Brasil 3 x 1 Dinamarca - Seleção passa por 1º teste e vence amistoso

Por Lucas Valério

Uma nova página na trajetória de Mano Menezes na seleção brasileira começou a ser escrita neste sábado. Jogando com a base da seleção que irá às Olimpíadas de Londres, o Brasil fez 3 a 1 na Dinamarca após um irretocável primeiro tempo, em que fez todos os seus gols. Na etapa final o Brasil caiu de produção, atacou muito menos e o time da escandinávia gostou do jogo e conseguiu seu único gol no jogo. Agora o Brasil enfrentará EUA, México e Argentina antes de embarcar para Londres em julho, onde os primeiros adversários serão Egito, Bielorrússia e Nova Zelândia. Já a Dinamarca jogará a Eurocopa em junho e está no grupo da morte, junto com Alemanha, Holanda e Portugal.

DESTAQUES - Hulk, do Porto, foi o grande destaque do jogo fazendo dois gols e participando de outro, contra. Mas não foi apenas o camisa 20 que brilhou. Lucas e Oscar foram peças fundamentais armando o Brasil e desarmando o adversário. Leandrão Damião apareceu pouco, mas sempre levando perigo. A defesa também se portou bem. Os volantes Sandro, do Tottenham e Rômulo, do Vasco, deram proteção ao miolo defensivo, que pouco teve trabalho. Thiago Silva e Juan, ex-Internacional, foram seguros e nas laterais Danilo e Marcelo não tiveram dificuldades para atuar.

Esse novo Brasil foi forçado, já que as Olímpiadas estão batendo na porta, mas Mano não pode abrir mão desta juventude. Tal como fez a Alemanha na última Copa, renovando com uma geração talentosa e com peças como Kroos, Özil e Muller, chegou a hora da Seleção mudar também, e para melhor! Ah, e Neymar foi poupado...

Vídeo: Brasil 3 x 1 Dinamarca



O JOGO - A Dinamarca teve a primeira chance no estádio na Imtech Arena, ou para os anti-name rights, Arena Hamburgo. Aos três minutos, Eriksen cruzou rasteiro da esquerda, Bendtner dividiu com a zaga e a bola saiu com perigo à esquerda do gol.O Brasil tentou devolver em lance de Damião, mas foi Hulk quem balançou as redes dos escandinavos. Aos 9, o atacante portista recebeu na intermediária e soltou a bomba. O camisa 20 ainda conta com a ajuda de Sorensen abriu o placar. O gol era o sinal que faltava para a tranquilidade brasileira. Com a vantagem, os manos de Mano passaram a tocar a bola com mais precisão e a marcar sob pressão a saída de jogo dinamarquesa.

E foi justamente em uma destas roubadas que nasceu o segundo gol. Aos 14 minutos, Hulk bateu a carteira de Kjaer, a bola sobrou para Oscar, que fez bonita jogada pela direita, tentou o passe para o meio, onde Zimling cortou contra a  própria meta antes da conclusão de Hulk. 2 a 0. Com a vitória bem estruturada, o Brasil quase ampliou aos 21, quando Hulk, caindo sempre pela direita, passou no meio para Damião, que chutou colocado, exigindo boa defesa de Sorensen. O goleiro deixou o gramado no minuto seguinte, machucado, para entrada de Andersen e a Dinamarca, nas poucas chegadas, parava em Thiago Silva ou na bandeirinha do auxiliar. Aos 35 Wass cruzou da direita, ninguem afastou, Krohn-Dehli ficou com a bola, bateu cruzado e a bola passou com perigo à frente do gol. Mas o Brasil estava bem postado em campo e roubou mais uma bola. Oscar pegou a bola de Agger, passou para Hulk, que driblou Kjaer, avançou para a área e na saída do goleiro ampliou para 3 a 0.



SEGUNDO TEMPO - Na etapa final o Brasil não foi tão bem e acomodado ficou pregado no meio. A postura chamou a Dinamarca para o ataque e as melhores chances do segundo tempo foram dinamarquesas. Logo no primeiro minuto Wass apareceu na direita e cruzou rasteiro para área. Agger, na pequena área, perdeu gol incrível.O Brasil tocava a bola, mas sem eficiência. A Dinamara sim, era objetiva e em um lançamento para a área Bendtner só não fez gol pois Thiago Silva, um monstro, desviou para escanteio.

Já melhor, a seleção escandinava cresceu ainda mais com a entrada de Rommedahl. Aos 25, o meia tocou para Zimling, que fez linda jogada pela esquerda e passou para o impedido Bendtner diminuir o placar. O gol empolgou a Dinamarca, que aumentou a pressão, mas nenhum lance efetivo de perigo. O Brasil melhorou apenas no final, já com Casemiro, Wellington Nem, Giuliano e Alexsandro em campo. Na melhor chance, aos 45, Nem recebeu lançamento primoroso de Casemiro, cortou a marcação e bateu para defesa de Andersen.