domingo, 24 de março de 2013

Virada à mogimiriana: Sapo bate Mirassol e volta ao G4



Por Lucas Valério
Fotos: Rafael Bertanha: E Aí? Produções

De virada é mais gostoso. O ditado popular no futebol deu o tom da quinta vitória como mandante do Mogi Mirim no Campeonato Paulista. Jogando no estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (Romildão) o Sapo bateu o Mirassol por 3 a 1, chegou aos 26 pontos na tabela e retornou ao G4. A equipe treinada por Dado Cavalcanti fechou a 14ª rodada no quarto lugar do estadual. 

Mas os primeiros lances do jogo deram uma impressão de que a vitória chegaria com dificuldades. Aos 11 minutos, Leomir foi derrubado na área por Lucas Fonseca. Foi o terceiro penalti do zagueiro nos últimos três jogos com ele em campo. Na batida, Camilo cobrou com exatidão e abriu o placar para os mirassolenses.

E foi com o revés no placar que surgiu a principal virtude da equipe no jogo. A paciência. Se nas arquibancadas do Romildão os 2.703 pagantes reclamavam a cada jogada equivocada, dentro de campo o Mogi Mirim seguiu com seu estilo de jogo de toque e posse de bola. E muito mais presente no sistema ofensivo, o Sapo criou boas chances de empatar e nas duas melhores a trave foi inimiga. Primeiro aos 26, quando Wagner bateu falta com elegância, mas acertou a forquilha da meta defendida por Emerson. Depois foi a vez de Alex Silva desviar de cabeça um escanteio e quase fazer, contra, o gol mogimiriano.

Mas o gol saiu na jogada do pedreiro Henrique. O atacante, principal alvo de críticas de boa parte da torcida, ajeitou para Roni e aos 44 minutos o artilheiro do Sapo no estadual empatou. "O gol do Roni foi um prêmio para o que a equipe fez no primeiro tempo", comentou o técnico Dado Cavalcanti ao final do confronto.

E o gol não foi apenas um brinde à atuação, mas também a chave para a virada. Na volta do intervalo, com intensidade de jogo, o Mogi seguiu superior ao Mirassol. E a maior qualidade resultou em gol relampagamente. Aos 5 minutos Wagner bateu falta, Tiago Alves desviou de cabeça e virou o jogo. O zagueiro estava há cinco jogos afastado do time por conta de uma lesão muscular e retornou repetindo seu colega Wesley Ladeira, que voltou ao banco. "Não fiz dois hoje, mas já tenho dois no campeonato Estamos iguais", se divertiu o capitão do Mogi após o duelo.

Diversão que se misturou à apreensão pela diferença mínima no placar entre os adeptos ao Mogi no Romildão. Os tímidos gritos de olé eram, por vezes, substituídos por entonações de alívio a cada boa defesa de Daniel. O arqueiro do Sapo fez, em chutes de Tiago Luís e André Luiz, intervenções providenciais. E aos 24, em bate-rebate na área, vibrou tão quanto a torcida ao ver a boal ser afastada pela zaga.

Apenas aos 47 minutos o sufoco e a ansiedade pela vitória foram solucionados. Bruno Nunes, que entrara na vaga de Henrique, furou, mas a sorte caminhou com Carlos Alberto, que também entrara na etapa final. O camisa 16 partiu em velocidade e na saída de Emerson fez o terceiro e último gol do Mogi. Agora o Sapo volta a jogar na quinta-feira, 28, contra o Santos. A partida será na Vila Belmiro ás 19h30 e para esta partida Dado Cavalcanti já garantiu que estuda a melhor maneira de parar Neymar. "No um contra a um ele é um dos melhores do Mundo. Vou pensar no melhor jeito de marca-lo, fazer algo para evitar espaços sem trabalhar algo individualizado", adiantou o treinador.

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