O caos tomou conta do futebol amador de Mogi Mirim. O passo mais recente para a desordem em uma das maiores paixões dos mogimirianos aconteceu na noite de anteontem, quando pela terceira vez em três meses, a eleição para escolha da nova diretoria da Lifamm (Liga de Futebol Amador) foi adiada. Desta vez o capítulo foi ainda mais triste, já que resultou em um impasse que pode bombardear o futuro da entidade.
Sem a eleição de uma nova diretoria e com o fim do mandato amanhã do atual presidente Lázaro Francisco dos Santos, o Lazinho, a partir de segunda-feira não há uma diretoria eleita para administrar a Liga. Se confirmada a versão de que o dirigente com maior idade entre os presidentes das 49 agremiações ligadas à entidade, Carneiro, do Santa Luzia, seria o responsável por seguir com o processo. Depois, Virgílio Ribeiro Café, de 66 anos, do Café Lan House e Pedro Ferreira da Silva, de 59, do Vila Dias, estariam na sequencia etária para assumir a dianteira da nova eleição.
Tumultuado desde as primeiras tratativas, o pleito passou por diversos momentos apenas na noite de anteontem. Com cerca de 25 dirigentes aptos a votar na Estação Educação, a assembleia foi atrasada por um impasse na comissão eleitoral que conduziria o certame. Três advogados foram indicados pela comissão disciplinar da Liga para compor a mesa e garantir lisura ao processo. Porém, pouco antes do início da eleição, os advogados Geraldo Augusto do Carmo Leite e Ana Paula Rezende abandonaram a função. Ambos não quiseram se pronunciar sobre a decisão e alegaram foro íntimo.
Com a saída, a mesa ficou deficitária e apenas o presidente da comissão, o também advogado Luiz Alberto Alves Vallim seguiu para a eleição. O advogado, contudo, afirmou que não assumiria sozinho a responsabilidade pela condução do processo, já que era necessária a presença de mais dois membros na mesa. De forma consensual, os candidatos à presidência, Antonio Aparecido Ferreira, o Tonico, e Luiz Gonzaga Monteiro de Faria, decidiram compor a mesa para dar prosseguimento ao processo. Porém a situação seguiu causando desconforto já que infringiria o estatuto da entidade e Vallim decidiu pelo adiamento da eleição.
Após o anúncio da decisão o clima chegou a ficar quente, com discussões entre membros das duas chapas, mas ao final, mais uma vez a derrota foi computada na conta do futebol amador mogimiriano. Sem uma decisão, a entidade que rege a modalidade por chegar na segunda-feira, 1º de abril, sem uma diretoria e o pior é que isso não é mentira.
