sábado, 2 de junho de 2012

Ultraman na mira de Benê Pigozzi



Por Lucas Valério

O triatleta mogimiriano Benedito Pigozzi, o Benê, não para de assumir desafios. Após completar o Ironman de Utah, nos EUA, reconhecido como uma das provas de maior resistência no mundo, a próxima meta é entrar em um seleto grupo de competidores que conseguiram terminar o Ultraman. A competição será realizada nos dias 4, 5 e 6 de agosto na cidade de Penticton, no Canadá, e é formada por atletas convidados. Uma das exigências na formação da lista é ter completado nos últimos seis meses uma prova de Ironman com um tempo abaixo de 12 horas. Benê obteve este “índice” em Punta Del Leste, no Uruguai.

Como este não é o único critério, já que há outros triatletas espalhados pelo mundo com marcas semelhantes, o mogimiriano crê que o “currículo” de superação pode ter colaborado na inserção do seu nome entre os 32 desafiantes na edição deste ano. “Ninguém da organização me falou nada oficialmente, mas conhecendo o histórico dos competidores, imagino que o fato de ter superado duas lesões graves e ter sido desacreditado por médicos, que me diziam que eu não voltaria a competir, deve ter contado na minha escolha”, destacou o triatleta, lembrando das contusões sofridas nos dois tendões de Aquiles entre 2007 e 2009.

A prova no Canadá será dividida em três dias. No primeiro serão 10 quilômetros de natação e 170 de ciclismo. No segundo a prova de ciclismo será completada com mais 275 quilômetros e no terceiro dia será a vez dos competidores realizaram uma dupla maratona, já que a prova de corrida terá 84,4 quilômetros de desafio. Em uma prova de Ironman, são 4 km de natação, 180 de ciclismo e 42,2 de corrida. Segundo Benê, a região é acidentada, o que pode colocá-lo em vantagem com relação aos outros participantes.

“Treino aqui na região, que é totalmente acidente, cheio de montanhas e isso pode sim ser um fator positivo”, ressalta o mogimiriano. Só que usando a velha máxima do espírito olímpico, Benê enfatizou, sem hipocrisia, que o importante será competir. “Por mais que tenha uma vantagem, o Ultraman é uma prova para completar. Quem consegue superar os três dias de prova pode sair se sentir um vencedor, pois é um dos desafios mais difíceis no mundo”. Além da felicidade em participar o triatleta também destacou a relevância de estar na lista dos primeiros brasileiros a competir o Ultraman de Penticton. Nos primeiros anos da competição, promovida desde 1993, apenas outros três atletas representaram o Brasil. Já na edição de agosto, Benê terá ao seu lado outros quatro compatriotas. “É uma honra fazer parte desta história, até porque em todo mundo apenas 267 atletas conseguiram terminar o Ultraman e olha que são dez anos de competição”, frisou o mogimiriano.

SUPERAÇÃO

O relógio não é o único desafio do triatleta. Os caminhos acidentados e a alta quilometragem que apenas um “homem de ferro” consegue superar também não. Além das circunstâncias impostas pelas provas, a conciliação com o trabalho e a falta de apoio também são obstáculos para um Ironman. “Minha profissão não é triatleta, não ganho dinheiro com isso, pelo contrário. Sou dentista e preciso da minha função para me sustentar. Mas pelo amor ao esporte, a gente desafia tudo”, contou Benê.

Sem a dedicação total, o mogimiriano acorda às 4h da manhã e os motoristas que trafegam pelas estradas da cidade podem vê-lo em ação, correndo ou pedalando. Geralmente o treino vai até as 11h, quando inicia o atendimento em seu consultório odontológico até as 20h. “Neste meio tempo ainda preciso encontrar um horário para nadar no Clube Mogiano, que tem sido um importante incentivador e tem me ajudado muito mesmo”, enfatizou Benê, que ainda tem o apoio da Ibeas Academia.

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