equipes são "do mesmo nível".

Kaká, ainda milanista, lamenta eliminação
O jogo
A partida começou em ritmo frenético. Logo aos 40s de jogo, o Milan mostrou seu cartão de visitas com Kaká: o meia avançou pela direita e bateu forte, rasteiro, cruzado, fazendo a bola passar a poucos centímetros da trave direita de Valdés. A resposta não tardou, e aos 3min, Giuly fez boa jogada e fez a bola chegar a Eto'o, dentro da área. Dida saiu com rapidez do gol, fechou o ângulo do camaronês e praticou uma grande defesa, espalmando o arremate.

O jogo manteve o ritmo veloz, mas as chances de gol diminuíram. Só aos 16min, Eto'o teve nova oportunidade: ele invadiu a área e chutou na saída de Dida, que fez outra grande defesa com o corpo. A bola subiu e, com o gol vazio, Costacurta afastou o perigo dando uma canelada para escanteio.
Aos 23min, Shevchenko assustou o Barça. Após cruzamento de Gattuso, o ucraniano chutou rente ao primeiro pau, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. Belletti também tentou o seu, aos 29min. Ele avançou pela direita e bateu cruzado, rasteiro e com efeito, levando perigo ao gol de Dida - mas a bola saiu pela linha de fundo.



Aos 34min, Dida defendeu um chute de Giuly sem maiores problemas. Aos 44min, Eto'o avançou em velocidade, e aplicou um drible da vaca em Costacurta, que não teve opção senão derrubar o rival com uma tesoura. O árbitro deu o merecido cartão amarelo, mas na cobrança, Ronaldinho pegou mal na bola, que ficou fácil para a defesa de Dida. Os técnicos não fizeram alterações para o início do segundo tempo, e quem assustou primeiro nesta etapa foi o Milan. Seedorf cruzou pela direita, e Shevchenko, de peixinho, mandou a bola nas mãos de Valdés. O Barcelona teve sua primeira chance aos 7min, em cobrança de falta de Ronaldinho - que foi defendida com segurança por Dida. Um minuto depois, Belletti teve boa chance, mas furou em cruzamento de Giuly.

O Milan passou a tocar a bola e procurar brechas, mas o Barça levou mais perigo nos contra-ataques. Aos 17min, Ronaldinho acertou um cruzamento perfeito para Giuly, que pegou de bate-pronto com extrema violência, mas mandou a bola por cima do gol de Dida. Finalmente, aos 23min, o técnico Ancelotti resolveu deixar o Milan mais ofensivo, colocando Cafu no lugar de Costacurta e Rui Costa no lugar do Gattuso. A tática já fez efeito dois minutos depois: Schevchenko subiu de cabeça e anotou o que seria o primeiro gol do jogo - caso o árbitro não tivesse apitado falta polêmica do ucraniano em Puyol.

O Milan partiu para cima com tudo, mas de forma desordenada. Apesar de controlar a posse de bola, o Barcelona novamente era mais eficiente nos contra-ataques, e em chutes de Larsson e Deco, obrigou Dida a fazer duas boas defesas. A última boa chance do clube italiano foi em uma falta, cobrada por Pirlo, afastada por Beletti. Pirlo cruzou de novo, a zaga cortou e, no rebote, Serginho acertou um chute forte, mas à direita de Valdés.

FICHA TÉCNICA - MILAN 0X0 BARCELONA
Local: Estádio Camp Nou, em Barcelona (Espanha)Data: 26/04/2006, quarta-feira
Juiz:
Markus Merk (ALE)
Auxiliares: Christian Schraer (ALE) e Jan-Hendrik Salver (ALE)
Cartões amarelos: Costacurta (M), Edmílson (B)
MILAN: Dida; Stam, Costacurta (Cafu), Kaladze, Serginho; Gattuso (Rui Costa), Pirlo, Kaká, Seedorf; Shevchenko, Filippo Inzaghi (Gilardino)
Técnico: Carlo Ancelotti

BARCELONA: Victor Valdés; Belletti, Rafa Márquez, Puyol, Van Bronckhorst; Iniesta, Edmilson, Deco; Giuly (Larsson), Ronaldinho, Eto'o (Van Bommel)
Técnico: Frank Rijkaard


Fonte: UOL

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